O baixinho resolve 94

Por Edson Terto da Silva | 29/11/2011 | Crônicas

Convenhamos que humildade jamais foi característica de Romário de Souza Faria,  o famoso Baixinho, que foi peça fundamental da Seleção Brasileira que conquistou o tetracampeonato mundial de futebol, em 1994, no Estados Unidos. Certa vez, Romário mesmo falou que o Criador o apontou e disse “esse aí é o cara”. E dá pra duvidar? No último jogo classificatório para a Copa de 94, o técnico Parreira (que tem fama de teimoso) decidiu colocar o orgulho de lado e convocou Romário, precisávamos encarar o Uruguai, no Maracanã, e uma derrota seria dar adeus à Copa, pela primeira vez na história de nossa Seleção.

O Baixinho não vinha sendo convocado por desentendimento com a comissão técnica. Veio, viu e venceu. Romário deu show de bola no gramado que tanto conhecia, pois firmou carreira no Vasco da Gama e ainda jogou em dois outros grandes clubes cariocas: Flamengo e Fluminense, portanto, o Maracanã era o quintal do cara, nos classificamos com vitória de 2x0, dois gols de Romário. Ele carimbava com muita competência o passaporte para a Copa do Mundo, a sua segunda, pois ele fez parte do fiasco de 90, na Itália.

Na Copa nos EUA, Romário fez a diferença e há quem compare sua atuação com a que ocorreu com Garrincha, em 62, no mundial disputado no Chile. Até hoje são apontados como jogadores que, praticamente, ganharam  Copas sozinhos, embora fizessem parte de uma equipe, afinal futebol é esporte coletivo. Se alguém dúvida, em 94, Romário fez gols em cinco dos sete jogos disputados, sendo em quatro vitórias e um empate. Não bastasse isso, foi ele quem deu o passe para o gol do baiano bom de bola Bebeto, na vitória de 1x0 sobre os EUA,  no mata-mata das oitavas de finais, em pleno 4 de julho, Dia da Independência  Norte Americana, com todo famoso patriotismo estadunidense em campo, e com o Brasil perdendo Leonardo, expulso por falta violenta.  Na final de 0x0 contra a Itália, Romário ainda fez o dele na cobrança dos pênaltis. O Brasil foi tetracampeão após  24 anos sem títulos nas Copas, a última vez tinha sido em 70, no México, com Pelé e
companhia.

Com ajuda do Wikipédia, soube que Romário nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1966, atualmente é deputado federal, pelo PSB. Ele é o terceiro maior artilheiro da Seleção Brasileira, com cinquenta e cinco gols. Em maio de 2007, tornou-se o segundo brasileiro que se tem registro a chegar à marca do milésimo gol na carreira futebolística, ah, o primeiro foi Pelé. No mesmo ano, seu nome batizou o estádio do Duque de Caxias, cujo nome popular também lhe faz referência: “Marrentão”.