O BOXE COMO TREINAMENTO ALTERNATIVO NA MANUTENÇÃO DAS CAPACIDADES FÍSICAS.

Por Paulo Roberto Alves Falk | Dyane Paes Pereira | 01/10/2009 | Sociedade

RESUMO

Buscando possibilidades de exercícios físicos diferenciados, minha proposta foi a de incluir movimentos de boxe nas atividades físicas de duas pessoas do sexo feminino, sendo uma com idade de 58 anos e outra com idade de 53 anos. O intuito do treinamento é aproveitar os benefícios do treinamento de boxe, sem contato corporal, para desenvolver aptidões físicas ou no caso manter as capacidades físicas por maior tempo. Assim fugir das propostas comuns ou de exercícios leves que muitos indivíduos que atingem a idade de mudança ou involução (Corazza, 2005), entre os 46 e 60 anos, são submetidos e destinados a estes tipos de exercícios físicos que não promovem mudanças fisiológicas significativas. Para este estudo pretendo verificar o índice de massa corporal, a medida da passada e a velocidade de marcha da amostra. Aplicar o método de treino baseado na movimentação do boxe e após os dois meses de treinamento comparar as medidas. Os resultados encontrados demonstraram diminuição dos índices de massa corporal, aumento do comprimento da passada e melhora na velocidade da marcha. Pela pequena amostra não se evidencia a importância deste tipo de treinamento, porém os três níveis comparados apresentaram desenvolvimento. Palavras – Chave: Boxe, Treinamento, Idoso.

ABSTRACT

Seeking opportunities for different exercises, my proposal was to include boxing movements in physical activities of two females, one aged 58 years and another aged 53 years. The purpose of the training is to enjoy the benefits of boxing training without body contact, to develop physical skills or where the physical capabilities to maintain a longer time. So get away from the proposed standard or light exercise that many individuals who reach the age of change or involution (Corazza, 2005), between 46 and 60 years, and are submitted for these types of exercises that do not promote significant physiological changes. For this study I intend to check the body mass index, a measure of the past and the running speed of the sample. Apply the training method based on the movement of boxing and after two months of training to compare the measures. The results showed a reduction in body mass index, increased stride length and improved gait speed. For the small sample does not show the importance of such training, but the three had levels comparable development.
Keywords - Key: Boxing, training, elderly

INTRODUÇÃO

 A criação de programas alternativos e diferenciados pode ser estimulante na obtenção de indivíduos sedentários como potenciais clientes ao profissional de educação física. Buscando possibilidades de exercícios físicos diferenciados, minha proposta foi a de incluir movimentos de boxe nas atividades físicas de duas pessoas do sexo feminino, sendo uma com idade de 58 anos e outra com idade de 53 anos. Fugir das propostas comuns ou de exercícios leves que muitos indivíduos que atingem a idade de mudança ou involução (Corazza, 2005), entre os 46 e 60 anos, são submetidos e destinados a estes tipos de exercícios físicos que não promovem mudanças fisiológicas significativas. Na verdade existe uma preocupação excessiva com a segurança do idoso, porém estudos comprovam que treinamentos de alta intensidade além de eficientes são extremamente seguros para homens e mulheres muito velhos e frágeis (Oliveira, 2003). Desta forma enquadrar indivíduos nesta faixa etária dispostos a sair da rotina e desenvolver-se fisicamente através dos movimentos inerentes ao boxe. Para Corazza (2005) nesta idade com as mudanças fisiológicas acontecendo, as pessoas se tornam mais abertas a realizar adaptações no estilo de vida e adotar hábitos saudáveis e de qualidade. De acordo com Nóbrega (2002) o envelhecimento é um processo contínuo durante o qual ocorre um declínio progressivo de todos os processos fisiológicos. Por isso manter um estilo de vida ativo e saudável pode-se retardar as alterações morfofuncionais que ocorrem com a idade. Dentre alguns fatores do envelhecimento o principal é o declínio das atividades básicas e avançadas da vida diária, geralmente declínios físicos levam a alterações sociais e psicológicas. Para Soares (1998) esses declínios podem ser classificados de duas maneiras distintas, são elas a senescência e a senelidade. A senescência é um fenômeno físico, identificado pela idade cronológica, considerada um envelhecimento sadio, no qual poderá aparecer o declínio físico e mental de forma lenta e gradual. Já a senelidade está associada à desorganização mental, também observa-se alterações na coordenação motora, a alta irritabilidade, além da perda da memória.

Como o envelhecimento é inevitável e não existem remédios ou tratamentos que o retardem, os educadores físicos têm o poder de preparar programas de treinamento físico que promovam benefícios oriundos da atividade física orientada e assim auxiliando em um envelhecimento saudável e mantendo por tempo mais longo as capacidades físicas dos indivíduos.

Oliveira (2002) salienta que a prática de atividade física em se tratando de idosos é de fundamental importância, quando bem orientada, destacando assim a preparação do profissional responsável por ministrar o treinamento dos indivíduos desta faixa etária.

O mesmo autor citando estudo de Oaks (2000) sugere que os benefícios físicos obtidos através de praticas regulares de exercícios físicos são o aumento da flexibilidade, da força, melhora a capacidade respiratória, redução da ansiedade, estresse e depressão, aumento do bem-estar físico e psicológico; melhor funcionamento orgânico geral, maior rendimento no trabalho doméstico entre outros.

No entanto em relação à depressão a atividade física tem sido apontada como um possível agente antidepressivo, mas este tema ainda continua no campo especulativo da ciência conforme afirma Lopes (2001). Através destas citações e exemplos teóricos podemos nos referenciar e seguir procedimentos seguros para se treinar adequadamente sujeitos idosos, alguns destes procedimentos são:

·         Avaliação médica;

·         Avaliação física;

·         Em caso de patologias, prescrever exercícios que se adéqüem às limitações;

·         Enfatizar fase de atenção ou adaptação aos exercícios não habituais;

·         Cada sessão deve ter aquecimento, alongamento e volta à calma;

·         Cuidados com a respiração correta;

·         Aumento progressivo das dificuldades.

Segundo Simão et al (2009), citando  Hess (1982) e Suckert (1979) o treinamento, praticado de forma imprudente é causa de freqüentes lesões e danos evitáveis e devido às limitações compatíveis com a idade, torna-se indispensável, antes da programação do treinamento, a avaliação de um clínico geral.

 

Método Proposto de Treinamento

Segundo Mcardle e Katch (1999), a capacidade fisiológica de desempenho em geral, diminui progressivamente após 30 anos de idade, sendo que os ritmos de declínio nas várias funções diferem, sendo influenciados significativamente por muitos fatores, incluindo o nível de atividade física. Simão et al (2009) citando Bringmann (1980) indica que pode-se alcançar o maior efeito de saúde com um treinamento de resistência com duração de 45 minutos, praticado 3 vezes por semana. Neste sentido desenvolvi aulas com duração máxima de uma hora, sendo 10 a 15 minutos destinados a massagens ou relaxamentos. Através de exercícios apropriados, desenvolve-se a coordenação geral e pode-se atingir aperfeiçoamento na economia de movimentos até mesmo em idades avançadas. Estas duas capacidades interligadas ao movimento básico do ser humano que é a passada, para se locomover. Ao se obter ganhos neste sentido, promove ao indivíduo maior equilíbrio e coordenação da marcha. Para manter uma boa passada, ou seja, uma passada ampla e coordenada deve-se ter um bom condicionamento físico e boa flexibilidade da musculatura do quadril que segundo Doherty, (2003); Carvalho-Alves e Medeiros (2004), o quadríceps é responsável pelo movimento de flexão do quadril e extensão do joelho, fundamentais para a marcha. Dentro desta perspectiva na avaliação da passada verificamos que para Henriques et al. (2003),  a amplitude do passo depende da flexibilidade da articulação e do equilíbrio dinâmico mais do que a força, e  para Farinatti e Lopes (2004), a amplitude e a cadencia da marcha devem ser avaliadas conjuntamente a flexibilidade e a força muscular do sujeito.

Para obter maior controle do treinamento, utilizar métodos intervalados e nestes momentos verificar freqüência cardíaca do individuo e obter opinião sobre o nível do esforço do exercício praticado. A utilização de vestuário correto do aluno e do professor, como tênis, calças de malhação, calções ou bermudas e camisetas evitam desconforto na movimentação e evitam lesões. O profissional deve diminuir a intensidade ou volumes de treinos quando observar cansaço ou desconforto no proposto ao cliente. O descanso deve ser suficiente e os exercícios devem priorizar a correta movimentação em detrimento a técnica perfeita ou força. Com publico desta faixa etária a assistência deve ser individualizada e a preocupação com a correta postura e movimentação deve ser máxima, evitando lesões. A utilização de vocabulário simples, sem termos técnicos, com tranqüilidade na correção e sempre prestativo a auxiliar a melhora da performance devem ser prioritários na comunicação professor-aluno. Nestes modelos de treinos, é importante o trabalho em grupo ou duplas, estimulando a socialização em sessões descontraídas e estimulando a comparação de movimentos, afastando de toda forma a competição interna.

Para este publico os objetivos devem ser a qualidade de vida, melhora da performance nas atribuições do cotidiano, diminuir as patologias decorrentes do avanço da idade, melhorar a disposição geral.

OBJETIVOS

Para este estudo pretendo verificar o índice de massa corporal, a medida da passada e a velocidade de marcha da amostra. Aplicar o método de treino baseado na movimentação do boxe e após os dois meses de treinamento comparar as medidas, a fim de perceber a importância deste tipo de treinamento a idosos ou em pessoas em idade de involução.

 

AMOSTRA

A amostra é composta de duas mulheres, sendo uma com 58 anos de idade e outra com 53 anos de idade. Segundo Corazza (2005) as duas encontram-se em idade de involução. Ambas apresentaram exames médicos aptos a prática de atividades regulares, não apresentando nenhuma patologia restritiva de movimentos. Em entrevista realizada previamente à montagem do programa de treinos, constatei que ambas foram praticantes ativas de exercícios físicos durante o decorrer da vida, porém necessitavam de algo diferente e que estimulasse a vontade de praticar novamente exercícios físicos. Observei também que estavam há três meses sem praticar atividades físicas regulares. Após programação e montagem de programa de treinamento, propus a prática de movimentos do boxe como forma de desenvolver as capacidades físicas para condicioná-las à evolução do tempo e decorrente diminuição das funções fisiológicas, proporcionado a elas um adiamento de alguns sintomas decorrentes do envelhecimento.

 

 

METODOLOGIA

Na forma de classificar os indivíduos que apresentam distúrbios de peso, Jacques Quetelet no século XIX propôs a utilização do Índice de Massa Corporal (I.M.C.) que utiliza o equivalente ao peso corporal, expresso em quilogramas, e o quadrado da estatura, expresso em metros (Kiess et al., 2001). Conforme Heyward e Stolarczyk (2000), uma das metas dos professores de educação física e saúde é a de serem capazes de interpretar os resultados da composição corporal de seus alunos. Servindo como auxiliares nesta prevenção à epidemia de obesidade e sobrepeso, os profissionais da área da saúde como os educadores físicos podem aplicar estes testes e avaliações como forma de informação e alerta a possíveis distúrbios decorrentes da obesidade. Para tal verificação utilizaremos o índice de Massa Corporal (I.M.C.) verificado através da fórmula IMC = peso (kg)/altura2 (m). Foi utilizada a classificação do IMC, segundo a Organização Mundial da Saúde (1997). Para isto foi averiguado peso em quilogramas e estatura em metros na amostra. Para medida de peso utilizou-se uma balança de plataforma da marca Plenna, com divisões de 100g e a massa corporal foi mensurada em quilogramas (GORDON et al., 1991) . Após cada medição a balança era novamente aferida para minimizar erros, os individuos foram pesados em pé, descalços. A medida da estatura foi verificada com estadiômetro da marca Physical, marcada de cm/cm até a altura de 2m, posicionado o sujeito descalço, encostando os calcanhares, quadris, escápula e parte occipital do crânio na superfície do aparelho.

 TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DO IMC- OMS (1997)

 

CATEGORIAS DE PESO (OMS)

Abaixo de 20 Kg/m2

Abaixo do Peso

Entre 20 e 25 Kg/m2

Peso Ideal

Entre 25 e 30 Kg/m2

Sobrepeso

Entre 30 e 35 Kg/m2

Obesidade Leve

Entre 35 e 40 Kg/m2

Obesidade Moderada

acima de 40 Kg/m2

Obesidade Mórbida

 

Fonte: OMS (Organização Mundial da Saúde)

O IMC, que utiliza o peso e a estatura como critério diagnóstico, é útil tanto em nível individual como populacional, permitindo comparação com estudos nacionais e internacionais, além de expressar as reservas energéticas do indivíduo (Cervi, Franceschini e Priore, 2005).

Ainda avaliaremos a dimensão da passada dos indivíduos da amostra, através deste protocolo:

Para avaliação da marcha cada sujeito caminhou numa passarela de piso plano e regular, com comprimento total de 16 metros dividida em três áreas: área de aceleração (5 metros), central (6 metros), fase de desaceleração (5 metros). Um tapete de papel com 1,10 metros de largura foi fixado na área central para possibilitar o teste e nesta área foram realizadas as medidas, excluindo os momentos de aceleração e desaceleração nos metros iniciais e finais do teste. Os perímetros foram medidos com trena de precisão de 0,01 cm (Sanny - Brasil).

Uma bacia com água foi disposta no início da passarela para que cada avaliado antes de andar sobre ela molhasse os pés, dessa forma marcando cada apoio que o avaliado realizou, possibilitando assim medir o comprimento do passo (direito e esquerdo) e da passada (direita e esquerda). O comprimento do passo direito será determinado pela distancia entre o toque do pé esquerdo e o do pé direito, enquanto o do passo esquerdo será entre o toque do pé direito e o do esquerdo. O comprimento da passada (direito e esquerdo) será medido entre dois toques de um mesmo pé. Para estes valores somente foram consideradas as marcações realizadas na área central conforme descrito.

Os sujeitos foram orientados a realizar a caminhada em velocidade habitual e um cronômetro foi acionado no momento em que o sujeito entrou na área central e foi desativado ao final desta, possibilitando medir o tempo de realização e calcular a velocidade do deslocamento. A avaliação da marcha seguiu o protocolo de Cerny conforme descrito em Henriques et al. (2003) e Sanglard et al. (2004). A avaliação da marcha foi realizada através do protocolo de CERNY, que é um método cinemático quantitativo empregado para descrever eventos do movimento através do deslocamento do indivíduo pelo ambiente.

O método de Cerny objetiva a quantificação das seguintes variáveis:

·         Comprimento da passada: O valor da média da passada da perna direita (MPAD) e da perna esquerda (MPAE) do indivíduo foi verificado no espaço de 6 metros. A medida é realizada em centímetros. Pé esquerdo Pé esquerdo Pé direito Pé direito.

·         Velocidade da marcha: Velocidade (VEL) com que este indivíduo percorreu os 6 metros. E é expressa em metros por minuto (m/min).

 

RESULTADOS ENCONTRADOS ANTES DA APLICAÇÃO DO TREINAMENTO

Os resultados encontrados na amostra estão expressos na seguinte tabela:

 

53 anos

58 anos

Peso

80 kg

79 kg

Estatura

1,68m

1,66m

IMC

28,37 (sobrepeso)

28,62 (sobrepeso)

Comprimento da Passada

0,83 m

0,71 m

Velocidade da Passada

120 m/min (3 segundos)

94,74 m/min (3,8 segundos)

 

TREINAMENTO

Pelo menos uma vez na vida, todo homem já fechou os punhos para se defender, seja brincando ou a sério, seja qual for o caminho que o levar ao boxe, você encontrará muita satisfação nele, não só como esporte, mas também como exercício (Patterson, 1981). O intuito do treinamento é aproveitar os benefícios do treinamento de boxe, sem contato corporal, para desenvolver aptidões físicas ou no caso manter as capacidades físicas por maior tempo. Este programa foi desenvolvido para pessoas capazes de realizar todas as atividades avançadas da vida diária com o objetivo de manter tanto a aptidão física, como sua saúde e com isso estabelecer ótima qualidade de vida.
Desenvolvi este programa baseado em entrevista que levou em conta hábitos e atitudes cotidianas do cliente, bem como informações sobre histórico de doenças.
O programa consiste em um ciclo formado por 8 semanas dividido em  sessões com freqüência de três dias semanais, cada sessão com uma hora de duração.
Por tratar-se de uma pessoas ativas, mas com idade relativamente avançada com participação em atividades como dança de salão e caminhadas em grupo, precisamos de um programa que estimule o organismo a adaptar-se  a um nível mais alto de esforço.
Apresentamos algumas alternativas e por tratar-se de pessoas incomuns e inovadoras, a proposta de treinamento de boxe foi aceita pelas clientes.

-   Este programa tem como objetivo trabalhar desde o campo físico até o social, desenvolvendo: Orientação espacial,  Equilíbrio,  Trabalho de membros superiores e inferiores,  Força e resistência muscular, Resistência Cardiorrespiratória, Flexibilidade,  Memorização, entre outros.

OBSERVAÇÕES

l  Utilizar alvos móveis, sem impacto nas articulações, lembrando sempre que uma das alterações que ocorrem nos ossos no envelhecimento é a porosidade e com isso maior fragilidade.

l  Estar atento às dificuldades, queixas e desconforto causado pelo programa, como dores tardias ou fadiga.

l  Alguns autores afirmam que a freqüência alvo nos treinos para idosos e pessoas pouco ativas deve estar entre 40 e 70%, da freqüência cardíaca. Para nossas clientes, saudáveis e historicamente ativas, utilizaremos a freqüência cardíaca, MODERADA entre 65 e 75%.

l  Orientador do programa deve estar totalmente focado na aplicação dos exercícios, atento a possíveis erros de execução, para que o cliente não exceda seus limites.

l  UTILIZA-SE DE PERÍODOS DE ATIVIDADE COM DESCANSO ENTRE OS EXERCÍCIOS.

EX: 2 MIN DE ATIVIDADE X  1MIN  DE DESCANSO.

l  UTILIZAMOS OS INTERVALOS PARA MENSURAR A FREQUENCIA CARDÍACA DO CLIENTE.

PROGRAMA DE PREPARAÇÃO OU BASE

1ª, 2ª e 3ª Semanas (Semanas de atenção)

Segunda-feira

Preparação (15minutos)
Alongamento dos  principais grupos musculares e aquecimento das articulações.

FUNÇÃO:      DIMINUIR A RIGIDEZ MUSCULAR E MELHORAR A CIRCULAÇÃO, PREPARANDO PARA AS ATIVIDADES.

-   1º Momento (10 minutos): Trabalhar movimentação de membros inferiores sobre a cama elástica, leve movimentação de pernas e braços evitando assim impacto nas articulações (imitar pular corda).

-   2º Momento (15 minutos): Trabalho de espelho
Em frente ao espelho estimular uma movimentação lateral, frente e trás com posicionamento dos braços prontos para defender e atacar.

-   3º Momento (10 minutos)
- Seqüência de golpes
Em frente ao espelho trabalhar a seqüência básica de golpes (1-2) coordenando a movimentação dos braços e orientando quanto a movimentação dos braços e orientando quanto a técnica correta de golpear.

 

-   4º momento (10 Minutos)
-Relaxamento
Descontração muscular através de um leve massageamento nos grupos musculares.

 

MOMENTO DE APROXIMAÇÃO COM O CLIENTE PARA POSSÍVEL OPINIÃO SOBRE SESSÃO DE TREINAMENTO.

 

Quarta-feira


Preparação (15 minutos)
Alongamento dos principais grupos musculares  e aquecimento das articulações.

-   1º Momento (20 minutos)
Trabalho de agilidade de membros superiores. O cliente em posição equilibrada com os braços de defesa e ataque, posicionado próxima ao orientados. O orientador de posse de cinco bolas de borracha lançará a bola (uma de cada vez) e o cliente deverá defender-se destas.

-   2º Momento (15 minutos)
Mesma posição do exercício anterior, trabalhar a esquiva e da mesma forma lançar a bola, o cliente deverá desviar desta.

-    3º Momento Relaxamento (10 minutos)

 

Sexta-feira


Preparação (15 minutos)
Alongamento dos principais grupos musculares e aquecimento das articulações.

-   1ºMomento - Bate volta (15 minutos)
Uma bola de borracha pendurada na altura do rosto do cliente, com mobilidade. E deverá golpear a bola esperando o seu retorno e golpeando novamente. Estimular a movimentação em torno da bola.

-   2ºMomento (20 minutos)
Apresentando o saco de pancada ao cliente, adaptado ao cliente com peso inferior a 3 kg (pode se utilizar material infantil) e muita mobilidade (preservando articulações dos punhos). Saco marcado com numerações em lugares específicos. Orientar que o golpe não precisa de força e sim praticar a movimentação correta.

-   3º Momento – RELAXAMENTO (10 minutos)

 

4ª, 5ª e 6ª Semanas (semanas de adaptação)

Segunda-Feira

Preparação - 15 minutos

Alongamento dos principais grupos musculares e aquecimento das articulações.

-   1º momento (10 minutos)
Cama elástica simulando pular corda.

-   2º momento - Almofadinha (25 minutos)
 Professor em frente ao cliente com as almofadas nas palmas das mãos fazendo movimentos circulares, ao sinal, o cliente deverá golpear as almofadas.

Relaxamento (10 minutos)

Quarta- Feira
Preparação – 15 minutos

-   1º momento - Punching Bag (10 minutos)
- Apresentar Punching Bag e orientar que o cliente execute golpes suaves e ritmados.

-   2º momento - Esquiva (10 minutos)
- Cliente posicionado a aproximadamente 10 metros do professor em posição equilibrada. O professor de posse de cinco bolas de  borracha deverá lançá-las uma de cada vez, fazendo com que a bola quique a aproximadamente 3 metros do cliente e este deverá desviar-se.

-   3º momento - Seqüência no saco de pancada (15 minutos)
- Cliente deverá executar seqüência básica (1-2) no saco.

-   Relaxamento (10 minutos)

Sexta-Feira
Preparação – 15 minutos

-   Alongamento dos principais grupos musculares  e aquecimento das articulações.

-   1º momento (20 minutos)
Com música em frente ao espelho, o professor posicionado em frente ao cliente, deverá executar movimentos de boxe e o cliente imitar.

-   2º momento -  Esquiva e bate (15 minutos)
Mesma posição de exercícios anteriores com bola, sendo que da primeira esquiva e da segunda bate.

-   3º Momento - Relaxamento (10 minutos).

 

7ª e 8ª Semanas

(Manutenção das capacidades e Ampliação dos movimentos)


 Segunda-Feira

Preparação – 15 minutos

Alongamento dos principais grupos musculares  e aquecimento das articulações.

-   1º momento (10 minutos)
Com música, cliente em frente ao espelho, deixar livre movimentação.

-   2º momento (10 minutos)

Mesmo exercício anterior, porém com chamada de movimentos.

-   3º momento (15 minutos)
 Saco de pancadas com seqüência (1-2-3).

-   4º Momento - Relaxamento (10 minutos)

 

Quarta-Feira


Preparação – 15 minutos
Alongamento dos principais grupos musculares e aquecimento das articulações.

-   1º momento - Almofadinha (10 minutos)

-   2º momento - Punching Bag (10 minutos)

-   3º momento - Saco de pancadas (com variações de seqüências (1-2-3, 2-3-1,1-3-2...) (15 minutos)

-   4º Momento - Relaxamento (10 minutos)

 

Sexta-Feira


Preparação – 15 minutos


Alongamento dos principais grupos musculares e aquecimento das articulações.

-   1º momento - Cama elástica (05 minutos)

-   2º momento - Espelho (10 minutos)

-   3º momento - Saco de pancada com seqüência alternada (10 minutos)

-   4º momento - 05 minutos
Livre trabalho no saco de pancadas com observação e orientação.

-   Relaxamento: Música e massagem (15 minutos)

 

MATERIAIS UTILIZADOS

SACO DE PANCADA

LUVAS

 

PUNCHING BAG

 

CAMA ELÁSTICA (MINI-TRAMP)

ALMOFADAS

BOLAS DE BORRACHA

RESULTADOS ENCONTRADOS APÓS A APLICAÇÃO DO TREINAMENTO

Os resultados encontrados na amostra estão expressos na seguinte tabela:

 

53 anos

58 anos

Peso

77 kg

77 kg

Estatura

1,68m

1,66m

IMC

27,30 (sobrepeso)

27,89 (sobrepeso)

Comprimento da Passada

0,90 m

0,79 m

Velocidade da Passada

124,14 m/min (2,9 segundos)

105,88 m/min (3,4 segundos)

CONCLUSÃO

Levando em consideração o tamanho da amostra, somente dois indivíduos, torna-se difícil concluirmos a importância do treinamento do boxe para pessoas em idade de involução, porém para esta amostra evidenciamos decréscimo no peso corporal e conseqüentemente no IMC, apesar de ainda encontrarem-se na classificação de sobrepeso. Houve aumento do comprimento da passada e velocidade de marcha, demonstrando desta forma níveis de evolução. É importante um acompanhamento com maior tempo de treinamento e aumento do numero da amostra para que possamos identificar a real importância deste tipo de treinamento. O que ficou claro na prática é que a alternativa e o diferencial propostos pelo boxe trouxeram motivação e prazer no aprendizado destas movimentações com melhora nas capacidades físicas.

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