NOITES VAZIAS
Por MARCOS INACIO CAVALCANTE | 28/01/2013 | PoesiasNOITES VAZIAS
A lâmpada do meu quarto perdeu a cor,
Acenda agora o meu luar,
E leve também a champanha que restou,
Mas deixe as redes eu quero pescar.
Na parede o vazio que as fotos deixou,
Se todo amor fosse um eco iria sempre voltar,
Vá lentamente, por favor,
Junte tudo o que puder levar.
Mas deixe-me pelo menos a solidão,
Livra este coração desta dor,
Com a cruz e a espada na mão
Vá lentamente como a noite meu amor.
Entre delírios e tristezas o murchar da flor,
Que não tenha espinhos nem sentimentos,
Nem abelhas achem algum sabor,
Que não passem de devaneios esses momentos.