O BANCO DO NORDESTE E A DISPONIBILIDADE DE CRÉDITO PELO PRONAF

Por Alberto Jefferson da Silva Macêdo | 05/03/2017 | Política

     Desde a década de 70, ocorreram transformações na sociedade como progressiva competição global, fragmentação e pulverização de mercado e recomposição da escala de produção, a partir da década de 90 a agropecuária passou a estar intimamente ligada aos canais de distribuição ou agroindústrias como uma forma de voltar sua produção para o mercado externo. Nesse cenário a maior parte dos recursos creditícios eram voltados em sua grande maioria para os latifundiários e grandes produtores de produtos para exportação.

     Hoje, os produtores antes deixados de lado, dispõem de algumas políticas do governo voltadas a auxiliar e incentivar à produção também dos detentores de pequenas áreas rurais. Nesse contexto destaca-se o PRONAF – Programa Nacional de fortalecimento à agricultura familiar, com política voltadas a concessão de recursos creditícios para que produtores rurais possam se estabelecer e produzir a fim de manter uma renda estável. O recurso é concedido para produtores que se encaixam nos requisitos do programa sendo um deles que a renda total do produtor não seja inferior a 50% proveniente de atividade rural.

Objetivo do trabalho - O trabalho teve como objetivo fazer uma pesquisa junto ao banco, a quatro produtores rurais contemplados pelo PRONAF, sendo dois do sexo masculino e dois do sexo feminino e um presidente de associação a fim de obter respostas de um questionário e avaliar as mudanças após tomada dos recursos creditícios.

Metodologia - Foram elaborados questionários para serem respondidos em forma de entrevista com o funcionário do Banco do Nordeste, os produtores e um presidente de associação; O grupo achou pertinente procurar o órgão de assistência técnica presente na cidade de Alagoa Grande-PB e fazer algumas perguntas sobre como era feita a assistência; Os produtores foram entrevistados em sua própria residência afim de se observar onde houve a aplicação dos recursos e as mudanças relatadas caso houvesse; Houve o acompanhamento do técnico no momento de prestação da assistência.

 

     Foi possível observar a carência na maioria dos casos de assistência técnica quanto à aplicação dos recursos. Ainda que os produtores de Alagoa Grande-PB contemplados pelo PRONAF recebam uma assistência técnica presente na cidade o problema de inadimplência ainda ocorre e a assistência técnica não funciona corretamente na aplicação correta propriamente dita. Dos 4 casos avaliados apenas 1 apresentou-se com perspectiva de geração de renda e futuro de expansão, nos outros casos a situação é diferente e sobre a preocupação com lucros seria nesse caso nem a preocupação, mas sim a viabilidade do sistema e que este tenha capacidade de pagar as contas e não foi visto isso. Este fato nos remete a uma reflexão, que embora a assistência técnica esteja presente ainda falta qualidade, para que de fato os recursos sejam aplicados de forma devida e o conhecimento seja disseminado por intermédio dos próprios produtores.