Nem tudo que parece é!
Por Anissis Moura Ramos | 16/02/2018 | PsicologiaÉ interessante observar o quanto hoje estamos presos a rótulos, para tudo se tem um nome a dar, principalmente, quando o tema em pauta está vinculado ao comportamento humano. Percebe-se que as pessoas não se contentam em colocar rótulos de doenças em si, precisam também rotular as outras pessoas.
Hoje ninguém mais pode sentir tristeza sem associar a depressão, quando na realidade a tristeza é um sentimento que faz parte da vida de qualquer pessoa. Em algumas situações do ciclo vital, como por exemplo, na perda do emprego; em processo de separação; em um caso de doença grave ou morte de um familiar é normal que a pessoa fique triste, chateada e isso não significa que esteja deprimida. Ela precisa viver essa tristeza a fim de elaborar o luto, na psicologia costumamos tratar as perdas como luto.
Nos quadros de depressão a tristeza também se fará presente, mas ela terá que estar associado a outros três ou quatro sintomas para, então, poder ser feito o diagnóstico de depressão. Feito o diagnóstico e se for necessário a pessoa será medicada, existem casos que apenas a psicoterapia é o suficiente.
O mesmo acontece quando a criança é um pouco mais agitada, logo dizem que ela é hiperativa. A espontaneidade, a alegria, a vivacidade da criança tem que ser inibida pela ritalina, assim ela não incomoda.
As alterações de humor no decorrer do dia, que antes era normal, agora recebe o título de bipolaridade. Qualquer medo que a pessoa mencione ter, já se trata de fobia e se por um acaso o batimento cardíaco asselar um pouco, claro que se trata de uma crise de pânico.
Isso está muito relacionado as informações que as pessoas leem na internet, só que existem critérios para se fazer diagnóstico.
Por trás de um sintoma manifesto existe uma causa e precisa ser tratada. Nem sempre é necessário o uso de medicação, a psicoterapia poderá ajudar a pessoa refletir sobre o que está motivando a manifestação daquele sintoma.
O maior problema que temos hoje é a dificuldade que o ser humano tem de refletir, de abstrair. Percebe-se que o paciente quer uma resposta pronta, uma fórmula mágica que irá amenizar o seu sofrimento, demonstrando não querer ter nenhum tipo de envolvimento mais profundo consigo mesmo. Essa falta de contato consigo, a dificuldade de sair do pensamento concreto para o pensamento abstrato, a necessidade de encontrar respostas rápidas é que contribuem para que cada vez mais as pessoas utilizem remédios. Estes inibem o sintoma e faz com que o desconforto desapareça e a pessoa tenha a sensação de estar curada, só que no momento que param com a medicação, volta tudo à estaca zero e às vezes de forma muito intensa.
O importante é que as pessoas antes de se rotularem ou rotularem terceiros parem e pensem, porque nem tudo que parece ser é, se tiver dúvida busque a ajuda de um profissional para orientá-lo. Desconfortos causados no dia-a-dia nem sempre terão um nome específico, mas precisam ser pensados e entendidos.
É interessante observar o quanto hoje estamos presos a rótulos, para tudo se tem um nome a dar, principalmente, quando o tema em pauta está vinculado ao comportamento humano. Percebe-se que as pessoas não se contentam em colocar rótulos de doenças em si, precisam também rotular as outras pessoas.
Hoje ninguém mais pode sentir tristeza sem associar a depressão, quando na realidade a tristeza é um sentimento que faz parte da vida de qualquer pessoa. Em algumas situações do ciclo vital, como por exemplo, na perda do emprego; em processo de separação; em um caso de doença grave ou morte de um familiar é normal que a pessoa fique triste, chateada e isso não significa que esteja deprimida. Ela precisa viver essa tristeza a fim de elaborar o luto, na psicologia costumamos tratar as perdas como luto.
Nos quadros de depressão a tristeza também se fará presente, mas ela terá que estar associado a outros três ou quatro sintomas para, então, poder ser feito o diagnóstico de depressão. Feito o diagnóstico e se for necessário a pessoa será medicada, existem casos que apenas a psicoterapia é o suficiente.
O mesmo acontece quando a criança é um pouco mais agitada, logo dizem que ela é hiperativa. A espontaneidade, a alegria, a vivacidade da criança tem que ser inibida pela ritalina, assim ela não incomoda.
As alterações de humor no decorrer do dia, que antes era normal, agora recebe o título de bipolaridade. Qualquer medo que a pessoa mencione ter, já se trata de fobia e se por um acaso o batimento cardíaco asselar um pouco, claro que se trata de uma crise de pânico.
Isso está muito relacionado as informações que as pessoas leem na internet, só que existem critérios para se fazer diagnóstico.
Por trás de um sintoma manifesto existe uma causa e precisa ser tratada. Nem sempre é necessário o uso de medicação, a psicoterapia poderá ajudar a pessoa refletir sobre o que está motivando a manifestação daquele sintoma.
O maior problema que temos hoje é a dificuldade que o ser humano tem de refletir, de abstrair. Percebe-se que o paciente quer uma resposta pronta, uma fórmula mágica que irá amenizar o seu sofrimento, demonstrando não querer ter nenhum tipo de envolvimento mais profundo consigo mesmo. Essa falta de contato consigo, a dificuldade de sair do pensamento concreto para o pensamento abstrato, a necessidade de encontrar respostas rápidas é que contribuem para que cada vez mais as pessoas utilizem remédios. Estes inibem o sintoma e faz com que o desconforto desapareça e a pessoa tenha a sensação de estar curada, só que no momento que param com a medicação, volta tudo à estaca zero e às vezes de forma muito intensa.
O importante é que as pessoas antes de se rotularem ou rotularem terceiros parem e pensem, porque nem tudo que parece ser é, se tiver dúvida busque a ajuda de um profissional para orientá-lo. Desconfortos causados no dia-a-dia nem sempre terão um nome específico, mas precisam ser pensados e entendidos.