"Nulla Res" - O Vazio da Razão Humana

Por Thiago Cinti Bassoni Santana | 07/07/2013 | Filosofia

 O ser humano e sua capacidade de um pensar racional revolucionou a vida. Desenvolveu tecnologias para sobrevivência e para seu comodismo, e assim facilitou muitas coisas. Mas se existe algo que o ser humano não conquistou até hoje, é a certeza racional. Será que o homem pode encontrar uma verdade universal? Será que temos a capacidade de provar totalmente a “Criação”?

 Sem que se perceba, todo ser humano tem um pouco de orgulho dentro de si. Vivemos achando que: “A verdade é esta!”. Um grande exemplo disso está no fanatismo religioso e no fanatismo filosófico. Um religioso fanático sempre sairá julgando adeptos de outras religiões, ou até os não-religiosos, dizendo que estes estão “errados perante alguma divindade”. E uma pessoa filosoficamente fanática, que julga outros por não enxergarem a “verdade da vida”. Ambos discutem por querer impor uma crença como verdade universal.

 O Nulla Res é a teoria da incapacidade de compreensão dos fatos eternos e das verdades absolutas para mente humana. Assim como a matemática que em nossa mente não tem inicio e nem fim, a Criação não é racional na mente humana, pois a mente humana está limitada somente às modificações e, ou evoluções de algum meio. Ou seja, pode ser que exista uma verdade absoluta além da compreensão humana, ou também pode ser que não exista (esta também é uma questão incompreensível para mente humana).

 Com isso só nos basta crer, ter fé. Ter fé é acreditar em algo que não podemos compreender ou ver, mas temos a certeza que isto (objeto de crença) é um fato em nós mesmos. O nosso mundo é movido pela crença; um ateu crê que Deus não existe, um cristão crê que Jesus é o Cristo, um evolucionista crê que o Big Bang existiu, um cético crê que não existe explicação para nada, etc. ”Não existe uma verdade absoluta para mente humana, nem fatos eternos.”

 Assim podemos ver que todos nós somos iguais, e que somos incapazes de pensar no inicio de algo. “A crença é o combustível para mente humana.”