NOVA ERA
Por Mariléa Cruz | 19/05/2017 | SociedadeTudo demais enjoa e quando não causa enjôo, faz mal a saúde. Buscamos compensar nossas frustrações com a pratica exagerada da formula de prazer que identificamos como aquela que saciará a nossa sede. As mais graves tornam-se vícios e entre estas estão aquelas que prejudicam aos praticantes e fazem vítimas diretas, aqueles que cruzam seus caminhos.
Existem outras práticas consideradas inofensivas cujas conseqüências são subliminares e que também fazem vítimas, sendo as vítimas consideradas as responsáveis pelo próprio sofrimento.
Ainda existe uma terceira categoria, a pratica exacerbada como a que encontramos em seguidores fanáticos de religiões,de correntes políticas e de times de futebol, que discrimina, escraviza e se supera na idolatria de seus líderes.
O fato é que vivemos num mundo em que se pensamos que sabemos de onde viemos, não sabemos para onde vamos e a busca incessante por bem estar, por gozar de paz, saúde, harmonia e felicidade é vencida pelos desequilíbrios vivenciados no dia-a-dia empurrando-nos ao encontro de prazeres imediatos que acabam por proporcionarem novas frustrações.
Neste impasse ficamos suscetíveis e submetidos a tudo que nos chega aos ouvidos pelos vários mecanismos de informação e comunicação, seja bom ou ruim, falso ou verdadeiro, alegre ou triste. Não desgrudamos dos equipamentos, ciosos de novidades que nos coloquem em contato com o mundo e reproduzimos frases, ações e interpretações que não sobreviveriam a uma análise mais profunda e damos seqüência a outras cujo conteúdo é até relevante, mas por ser repetitivo torna-se desimportante.
O medo e a insegurança predominam, mas a fé e a esperança permanecem como marcos e neste contexto vemos que há um movimento ainda incipiente para tomarmos o rumo certo. Não há porque não acreditar que estamos próximos a viver uma nova era.