O AQUI E O AGORA

Vivemos aprisionados a medos. Temos medo do futuro e não esquecemos de medos do passado. Vivemos em celas que nós mesmos construímos.

O AGORA é um tempo em que poucos vivem, muitos existem. E a depressão... ah! Doença do século! Vivemos conectados a um mundo nosso e esquecemos dos amigos próximos e da família. Conversamos pouco e isso nos faz nos sentirmos inúteis. Ficamos aprisionados perto de tomadas e esquecemos de viver. Esquecemos de empinar pipas, andar à carrinhos, ficamos cegos, não sabemos mais o que é a felicidade. E assim a doença do século nos pega, desprevenidos.

Somos tão apegados realidade que nós mesmos construímos  que para mantê-las, nós distorcemos, omitimos ou ainda generalizamos aspectos da realidade, dos outros e de nós mesmos.

Isto faz com que as nossas experiências sejam vividas basicamente da mesma forma.

E aí repetimos para nós.

Por que isto sempre acontece comigo? Por que as coisas não mudam?

Não sei exatamente,  só sei que nossas pessoas estão cada vez mais difíceis de lidar e nossos problemas parecem monstros de sete cabeças.

Quando você perceber que cada por do sol é único. Que cada experiência traz em si algo novo. E que eu e todo universo estamos em profunda transformação. Poderei viver na única realidade que existe, O AQUI E O AGORA.

Élen Cristina de Cezaro

São Domingos do Sul, 2015