O aborto e o interesse econômico
Por Sergio Sebold | 18/02/2013 | SaúdeÉ mais que desnecessário dizer que o aborto é um atentado a vida, por mais que se procure justificar sua prática. As argumentações por mais que possam a primeira vista serem válidas jamais tirarão o caráter criminoso que esteja por trás. Pela moral que praticamos será impossível tirar este caráter. A grande maioria dos argumentos a favor está por trás todo um espírito individualista e um egocentrismo monstruoso com o pano de fundo da ética utilitarista.
Infelizmente, há uma epidemia ideológica (fetofobia), em todos os países na busca de justificativa, para descriminalizar esta prática, com os mais subjetivos argumentos. E o pior, o que mais nos deixa perplexo, são justamente os países da orla católico/cristã justamente os que mais procuram por este caminho justificar uma visão de liberdade sexista. No fundo o que se busca é o pansexualismo, os chamados direitos sexuais, o sexo fácil, ideologias do gênero, promovido por Órgãos da ONU, formando uma mentalidade distorcida, oferecendo condições de se viver uma vida sem regras éticas.
A prática sexual é um meio para se perpetuar a espécie, mas jamais um fim em si mesmo. Todos os seres vivos o praticam, mas com a responsabilidade de se auto perpetuar. O ser humano (o único) encontrou nesta prática, muito mais por um prazer lúdico do que a responsabilidade natural. O prazer é um processo hormonal estimulante apenas, caso contrário não estaria aqui escrevendo.
Na natureza, aqui tomando um bizarro exemplo do gato, a fêmea somente aceitará o macho, quando estiver no cio, e ele aguardará pacientemente para este momento. E este ciclo só ocorre em períodos longos. No ser humano a ovulação ocorre a cada 28 dias (em média), ou um ciclo lunar. Por sua vez lhe é permitido ainda praticar o sexo mesmo no processo de gestação da sua fêmea (mulher). Neste particular a “fêmea” humana é tolerante.
Por sua vez esta oportunidade de uma ovulação a cada ciclo lunar, possibilitou ao ser humano uma super proliferação da espécie proporcionalmente ao seu tempo de vida. Sendo o único ser dotado de inteligência, lhe causou outro problema, a reprodução está levando ao desequilíbrio de todo o planeta Gaia.
Diante deste quadro, deverá se buscar a redução da natalidade. Como fazer isto, sem reduzir a freqüência sexual que o ser humano está acostumado? Começa surgir soluções das mais sublimes, abstenção nos períodos férteis; a mais radical destruição de seu semelhante, a guerra; ou ainda destruir sua própria geração: o aborto. Tanto no Brasil como na grande maioria dos países que admitem esta prática, o fazem através de um eufemismo: “aborto seguro”. Assim, existe uma grande oportunidade capitalista, através das clínicas e produtos correlatos.
A abstenção sexual, por mais forte que seja seu impulso, não causa o mínimo efeito “colateral”. Até hoje ninguém provou que certas doenças, (câncer, Parkinson, Alzeimer, atrofias etc.) foram causadas pela abstenção sexual tanto para o homem como para a mulher.
Para aquelas mulheres que dizem eu tenho domínio sobre o meu corpo é bom dizer que qualquer aborto provocado, o risco de vida é muito maior do que o risco do parto, comprovado pela própria medicina. O grande dom da mulher que já trazem no seu DNA é a maternidade. Todas as mulheres desde que nascem nesta condição, aguardam com ansiedade esta oportunidade de serem mães. E isto garante manutenção da espécie. O mesmo fenômeno ocorre com todas as fêmeas dos seres vivos.
Infelizmente, há no Brasil um movimento invisível, sutil, de legisladores (as) que procuram insistentemente em regulamentar com a insidiosa tese, de que se o estado não proteger as pessoas que queiram fazer o aborto, ele ocorrerá de qualquer forma pela sociedade. Sempre o mesmo critério, atacar o problema pelo efeito e não pela causa. Porque não educar as meninas desde seus primeiros passos nas escolas pela prática do não aborto, pelos riscos a ela inerentes. Pouco se fala, no efeito psicológico arrasante que passa uma mulher depois deste ato. As clínicas psicológicas e psiquiátricas estão abarrotadas por elas.
Para os cristãos, o corpo humano é o templo do Espírito Santo, como tal deve ser respeitado conforme ensina a doutrina. Nós seres humanos somos um projeto Divino. Pense.
Sergio Sebold – Economista e Professor