O conhecimento nas séries iniciais
Por Maria Eugênia Teixeira | 22/04/2012 | EducaçãoUNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
CURSO DE PEDAGOGIA
MARIA EUGÊNIA TEIXEIRA
O CONHECIMENTO NAS SÉRIES INICIAIS
INTRODUÇÃO
Como a aquisição de habilidades estende-se a todo ser capaz de desenvolvê-la, mesmo que seja de forma mecânica, o homem deixa de ser o único com capacidade para aprender, porém continua a carregar consigo a singularidade de somente ele poder socializar o conhecimento. E é nesse momento que entra em cena a figura do professor, com o papel de repassar conhecimento culturalmente acumulados.
Sabemos que nossa espécie é a única que dispõe dos sentimentos para melhor absorção das experiências das vivências em sua memória, por isso os conhecimentos meramente transmitidos sem que cause emoção no indivíduo não transforma a este, pois sem significado algum, cessa a possibilidade de experiências interiores.
O estudo em que o indivíduo interage com o objeto estudado dar condições para uma melhor compreensão deste, uma vez que os sentimentos que fluem a partir das experiências que sentimos são mais eficientes que as vividas por outras pessoas.
DESENVOLVIMENTO
Numa situação em que o aluno apenas recebe informações, corre o risco de achar-se incapaz de buscá-las sozinho e sentir-se inferior. Pois somente quando este é ativo no processo de sua aprendizagem pode sentir a emoção de obter conquistas que são suas. È por isso que é importante o papel do professor, para mostrar a ele que o mesmo tem a competência exigida para que essa aprendizagem aconteça.
Vale ressaltar que, os alunos naturalmente já são curiosos, entretanto, eles não estão sempre prontos para qualquer tarefa. Tem que ser atividades instigantes, tão inovadoras que as maravilhem, que seja um convite, que prenda a atenção delas, não as deixando como um objeto imóvel de olhos vidrados, como quem olha algo interessante num programa de televisão, mas que a envolva de tal maneira que elas desejem estar participando daqueles momentos.
È por isso que o professor tem o dever de saber o que estar fazendo, de conduzir as atividades e de refletir sobre suas ações e sobre tudo o que se passa durante a aula, tendo assim uma responsabilidade enorme sobre o andamento desta, e consequentemente com o aprendizado dos educandos.
Podemos observar que, no processo de aprendizagem das crianças, os conhecimentos não são algo internalizado imediatamente, eles passam por processos de acúmulo, de oposições entre conhecimentos anteriores e de complementaridade, que conduzem às transformações de conceitos, das relações entre os significados que os compõem e dos procedimentos requeridos e criados nas diferentes resoluções de problemas, uma vez que, as formas e os conteúdos, assim como os procedimentos que desenvolvemos para construir e transformar o conhecimento, são aprendidos nos diversos ambientes em que vivemos, tanto em casa como na escola, por exemplo.
O processo de ensino-aprendizagem depende, então, da construção de pontes e pontos em comum, de um conhecimento do professor em relação a seus alunos em sala, incentivando o uso de conhecimentos prévios aprendidos no cotidiano, por meio do processo de mediação.
De acordo com Vygotsky (1998), “o processo de internalização ocorre ao longo de uma série de transformações em que a pessoa em qualquer momento da vida opera sobre o conhecimento apresentado e o reconstrói internamente, em uma longa série de eventos que ocorrem ao longo do desenvolvimento”. Assim Vygotsky sensibiliza os educadores para que dêem atenção não apenas aos processos já terminados, mas também àqueles que estão em desenvolvimento.
E é nessa perspectiva, que o educador pode intervir no processo de aprendizado do seu aluno, desempenhando seu trabalho seguindo uma sequência didática coerente com a aprendizagem deste, trabalhando conteúdos significativos e que condizem com a realidade social e com as vivências dele.
O que o professor não pode permitir que aconteça é deixar que o ensino seja repassado de uma maneira que fuja dessa proposta apresentada,pois o aluno não interagindo com o objeto de estudo, não irá envolver-se, ou seja, não interação sua como há em tudo o que faz parte de suas vivências.
Sabemos que desde ao nascer, quando o ser humano começa a fazer parte da vida em sociedade, ele está em constantes procesos de aprendizagem, aprende a falar, a comer, a relacionar-se com os outros,enfim, as regras de socialização.
A escola é que insiste em prepará-lo para a vida, mas na maioria das vezes, esquece essa sua função e apega-se somente ao cumprimento de metas, tratando os alunos como simples objetos para seu sucesso, mascarando tal fato co o discurso de preparar o indivíduo para competir na vida.