O Conceito de Indústria Cultural em Adorno e Horkheimer.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 25/07/2013 | SociedadeIndústria Cultural.
O que é a indústria cultural, etimologia técnica proveniente da sociedade liberal burguesa, essencialmente consumista, a natureza do termo, tem a seguinte significação crítica, uma sociedade de ideologias alienadoras.
Sobretudo, as análises dos dias contemporâneos, as que se referem ao capitalismo evoluído com suas formas políticas e econômicas transnacionais.
As criticas foram formuladas particularmente por dois grandes filósofos: Adorno e Horkheimer, cuja natureza da análise política da produção cultural de alienação, designa condição degenerada da própria sociedade produtiva, seus efeitos, na contra cultura.
O capitalismo mantém por meio das suas ideologias de classes, como se fosse o paraíso de sociedade, criando as condições básicas no plano das ideologias para realização de um suposto bem estar social.
O que esconde nessa ideologia, que é possível apenas uma parte da sociedade, não a sua complexidade chegar ao consumo. Quando a grande maioria não poderá participar das condições mínimas necessárias ao bem estar social.
Mas a discriminação e a não participação do povo ao modelo de produção, são apresentadas como ineficiências dos indivíduos e não das contradições inerentes ao modelo de produção liberal.
O que significa do ponto vista das ideologias, que a questão da miséria não é um problema do modelo, mas das pessoas que não ajustaram a lógica do desenvolvimento político e econômico do neoliberalismo.
Para Adorno e Horkheimer, o conceito de indústria cultural, esconde o que é essencial da alienação na cultura produzida com a finalidade da cegueira para as massas.
A respeito do entendimento do fenômeno liberal e da produção das riquezas e do desenvolvimento parcial do capitalismo o que elimina a grande maioria as benesses do desenvolvimento.
O verdadeiro motivo é evitar o cidadão perceber as condições do desenvolvimento econômico e as formas de exploração da classe trabalhadora, e, a funcionalidade do mecanismo de inebriar aqueles que são na prática os excluídos.
A ideologia camufla as condições de desenvolvimento do capitalismo avançado, nas quais inevitavelmente o próprio desenvolvimento transforma toda forma de produção cultural em manifestação de mercadoria para o consumo ideológico da inversão no entendimento da realidade na compreensão exata dos fatos fenomenológicos.
Com efeito, a cultura é um produto de alienação para as massas, manifestando em diversos aspectos setoriais da sociedade: educação, religião, arte, musica, política e no próprio ideal de consumo.
As ideologias levam ao povo perder a sua sensibilidade crítica e mergulhar no mundo das ilusões, sem a proteção do instrumental crítico, a massa torna-se fragilizada, não conseguido, com efeito, entender a sociedade e consequentemente lutar para que a mesma seja modificada.
Torna-se impossível a verdadeira integração, ou seja, desenvolvimento econômico com desenvolvimento humano e com isso deixa o Estado cair em mãos de vampiros oportunistas contra a própria massa na defesa dos não excluídos.
A política contemporânea funciona exatamente desse modo, até aqueles que se dizem de esquerda, têm exatamente essa motivação, o que leva ao cidadão consciente a mais absoluta descrença na proposição reativa dessa condição.
Edjar Dias de Vasconcelos.