Nosso Chamado

Por João Placoná | 02/03/2010 | Religião

Quando procuramos seguir a Cristo, uma das lutas continuas é tentar saber para que fomos chamados. Embora muitas vezes pensemos em termos de profissão e local, talvez a questão de maior importância seja a do caráter: o ser que reforça o fazer. “Senhor, quem Tu queres que eu seja?”

 

Em Efésios 4 -  Paulo escreveu: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados”. V.1

 

Ele prosseguiu e acrescentou três fatos: seja humilde, seja manso, seja paciente, “suportando-vos uns aos outros em amor” v.2

 

Paulo escreveu estas palavras na prisão, um lugar difícil onde continuou a vivenciar seu chamado vindo de Deus.

 

Oswald Chambers (1874-1917), homem de notável maturidade e reconhecida sabedoria espiritual, mestre da Palavra e de renome internacional em sua época disse: “Consagração não é ceder ao chamado para viver por Deus, mas, afastar de outros chamados, e a renúncia do nosso eu, para Deus, deixando  que a Sua providência nos coloque onde ele quer: em negócios ou advocacia, ou ciência; em fábricas, em política ou em algum trabalho enfadonho. Nós devemos trabalhar conforme as leis e valores do Reino de Deus.”

 

Deus nos escolheu para sermos os representantes de Cristo na terra. À luz dessa verdade, Paulo nos desafia a viver de forma condizente com o chamado que recebemos – do admirável privilégio de sermos chamados membros da família de Cristo. Isso inclui sermos humildes, gentis, pacientes, compreensivos e serenos. As pessoas observam a maneira como você vive. Será que podem notar a presença de Cristo em você? Será que você está sendo um bom representante do Senhor?

 

Vejamos a história de Jenny Lind (1820-1887), uma talentosa cantora de ópera conhecida como “o rouxinol sueco”, ficou famosa internacionalmente. Ela conquistou distinção e honra da parte de muitos nobres da Europa, e seu talento lhe trouxe grande fortuna. Repentinamente, ela desistiu no auge da carreira e se isolou do mundo.

 

Um jornalista escreveu: “Nada é mais fantástico em relação  à carreira de Jenny Lind que sua curta duração. Por dois anos  ela cantou nos teatros da Inglaterra. Cinco anos após sua primeira aparição em Londres, Jenny virtualmente se aposentou. Ela  subiu ao palco ocasionalmente nos anos seguintes, em geral para se apresentar em eventos de caridade”.

 

Por que essa extraordinária artista desistiu da carreira tão subitamente para viver em reclusão até sua morte, aos 67 anos de idade?

 

Um amigo dela explica a razão. Certa vez ele a encontrou sentada, lendo a Bíblia e lhe perguntou: “Me diga, por que você largou os palcos no auge do sucesso?” Jenny deu uma resposta surpreendente: “Gradativamente ficou claro para mim que o palco e a vida social estavam se transformando em um fardo para minha fé, e que  tinha  menos e menos tempo para este Livro aqui”, falou, colocando a  mão sobre a Bíblia. “Então, o que mais eu podia fazer?”

 

Que resposta perfeita! Ela agiu com a convicção, agiu de acordo com aquilo que cria. Trocou todos os aplausos do mundo para  servir ao seu Senhor de perto. A alegria daquela mulher era a presença de Jesus Cristo.

 

Que este exemplo sirva de lição para muitos crentes que ao receber o seu chamado, postergam-no preferindo continuar na sua vida mundana.

 

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado,ó Senhor Deus dos Exércitos”. Jeremias 15.16.

 

Fontes:

Publicações RBC – Nosso Andar Diário

Literatura Cristã – Boa Semente

Cpad – Bíblia de Estudos Aplicação Pessoal