Nguimbianos nas ruas do namibe

Por Pedro Teca | 10/11/2010 | Arte

Notas do autor.
Em múltiplas alíneas de uma forma resumida pensei com os olhos secos, descrever um pouco da grande aventura que vivemos e continuamos a viver desde que decidimos conhecer a região sul, concretamente a província da Welwitcha Mirabills, ou seja, Namibe; partimos de Luanda à Namibe num Sábado, dia 23 de Abril de 2005 e chegamos ao Namibe, domingo dia 24 de Abril de 2005. Foi uma aventura muito perigosa, uma viagem que nos marca (eu e o John) até a data presente, sabendo que reuníamos todos fundos necessários para pegar um voo, mas posemos os nossos corpos nesta aventura; foi muito bom, porque diz-se "quem não arrisca, não petisca", hoje (desde o ano 2005) vivo no Namibe com os meus Kambas "os Nguimbianos", o termo que traz polémica no Namibe, as vezes as damas no Namibe só dizem "vocês também! como falam de Nguimbianos, como se fossem pessoas que não morrem, tipo ferros, ou robots invencíveis", mas a nossa missão é terminar o ensino superior no nível de bacharelato, e estamos a ir no bom caminho.
Ao escrever sobre a nossa viagem, os Nguimbianos e outras nossas aventuras, a minha intenção é de divulgar a experiência que nós vivemos, desde os mais jovens até a camada adulta. Porque não é fácil viver distante da família, estudar numa terra onde não tens família, viver no aluguer e ter de bancar as despesas diárias (a universidade, a casa do aluguer, a alimentação), visto que somos jovens cheio de desejos; a saudade sempre nos assola, as vezes a pessoa pode chegar aponto de desistir de tudo, se não tens alguém (pai, mãe ou um famíliar disponível e com fundos suficientes para bancar as despesas, tornasse tudo muito difícil.
Nunca pensei antes deixar a capital (Luanda) mas fiz-me homem e interessei-me em conhecer outras partes de Angola, assim que terminei o curso pré-universitário e tive a notícia sobre a FAU inaugurada no Namibe, no ano que terminei o PUNIV; os 3 anos no Namibe, aprendemos muitas coisas tanto no ramo doméstico, da vida em si, como no ramo académico (ensino superior, as despesas de casa para quem é aluguer ou Inclino, a faculdade e suas despesas, passamos por muitas fazes difíceis e actualmente já nos sentimos aliviados, porque vivemos no Namibe graças os nossos pais, que nos enviavam algumas quantias em dinheiros, enquanto estudante universitário, na província do Namibe).
Aquele abraço.









A nossa ida: Luanda à Namibe.
Eu, Pedro S.Teca (apelido Peter) junto com o meu Irmão Kitamuka J.David (John), fomos fazer o teste de admissão à faculdade, no dia 28 de Fevereiro de 2005. Nós tivemos nos apercebido dos meios de comunicação social, que o Presidente da República sua Excelência Eng.º José Eduardo dos Santos na província do Namibe, tivera inaugurado um Instituto superior de ciências e tecnologias, ou seja, um Pólo Universitário (dia 11 de Novembro de 2005); dai, começou a nossa ansiedade de obter mais informações acerca deste Instituto superior, porque queríamos tanto entrar e fazer parte duma universidade; fomos ter à Reitoria da Universidade Agostinho Neto (localiza-se no 2º andar do Hotel Presidente, no porto de Luanda), fizemos a inscrição e no dia 28 de Fevereiro de 2005, fizemos o teste de admissão, éramos poucos candidatos, cada curso disponha de 25 vagas, e havia cursos como por exemplo os da Engenharia Mecânica, onde os candidatos todos já preenchiam as vagas; o teste não foi difícil, mas o medo nos assolava bastante, porque já temíamos caso os resultados saíssem Negativos. Aguardamos os resultados do teste de admissão, até o dia 15 de Abril de 2005, além do mais, ia me esquecendo da nossa Kamba que trabalhava na Reitoria da UAN (Universidade Agostinho Neto), eu falo da Tania, uma jovem de cultura muito avançado, bem comportada, e amiga de todos, sabe conservar a ética no seio do trabalho bem como no seu dia à dia, ela é gentil e sempre nos informou sobre os testes, quando sai os resultados, porque nós vivíamos muito distante da reitoria, para não gastar muito dinheiro ao táxi, sabes que o transito em Luanda é muito agitado e nunca se chega no local que pretendes ir à tempo devido os eventuais engarrafamentos, a agitação populacional, e outros factores que tornam a capital cada vez mais barulhenta. Neste dia a Tania, nos telefonou dizendo que os resultados já haviam saído e que ela já tivera visto o nosso resultado, era "APTO", neste dia, eu e o John ficamos muito feliz e contamos à nossa família, aos nossos amigos e parentes; todos estavam alegres, trocamos Kandandos, alguns inclusive pensavam dar uma festa para nós, então, na Segunda-feira fomos à faculdade de Letras, localizado no prenda, fomos ter com a Dr.ª Esperança da Costa (Pró-reitora da UAN), ela nos disse para fazer as malas, e que no dia 25 de Abril, era preciso a nossa presença no Namibe para confirmação das matriculas no Pólo do Namibe; dai, informamos aos nossos pais, eles aceitaram a ideia e contribuíram materialmente e financeiramente a nossa viagem ao Namibe (terra da Welwitcha Mirabills).
Então, fizemos as malas e programamos partir sexta-feira via terrestre, o John dia antes foi ao Rocha Pinto, se inteirar do preço dos transportes, que partem de Luanda à Benguela; acontece que, na sexta-feira que planeamos partir, não foi possível devido a falta de meio de comunicação, quer dizer, eu ainda não tinha telefone, o John tinha mas estava com uma varia e levou a agencia onde tivera comprado para consertarem, porque antes no momento da compra, a agencia lhe deu um prazo de 3 meses caso houvesse avaria no aparelho, para a devida troca; esperamos todo dia, quer dizer, nesta sexta-feira a minha ansiedade aumentou de ir ao Namibe, e o John que não apareceu durante o dia, tudo isto começou a assustar-me, porque logo pensava eu, vamos perder a vaga à faculdade no Namibe;






mas, não tardou, lá por volta das 19h30, o John finalmente aparece, dizendo que não conseguiram consertar o seu telefone, mas podemos viajar amanhã com o telefone da sua namorada, de nome Irene, uma moça muio boa, tratava muito bem o John e já era apresentada em casa, todos gostavam dela, e ela e a Tania ajudaram-nos muito nesta trajectória Luanda ? Namibe.
Todos bem disposto no Sábado, então, os Kambas se prepararam e todos estavam a porta da casa para fazer o "Tchau,"o John alugou um turismo, antes eu tive que suportar os confartos do meu tio Simão Guengo, este é o que se disponibilizou a nos levar ao Rocha Pinto, mas dia antes deu-nos uma quantia monetária para comprar o combustível do seu carro, mas a hora que ele deu-nos o dinheiro, já era muito tarde, e ele queria que marchássemos mas de 15Km da nossa casa ao Induvé (Industria de produção de oléo, quem sai da tecnocarro e vai até o bairro kandua, perto da Empresa Nova Cimangola); eu e meus Irmãos (SIG, Eminem, Beleza), fomos ter com um vizinho que vendia gasolina, e vendeu-nos a um preço um pouco acima da expectativa do Kota Simon (Meu tio Simão Guengo), nisto, o tio ficou fulo, e começou a ralhar-me no dia da viagem, então, mandou-me lavar o carro, eu já estava bem arrumado, o meu Irmão Beleza (Victor Simão Guengo) disse-me: "Peter não liga este Kota, ele gosta apanhar pata."Então, o Beleza começou a limpar o carro, enquanto aguardávamos o tio Simon que estava a tirar um duche; as 8h12 deste dia, o Vlad (Manuel Eduardo), nosso Kamba, veio depressa e me disse, para marchar muito rápido porque o John Já havia conseguido um carro, dai abandonei o carro do Tioti e fui com o Vlad, naquela, despedimos os Kambas, e subi no carro, onde o John e a Irena já se encontravam sentados e um pouco chateados com a minha demora.
O motorista que nos levou de casa ao Rocha, foi um Irmão da nossa Igreja e kamba pessoal do John; pegamos a via da praça dos Kwanza (localiza-se na Petrangol) para o Roque Santeiro (a maior praça de Angola, localiza-se no município do Sambizanga), depois demos para o mercado do São Paulo (Município do Sambizanga), até o Rocha Pinto, na paragem dos táxis que vão para Sumbe (Capital da província do Kwanza sul), Lobito e Benguela. Descemos do carro, despedimos o motorista, a Irene e o Vlad; então subimos num mini autocarro, e este levou-nos até o Kwanza sul, durante a viagem, houve muita conversa entre os passageiros, outros dormiam, alguns cansados da viagem, outros muito falantes, chegamos a Barra do Kwanza, fizemos uma paragem, porque há quem quisesse urinar, comer, fumar, beber e relaxar um pouco sem o movimento do autocarro; depois de uns 15 minutos, o Choffeur (motorista) disse-nos para entrarmos no autocarro, e partimos, vimos o Instituto dos petróleos, o desvio que da para Gabela (município do Kwanza Sul), e finalmente chegamos ao Kwanza Sul; começou a aventura perigosa, quase a marchar para Benguela, o Choffeur (Motorista) informa que não será possível devido o problema de mudança do autocarro, so marchava com a 4ª mudança e era muito perigoso, porque a cidade do Sumbe, tem a forma de um buraco ou vala e para chegar ao Lobito (Benguela), é preciso caminhar uma montanha com forma de um plano inclinado, e este autocarro não estava em condições de fazer ou ultrapassar este obstáculo; razão pela qual, o motorista convidou todos a pegar outro carro.








Então, quando era 15h00 e qualquer coisa, ainda na cidade do Sumbe, o motorista do autocarro conversa com 3 outros motoristas de Hyace, repartiu o dinheiro com ele, porque a viagem Luanda à Benguela na altura custava 3500Kz, então, já que não atingimos a meta, ele cobrou 2000Kz para cada passageiro, e os 1500Kz deu aos motoristas de Hyace (pagando o mesmo valor para cada passageiro); depois de tudo estar esclarecido, subimos nos Hyaces e partimos para Lobito, o destino era chegar no parque de Benguela (parque onde pode-se apanhar Carros que vão à Huíla; e também os que descem à Luanda), mas posto no Lobito, antes da Ponte que separa a cidade de Lobito à cidade de Benguela, os moços do autocarro mudaram de ideia, era mais ou menos 19h00 e poucos minutos, dizendo que não vão poder chegar à Benguela, e que o combinado com o moço do autocarro, era de levar-nos até esta ponte; meu Deus! Já estava muito escura a cidade de Lobito, não conhecíamos ninguém e era a primeira vez, deixar a nossa Luanda e partir nesta aventura à cidade de Moçamedes (antigo nome que se usava para designar a cidade do Namibe), todos aflitos, desesperados sem saber o que fazer, eu olhava para o John, ele também desesperado, não sabia o que responder-me; então, todos fora do Hyace, aguardávamos que Deus pudesse fazer o nosso pedido, pelo menos mandar dos céus um Hyace que pudesse nos levar até Benguela, não tardou, depois de uns 15minutos aparece um autocarro Inter provincial ou coisa parecida, levou-nos até o parque de Benguela, dentro do autocarro o ambiente era aquele, alguns calados, outros amamentando seus filhos, outros com sono, alguns ressentidos com o ocorrido, e inclusive, havia dois agentes da policia de Benguela completamente embriagados (estes agentes da policia, estavam a civil), mas barulhentos, incomodavam todo mundo com as suas parvoíces (passe o termo), então acontece que durante a viagem, alguns passageiros chegavam as suas paragens e pagaram o custo da viagem, se não me engano, a viagem custava 500Kz ou menos, mas acontece que estes agentes da policia depois do cobrador ter avisado para prepararmos o dinheiro da viagem feita, os agentes começaram a reivindicar contra o cobrador, complicavam-lhe, começaram a trocar palavras, todos atento nas palhaçadas dos agentes, o motorista finalmente decide regressar até onde saímos, dizendo que já não vai chegar ao parque, caso os homens não darem o dinheiro do custo da viagem por completo. Impossível! Estes homens (os agentes) eram duro de bocas, nem mesmo com os ameaços do motorista foi possível convence-los, desceram indo até a sua devida esquadra policial; dai, o ambiente já sadio, todos calmos, caminhamos até o parque, vimos antes a cidade linda de Benguela à noite é de facto, espectacular, muito bonita, vimos o carrossel de Benguela, gentes boas a curtir a noite de Sábado, jovens alegres sempre a aproveitar a noite: finalmente chegamos ao famoso parque que nos vai dar acesso ao Lubango (Huíla), chegamos neste parque as 22h30minutos, dizer que, neste parque o ambiente Benguelense é fascinante, agradável, há moças que montaram barracas para preparar o bom pirão (funge) aos passageiros, e outros pratos típicos de Angola, poga, é muito fixe.










Pois, táxi para Huíla havia em abundância mas só parte caso estiver totalmente lotado (caso tiver todos passageiros), mas a questão naquele momento já não era muito preocupante; havia pequenas complicações entre o motorista do carro que vai a Huíla com os seus devidos passageiros, o motorista dizia que as pessoas que dispoam de bagagens, deviam pagar excesso de carga, então, isso originou barrulho e tudo se normalizou quando entre nós (passageiros), adoptamos o sistema de ajuda mutua, quer dizer, havia uma senhora que só disponha de 3500Kz para o transporte que dá para Lubango, e ela tinha muita carga (a senhora era negociante, e carregava a sua mercadoria à Lubango), então eu e o John e outros passageiros pegamos uma quantia, acho que é 1000Kz ou 1500Kz, demos ao motorista; a senhora ficou super agradecida connosco, e tudo já estava normalizado. A outra luta que restava, era aguardar outros passageiros, outra aventura, foi de uma velha que tinha uma bagagem e subiu ao outro carro que ia a Lubango, e no momento que o Cobrador fazia a colheita do dinheiro, apercebe-se que a velha não tinha nem sequer um tostão, começou a confusão, o cobrador fez de tudo para tira-la do seu carro, a velha começou a chorar em língua, dizia "Mwana Yangue, por favor", pedia todos favores do mundo, o cobrador também bem duro, espírito Nazi (muito mau, sem piedade), acabou por ceder a viagem da velha graças os linguanjares dos passageiros; então, a velha viajou de carrinha e a malta ainda permanecemos ai até as 3h00 da madrugada, porque para além daquela luta de lotar o Hyace, a outra luta era de aturar o motorista super fatigado (muito cansado), e então, o motorista descansou das 23h00 até as 3h00. Nesta altura, partimos da viagem passando de matos à matos de Benguela, muito rica em florestas, caminhos esburacados, cheio de obstáculos, muito perigos, vimos locais de muito destruídos (vias destruídas, casas destruídas, muitas aldeias), o que nos encantou foi o Município de Benguela de nome Chongoroi, chegamos ao Chongoroi as 12h00; tem uma aldeia muito rica, praça muito bonita, gentes boas, lá podemos descansar devido as fadigas da viagem, tomamos umas gasosas, outros fumavam, outros comiam (trouxeram comidas preparadas de casa), e o motorista aproveitou fazer manutenção do carro, aproveitando a recauchutagem do município (Chongoroi), depois de uma hora, partimos a viagem a Huíla.
O Município do Chongoroi é muito grande, cheio de matas, aldeias, mas não tardou, chegamos as localidades da Huíla por volta das 15h00; outra coisa, meus irmãos, Huíla é muito grande e tivemos durante a nossa viagem, obstáculos maiores que no Chongoroi, quer dizer, Chongoroi é perigoso em termos de caminhos esburacados, mas digo que tivemos obstáculos maiores nos municípios da Huila, devido o seguinte: quando era por vota das 20h00, chegamos numa localidade da Huíla, onde o carro disse adeus, quebrou o diferencial, numa área onde não conhecemos ninguém e faltava tantos quilómetros para chegar a cidade do Lubango, o motorista disse que já não vai poder continuar a viagem, dai posemos as mãos na cabeça, tivemos que pagar a metade da viagem; novamente postos na rua e com os olhos fixos no caminho onde partimos, porque na aldeia onde estivemos os transportes ficam um pouco difícil (já era por volta das 20h0 e dávamos para as 21h00).










O Deus vivo que se chama Jeóvá, não dorme!
E fez o nosso pedido, apareceu uns caminhões de carga pertencente a uma empresa de Lubango, o motorista do Hyace pediu 1000 favores, e o resto do dinheiro (acho que o motorista deu aos homens dos caminhões 1500Kz/ cada passageiro, eram 3 caminhões), começou a desgraça, havia uns jovens Irmãos que viajavam connosco e deixa contar sobre este rapaz: este rapaz tinha na altura 18 anos e estudava em Luanda, o seu pai é oficial da policial em Luanda e incumbiu-lhe a missão de levar o seu irmão menor ao Lubango, porque os seus pais vivem em Lubango; então devido os obstáculos por nós vividos durante a viagem, o dinheiro que eles levaram (o dinheiro que eles prepararam para viagem, transporte e alimentação) acabou!
Começou a desgraça, tivemos que fazer-lhes alguns empréstimos, porque na altura eu e o John estávamos Massudos (cheio de dinheiro), e partimos com os homens dos caminhões, não vais acreditar como viajamos com estes homens, em cima da carga que eles levavam ( na carçoria do caminhão super lotado, inseguros), onde estivemos não imaginava antes estar, e com o frio que fazia ( já próximo da cidade do Cristo rei, víamos a cidade de Lubango distante de nós, cheio de Luz, algumas pessoas quase caiam de cima da carçoria do caminhão), tivemos que abraçar-nos uns aos outros, eu detestei esta viagem, outros ainda conversavam, outros dormiam, mas a certeza e ansiedade de chegar a Lubango, motivou-nos e foi o suficiente para ultrapassar qualquer obstáculo; a viagem parecia muito longa, mas não tardou, para além do terrível clima que nos asssolava, vimos de perto a cidade de Cristo reis (Lubango), por volta da 2300,quase meia noite descemos ao parque de Lubango (este parque localiza-se no bairro João de Ameida), onde hospital mente fomos acolhidos pelos trabalhadores deste parque, deram-nos Luandos (esteiras para dormir, pegamos os nossos cobertores e dormimos), mas deixa contar-vos a outra parte do Joãozinho, o rapaz que levava o irmão de Luanda à Lubango; neste dia, o pai do Joãozinho e a mãe já haviam dado 1000 voltas ao parque, ansiosos de ver os seus cassulas, mas perderam a esperança porque quase as 23h00, já não contavam ver os filhos, pensaram que aconteceu qualquer coisa durante a viagem; então ao chegar-mos ao parque, o John empresta o seu telemóvel ao Joãozinho, este então, liga ao seu pai dizendo que já chegou ao parque do João de Almeida e que a viagem correu bem; o pai ansioso, veio com a mão do Joãozinho e pumbas? começou o ponto de reencontro, abraços, beijos, mataram saudades e por fim, o rapaz apresentou-nos aos seus pais, e também explicou sobre a viagem e do dinheiro que lhe demos; então, o pai mandou a mãe do Joãozinho à casa e estava foi; depois de alguns minutos trouxe o nossso dinheiro, a família do Joãozinho convidou-nos a passar a noite na sua casa, mas agradecemos o gesto bondoso e carinhoso, dizendo que já havíamos combinado com um irmão que vive em Lubango e este irmão (Herdai) ia nos pegar dia seguinte. Despedimo-nos e a família do Joazinho partiu, felizes como estavam era de invejar, pais e filhos de mãos dadas, foi lindo, nunca esquecemos deste dia.










Dormimos ao parque do bairro João de Almeida; dia seguinte, todos passageiros (viajantes) bem dispostos foram aos seus rumos, despedimo-nos todos, mas antes tivemos que pagar a estada ao parque, pagamos o moço de nome Sibem Simão (este de cabelos pintados a amarelo, vestido a Rapper, era o dono dos luandos e cobrava 50Kz para cada luando), outra coisa, foi a senhora que em Benguela tinha excesso de carga e nós a ajudamos, esta se ofereceu gentilmente a levar-nos a sua casa para o mata-bicho, banho e passar uns bocados em casa dela; mas nós novamente agradecemos o gesto e dissemos que estávamos a aguardar o nosso Irmão (Herdai), então a senhora foi agradecendo o nosso gesto, e o John dai quando eram 7h00 liga para o Herdai e este atende dizendo que já nos apanhava em 10minutos. Não tardou depois de uns 30 minutos o Herdai chegou, abraçamo-nos e fomos com ele até a sua residência.
Pegamos um táxi do parque até a maternidade central de Lubango, porque o Herdai vivia por detrás da Maternidade, chegamos em casa muito sujos, cheio de poeira, encontramos as crianças brincando, cumprimentamos todos, abraçamo-nos com a Antónica (minha amiga de Infância em Luanda, vivia connosco, e já estava 2 anos em Lubango, porque estava no I .N.E). O Herdai depois de fazer-mos a descarga das bagagens em casa, convida-nos à passear um ouço a cidade de Lubango, fomos com ele até o Arco-íris comprar pão, leite (marca Omavele, leite produzido pelas fazendas da Humpata (município da Huíla), estávamos muito sujo, bem me lembro tipo porcos, mas de volta à casa, tiramos um duche e depois de mudar de roupa; matabichamos, conversamos da banda em Luanda, da vida em Lubango, quer dizer, falamos de tudo um pouco, já era quase 12h00, despedimos à todos na casa do Kota Niusse (Daniel, irmão mais velho do Herdai, dono da casa e na altura se encontrava no Huambo, ele é camionista); desgraça minha, depois do leite com pão do Lubango, pedi água para beber, isto vias saber o que me causou; posto no táxi que da para o Chioco (praça de Lubango), estava eu, Herdai e John, eles estavam fixe, conversavam, riam, mas algo me aconteceu, começou as fortes dores de barrigas (não estava acostumada com a água de Lubango), dai descemos a paragem do Chioco, já na praça expliquei ao Herdai, e este levou-me até os balneários públicos, pagou a taxa para uso do balneário e entrei, fiz uma diarreia nunca antes vista, borrei a casa de banho), depois disto tomei 2 comprimidos de Batrim Forte, e o fui com Herdai andando um pouco a praça do Chioco, ele apresentou-me alguns putos e Kotas da banda que fazem negocio no Chioco, e contou o que me aconteceu ao seu primo Jada, estes acharam engraçado o que me aconteceu, dizendo que era comum acontecer, porque eu era novo.
O John na hora estava na paragem e ligou ao Nkolovata (o moço que ia nos hospedar em sua casa no Namibe, este é um amigo nosso, irmão da igreja e amigo íntimo do John, partiu no Namibe devido a Empresa que o levou, antes trabalhava no Uíge e foi transferido no Namibe, vivia com um colega de nome Teixeira num apartamento no prédio da OMA, no 1º andar, este apartamento foi alugado pela sua empresa, servia de lar e escritório dos trabalhadores, eu falo da Empresa de fiscalização de obra CITIC, no ramo de construção cívil); Nkolovata disse que não havia problema nenhum, caso chegarmos ao Namibe é só uma questão de ligar para ele.
Despedimos o Herdai, este deu-nos o dinheiro da passagem ao Namibe (a passagem ou bilhete custava 500Kz), partimos rumo ao Namibe quando eram 14h00 e poucos minutos, isto foi no Domingo.






Caminhada de Lubango à Namibe.
Durante a nossa caminhada rumo ao Namibe, vimos o largo da Nossa Senhora do monte em Lubango, a famosa estatua do Cristo Rei, tudo era como se estivéssemos no estrangeiro, uma cidade muito bonita, cheio de atractivos e paisagens que tornam Lubango como o centro turístico de Angola; assim que começamos a nossa subida a famosa Serra da Leba, um obstáculo aconteceu?
São os policias que novamente cumprindo com a ordem nacional, mandaram parar o Hyace, depois da saudação e apresentação da documentação completa do motorista e do carro, outra complicação, não podem continuar a viagem, porque o motorista à dias atrás tivera infrangido a lei, enquanto os policias mandaram-lhe parar, ele não tinha obedecido e dai, o transito tivera tirado ou seja, registou a matricula do carro; andaram a caça dele e lhe apanharam naquele dia (já no dia da nossa viagem). Complicação grande, passamos mais de uma hora discutindo e pedindo milhares de favores aos trânsitos, mesmo assim naão adiantou, os trânsitos diziam: Motorista! Saia do volante, dê ao outro policial para conduzir-vos de volta ao Lubango (na paragem da praça do Chioco), maca grande, eu olhava para o John, suplicávamos à Deus perguntando porque que tais factos aconteciam connoscos, nós somos filhos alheios e inocentes, faça qualquer coisa Deus!
Depois de alguns minutos mais, já quase se passou uma hora e tal minutos, aparece um outro motorista que ia ao Namibe, este abranda o carro e vem em nosso socorro, conversou com os trânsitos e conseguiu convence-los (este motorista era primo do Transito Chefe daquela missão, passoou umas gasosas e so assim conseguimos resolver a situação). Pois, tudo esta resolvido e agora vamos a terra da Welwitcha (Namibe), começou as tonturas para alguns quando começou a subida e descida da Serra da Leba, passamos o posto de controle (Operação STOP), o motorista pagou a taxa de circulação, porque diz-se assim: quem sai do Namibe, indo a Lubango jamais paga no contole STOP; já quem sai de Lubango a Namibe, paga a taxa de saída.
A Serra da Leba é muito encantadora, cheio de curvas perigosas para alguns, para outros é um cenário fixe, tem mais de 24 curvas e é muito longa; passamos a Leba grande, marchamos mais alguns kilometros e finalmente chegamos a Leba pequena (composta por ai com 4 Curvas), e começou o turismo estrada à estrada; passamos as mangueiras (zona turística, cheio de árvores), passamos o Giraúl de cima e de baixo (separados por um riacho, de nome rio giraúl), vimos os desvios do município da Bibala (Namibe), Caraculo, Virei, Sacomar, todos estes nomes que cito, já falo da província do Namibe. E finalmente depois de 280Km ou mais, chegamos a placa, perto da ponte do sacomar (bairro) que diz: Benvindo à Cidade do Namibe.
Andamos todos bairros porque o táxi no Namibe, é feito porta à porta, quer dizer, o passageiro é deixado a sua devida residência), conhecemos os bairros Forte Santa Rita (actualmente com estatuto de Comuna), o Sacomar, Eucaliptos, e acabamos por fazer uma paragem final no bairro do Mandumén, onde descemos sem saber por onde prosseguir, não conhecíamos a cidade do Namibe; dai, o John liga ao Nkolovata anunciando que já chegamos ao Namibe, então, o Nkolovata disse ao John que passasse o telefone ao motorista.


Então, o Nkolovata explicou por telefone ao motorista o nosso destino e este entendeu e disse-nos para entrarmos ao carro; fomos, passeando na cidade mais calma do mundo, pouca gente nas ruas, já era por volta das 17h00, cidade do frio, todos agasalhados e pumbas: chegamos ao famoso prédio da OMA, onde morava o Nkolovata. Enquanto John e eu faziamos compasso de espera, do outro lado do deserto vinha um jovem cheio de energia, agasalhado conforme a estação (o clima tão frio que fazia vindo do deserto de moçamedes), veio ao nosso encontro e logo começou a festa de Kandandos, só faltava uma maquina fotográfica, para gravar este momento inesquecível que mal começou, já parecia ser muito doce.
Então, o Nkolovata dirigiu-nos até o seu apartamento neste mesmo prédio (prédio da OMA), dai deposita a nossa bagagem no seu quarto; começamos a conversa que mata as saudades de Luanda, e também bebemos do Nkolovata sobre a cidade do Namibe, falamos do Pólo Universitário do Namibe (A nossa famosa Instituição superior de ciências e tecnologias), e também falamos do dia à dia dos jovens no Namibe.
"Malta! Vamos andar um pouco a busca do jantar, nos arredores de Moçamedes", disse o Nkolovata. Sem mais demora, levantamos já agasalhados devido o terrível frio que provoca a doença da Tuberculose, e fomos junto com o Nkolovata passeando na cidade de Moçamedes (cidade calma, gentes em movimentos a noite, todos a busca do pão nas padarias, outros agasalhados movem a marginal para fazer uma leitura, outros revisam no deserto, razão pela qual a cidade parecia sem gente, todo mundo para além do frio, estava ocupado nos seus afazeres), pegamos uns Breads (pães) e fomos de volta a nossa nova casa, jantamos e dai, marchamos a routina de conhecer as amizades do Joss (Nkolovata) no prédio 21 (bairro 21 da cidade do Namibe), falo de um grupo de Caluandas, que denominavam-se de "ANANDÉ" termo do dialecto Kikongo que traduzindo, diz: Se atuar?, isto usavasse sempre que um dos jovens do grupo arranjasse uma namorada e é sabido que o namoro de jovens o objectivo principal é o sexo, então, como susto de não te assanhares muito e não fazeres sexo envão, eles usavam estes termo, o mesmo que dizer, faça sexo quantas vezes quiser, mas se engravidaderes, ai vais cossar a cabeça. Este grupo (ANANDÉ) composto por cinco (5) elementos (Jeitoso, Cadjemoi, Amorix, Mr.P e Simba), foram os nossos primeiros amigos no Namibe, apartir destes conhecemos outros pessoais; conhecemos no prédio 21 a Lindjinha (irmã mais velha do Cadjemoi, casada com César, tio do Amorix e Jeitoso), a Palmira (uma das amizades do Joss e irmã da igreja, o Tilo (ex.motorista da CITIC), e outros caras alguns bons e outros aborrecentes; ia me esquecendo do meu grande Kamba, MAN GUEX (caluanda, que chegou ao Namibe em Dezembro de 2004, e acabamos por formar nossa bolada, andávamos junto no NMS, praticamente foi o meu companheiro de routinas no NMS), com o MAN GUEX formei a nova bolada, depois de conhecer mais ou menos os 4 cantos da City do Nms, falo do MOALOY, SHOW EDY, LARANGINHA, MANGONGA, vivíamos juntos no mesmo bairro da FACADAS, próximo do bairro dos ESPIRITOS SANTOS; isto foi depois de passar 1 mês e algumas semanas, fomos viver eu, Joss e John na casa do Tilo, e lá conhecemos o MANGONGA (inclino do Tilo), na FACADA começou verdadeiramente a nossa historia no Namibe; acabei por me avistar com Show EDy, Moaloi, e Guex (meus Kambas desde a Nguimbi), routinavamos juntos e com Laranginha (mulato, nascido no NMS, meu amigo que por conseguinte fazia os baixos numa minha vizinha de nome Ana, afim de ela ser minha namorada; Ana era uma moça muito bonita, de 18 anos de idade mas não quis ser minha namorada, mas o meu coração sempre espera que um dia ela seja minha; actualmente vive no Lubango), passamos 3 meses na Facada e já começamos as aulas na FAU (faculdade), mudamos de bairro (fomos para a rua da Maternidade, muito distante da Facada), na Fau conhecemos outros caluandas (o David, o Anisio, a Irina, o Zola, a Deolinda, a Antónia, o Nasta, o Machado, o White Star ou Micado, o Luanzambi ou Gui, a Lisboa, o Santos, o Sivi, o Emanuel, o Deojenor, o Move, o Graças, o Matoso ou Mó Face, o Dumoca ou Gabones, o Toms ou Tomás, o Lucas Sassa, a Janet, a Lusilda ou Lú), com estes moços e moças universitários bolseiros, provenientes de Luanda formamos o GRUPO NGUIMBIANOS NAS RUAS DO NAMIBE; desde 2005 que nos conhecemos e todos aprovaram para o 2º ano, embora que houve alguns reprovados; já no ano 2006 apareceu outros jovens caluandas com o propósito de estudar na nossa FAU, lhes conhecemos e foram baptizados tanto ao entrar na FAU bem como no grupo dos NGUIMBIANOS, eu falo do Abreu, Efraím, Finda, Salvador, Edvaldo, Gildo, Adélia, Gina, Mingo (Dumux ou Biboy), a Ivone, o Mota, o Gil, a Olga, o Félix Donge e outros que não mencionei por esquecimento. Esqueci falar do meu grande Bró, acho que ele ia se chatear comigo se eu não relatasse sobre ele nesta obra, falo do Anacleto Alberto ou seja, Mó Body; Mó Body veio ao Namibe em Setembro de 2005, depois de estarmos a 5 ou 6 meses no Namibe, trabalhar como instrutor de condução, tão jovem e cheio de energia, foi levado pelo Man Guex até a residência mãe dos Nguimbianos (a nossa casa eu, John e Joss), eu estava a cozinhar e o Guelor chega com um Jovem forte (começou os abraços, porque eu e o Body conhecemos-nos em Luanda e vivíamos na mesma rua desde a Infância), e depois de alguns dias passamos a viver com o Mó Body (antes muito raivoso com espíritos de intimidar os Namibenses, ameançava, apanhava patas aos outros e co este Wi, o Grupo Nguimbianos ainda mais alargou-se, motivou-se nas actividades juvenis, e surgiu os apelidos através dos termos "és Sujo, Empoeirado, Magala, e outros, actualmente um pouco calmo). Outro semi-grupo que nasceu dentro da bolada NGUIMBIANOS, era composta 5 ou 6 elementos (Gildo, Busta, Dadinho, Webber, Peter, Mó Body), mas poucas vezes o Busta participava nos convívios, este semi-bolão dentro da bolada Nguimbiano, denominou-se "Os 5 mais", era uma bolada de Nguimbianos que bebem, falo do alcohol, como se diz, era composta por gajos que enchem a cara, tchilam, vão a discoteca, caiem sempre na noite, estes 5 não temiam nada e a vida para eles baseavasse em curtir mais nada, so curtir, esboçavam muito dinheiro no consumo da N´Gola, onde estes 5 estivessem deixavam história e a gente que os viam, ficavam muito contentes; eles se encontravam à noite de todos os dias (devidos as actividades escolares) mas sempre que caísse a noite, o regresso a casa só era possível das 2horas da madrugada. Como diziam em coro: Oh, birra acaba, ou nós morrémos; outro termo era, Eu bebo, gosto encher a cara, não sou maluco mas 4 maluco; Namibe não é bom, é óptimo.
Actualmente (neste ano 2007) o grupo Nguimbianos reduziu-se em termos de números de membros, já não se realiza actividades recreativas (Praia, PICNIC, Sentadas, Conversas sobre a FAU, bodas, partidas de footbol) devido algumas trocas de palavras entre os membros, mas todos continuam no Namibe, alguns conseguiram emprego, outros continuam na luta do emprego, digo que, a maioria já trabalha (acho que vão constituir a sua família aqui no Namibe); só partem á Nguimbi (Luanda) no momento das férias, como dissemos aqui quando alguém não quer falar com você: O Dredz aplicou ESTALO, ou está de MBAYA, então ele se cagou, porque também apliquei o ESTALO nº5.
Actualmente eu (Pedro S.Teca, de apelido Alta Wi SHOW P ou PETER), estou a trabalhar no registo eleitoral e a fazer o 3º ano do curso de Engenharia Mecânica, quase a terminar o Bacharelato.
Obrigado por terem me escutado, assim sinto-me orgulhoso por ter falado dos meus Kambas, a nossa aventura ao Namibe e outros factos, chegamos ao Namibe no dia 25 de Abril de 2005. Obrigado.
Auto biografia do autor:

Pedro S.Teca, filho de Pedro Teca (Técnico médio e ex.funcionario do INIDE e de Salu Luísa (de profissão doméstica), nasceu no bairro Petrangol (comuna do Hoje Ya Henda, município do Cazenga, província de Luanda), no dia 09 de Outubro de 1985; nasceu na Petrangol numa família de 3 irmãos: Cecilia T.Suca (irmã mais velha, e os gémeos de nome Adão P.Teca (irmão menor) e Eva M.Teca (irmão menor ou cassula). Começou os seus estudos (ensino académico) com 6 anos de idade no ano 1991, onde de 1991 à 1996 fez os seus estudos primário na escola privada de nome A.C.M (Associação cristã da mocidade), dai teve que ser encaminhado numa escola estatal enquanto fazia a 4ª classe; foi transferido na escola estatal nº422 no bairro N´gola Kiluange, terminou a sua 4ªclasse com sucesso no ano 1997. Para além de estudar na A.C.M, também frequentou a escola de explicação de nome Escola Yame ou vulgarmente chamado Tio Paixão, fez lá a pré-classe e 1ªclasse, no ano de 1991 á 1992.
Da 5ªclasse à 8ªclasse fez na escola estatal nº 428 no bairro dos ossos, também pertencente a comuna do N´gola Kiluange (município do Sambizanga), isto foi nos anos 1998 à 2001. Depois de ter terminado o ensino de base desde os anos 1991 à 2001, pois, teve que enfrentar uma nova batalha, conseguir um instituto médio para obtenção de uma profissão, felizmente acabou por entrar no Puniv (pré-universitário) no município do Cazenga, entrou no Puniv desde 2002 e terminei em 2004, terminou os seus 3 anos com êxitos. Dai, surge a necessidade de ter uma formação superior ou universitária, na qual o destino fez o seu sonho ou pedido se tornar real, deslocou à Moçamedes (Namibe) no ano 2005 para fazer o curso de engenharia Mecânica, no Instituto superior de ciências e tecnologia do Namibe (I.S.C.T.N) ou seja, Pólo universitário do Namibe, terminou o 1ºano do ensino superior em 2005 (onde vivia independentemente, numa casa de aluguer na cidade do Namibe, com 4 Jovens da sua faixa etária, todos provenientes de Luanda, todos eram estudantes universitários e dependiam dos seus pais que mensalmente enviavam um dinheiro para o sustento, despesas da universidade, a casa de aluguer, e dia á dia); 2006 fez o 2ºano do curso de engenharia mecânica. No ano seguinte (2007) teve a formação durante 2 meses de formação de Brigadistas do registo eleitoral no Namibe; depois de terminar o curso de Brigadistas, foi colocado a trabalhar no município do Camucuio (província do Namibe). Para além da formação académica também teve formação profissional: Nos anos 2000 à 2004 fez o curso básico de Inglês na escola de explicação "Hope English School" no bairro Mulemba (pertencente a comuna do Kikolo); no ano 2003 enquanto fazia o 2ºano do Puniv, fez também o curso profissional de electricidade de construção civil ou seja, electricidade de baixa tensão.
O autor Pedro S.teca, teve uma formação superior feita com sacrifício, desde 2005 que vive no Namibe, já quase a concluir o seu 2ºano do ensino superior, no curso superior de engenharia mecânica, quando por sua vez morre o seu pai no dia 29 de Junho de 2006 (Pedro Teca, funcionário do INIDE e professor de carreira), este que o apoiava enquanto estudante distante da família (na província do Namibe) dai começa uma vida de sacrifício;






mas para não interromper o ano lectivo, foi apoiado pelo seu tio Carlos Ambrósio até terminar o 2ºano de engenharia mecânica, no ano 2006; mas em 2007 decide ser independente, onde parte ao Namibe, depois de passar alguns meses com a família em Luanda; dizer que o autor, teve que se tornar responsável dos seus irmão depois da morte do seu pai em 2006, visto que a mãe é domestica e não reunia condições suficientes para o sustento dos 4 filhos, que na altura (2006) já frequentavam institutos médios e superiores (Cecília T.Suca, finalista do PUNIV/Cazenga; Adão P.Teca e Eva M.Teca). Em 2007, já de volta ao Namibe frequenta o curso de formação de brigadistas do registo eleitoral durante aproximadamente 2 meses, onde após o término do curso é colocado no município do kamukuio, na mesma província. Trabalhou desde Março até 15 de Setembro do mesmo ano.
Após o processo de registo eleitoral, o autor regressa a faculdade dando continuidade aos seus estudos superior no curso de engenharia mecânica.
Agradecimentos a todos
Kitamuka João David.


Jesus Cristo, nosso senhor e salvador.