O Bom E O Belo

Por Alina Campos Tomaz Teixeira | 04/10/2007 | Adm

Sub.Título: O valor mercadológico do Belo

Resumo: Nem tudo o que é bom, precisa necessariamente ser belo; também nem tudo o que é belo pode ser considerado como bom.Sob o ponto de vista do mercado de negócios, tenta-se convencer os incautos que o belo é sempre o que é bom.


Conteúdo: Tudo o que é bom para o indivíduo usufruir, precisa ser útil, saudável, visto que trará benefícios para quem dele experimenta.

O bom tem sentido de criatividade e legitimidade, por isso é considerado útil. E o que é útil é necessário.

O bom pode ser primordial ou apenas saudável e essencial. Pode ser o melhor, e portanto ser considerado imprescindível; pode ser urgente ou emergencial.

O bom possibilita ao homem construir, apesar de nem sempre se alegrar com a construção; pode ser prazeroso, apesar de não ser vistoso ou belo, e pode ser apenas duradouro.

Com o belo não acontece da mesma forma que o bom . O belo pode ser inútil, e descartável. Pode aprisionar e ser capaz de destruir, pode ser traiçoeiro e ineficaz.

O belo pode enganar quanto à sua utilidade e, portanto quanto à sua necessidade. Pode trazer prazer momentâneo, mas muita dor posteriormente e de forma permanente na vida de uma pessoa.

O belo pode confundir com a teimosia e a vaidade. Ás vezes pode ser bom, mas nem sempre é legítimo.
Na leitura da sociedade, o belo tem tomado o lugar do que é bom, e muitos poderes atribuídos à quem o possui, com fins mercadológicos e não ideais.

Se a propaganda anuncia o belo como bom, poucas são as pessoas que procuram saber a veracidade dos fatos. Se a sociedade rejeita o que não é belo, impõe o valor de que também não é bom.

E o bom cai na ociosidade, na solidão, na alienação. O belo é exibido como necessário e insubstituível. Quem não possui o belo, é considerado incapaz, incompetente.

A mídia atribui ao belo, um valor superestimado, e os negócios rendem lucros volumosos, enquanto que o bom é subestimado e desqualificado.

Enquanto o bom não precisa de marketing, pois se sustenta pelo simples fato de ser útil, o belo precisa de equipes bem formadas e de todos os dias buscar a superação para se firmar.
O bom não recebe tietagem,enquanto o belo só sobrevive com a formação de fã clube. Enquanto o bom recebe refil para ser mantido, o belo precisa de recriação e retitulação.

O bom atinge a todas as camadas da sociedade sem muito esforço, e o belo se esmera em elitizar para garantir um mínimo de adeptos usuários.