O desafio da educação

Por Tatiane Paula Silva dos Santos | 03/09/2014 | Educação

Raciocinar é uma característica dos seres humanos e é o que nos diferencia dos outros animais, pensar é o que nos torna especiais formando assim cada ser sua própria subjetividade. O conhecimento está relacionado ao poder, pois tem poder de aquisição e de líder “apenas” pessoas que possuem conhecimento. A escola é hoje uma forma de democratização do conhecimento, pois se pensa que nelas todos têm direito ao ensino. O grande desafio tem sido atingir todos da mesma maneira em relação a adquirir conhecimento, pois cada ser aprende de uma maneira e em um momento especifico da vida. Ao contrário do que se pensava hoje temos bem claro que o desenvolvimento cognitivo é particular para cada individuo. Com a didática que vem sendo apresentada percebe-se que os alunos não têm sido seres que aprendem, mas sim que decoram, ou seja, que apenas reproduzem o que lhe falam. Essa situação faz com que o aluno fique apenas como ouvinte e reprodutor e não como produtor de conhecimento, fazendo assim com que ele fique desestimulado e vendo a escola como um lugar negativo. Logo, alunos que apresentam particularidades em relação ao processo de aprendizagem ficam perdidos, não conseguem acompanhar a turma consequentemente se isolando e aprendendo cada vez menos. Hoje o professor não tem condições para “controlar” a turma e ainda lidar de forma individualizada com cada aluno, então os que não conseguem afastam-se cada vez mais do tão sonhado processo de ensino-aprendizagem. Para Gonzalez Rey (1996, p. 104) “o sentido que cada momento tem para o sujeito individual é um elemento dinamizador, permanente, dos distintos, sujeitos sociais em um momento histórico concreto”, ou seja, um trauma de aprendizagem pode comprometer o desenvolvido cognitivo do individuo para o resto de sua vida, afetando sua própria formação de subjetividade. A sala de aula é um espaço onde se ensina e aprende, tanto aluno e aluno como aluno e professor. É necessário que se tenha responsabilidade por parte do profissional para se comprometer com o processo de aprendizagem de seu aluno, no entanto não depende apenas do professor. Um ambiente adequando com o apoio necessário é de extrema importância para um bom desempenho. Pensar na quantidade de alunos por sala, apoios necessários (principalmente para especiais), uma boa formação do profissional da educação e claro a valorização profissional são primordiais para uma boa formação do educando. Se atentar as particularidades de cada aluno sempre de forma a ajuda-lo é o grande desafio para o professor e para a EDUCAÇÃO. REFERÊNCIA: Artigo - Produção de Sentido Subjetivo: As Singularidades dos Alunos no Processo de Aprender. Maria Carmen Villela Rosa Tacca e Fernando Luis González Rey.

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