Negócios Eletrônicos no Brasil
Por Adriano Almeida Regis da Silva | 16/10/2009 | Tecnologia
Segundo o site TI Inside, especializado em assuntos relacionados à tecnologia da informação, um estudo da consultoria comScore afirma que o Brasil é o segundo país do mundo em número de acessos a redes sociais e, de acordo com estudo da Pyramid Research, o mercado de smartphones saltará 600% na América Latina até 2014, liderado pelas vendas realizadas em território brasileiro.
Em complemento à informação supracitada e conforme pesquisa realizada pela consultoria e-Bit, o mercado com maior destaque em 2009 foi o e-commerce, com um faturamento na ordem de R$ 4,8 bilhões no primeiro semestre de 2009 - o que significa um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.
Tais informações indicam um movimento sem volta em direção à virtualização do comércio e dos relacionamentos sociais, apoiados em uma convergência digital nunca antes percebida.
Não há como negar que este novo modo de relacionamento entre as pessoas e, principalmente, de realização de negócios de maneira eletrônica é a grande tendência a ser incorporada nos hábitos das pessoas e das organizações para garantia da sobrevivência das mesmas já no mundo atual e no futuro.
Dentre os diversos modelos de negócios eletrônicos existentes, a quase totalidade é aplicada em território nacional, quais sejam:
- B2B (Business to Business) – empresas realizando transações entre si;
- B2C (Business to Consumer) – empresas negociando com consumidores;
- C2C (Consumer to Consumer) – negócios entre consumidores;
- C2B (Consumer to Business) – consumidores negociando com empresas;
- B2G (Business to Governement) – empresas negociando com o Governo;
- G2B (Governement to Business) - referente àquelas iniciativas no campo do governo eletrônico, voltadas para o provimento de informações e serviços aos investimentos e negócios, bem como de apoio à atratividade e desenvolvimento de negócios em uma região específica;
- G2C (Governement to Consumer) - referente àquelas iniciativas no campo do governo eletrônico, voltadas para o provimento de informações e serviços aos cidadãos, bem como de interação direta entre o cidadão e o governo e inclusão digital, considerando tanto meios virtuais e/ou físicos;
- B2E (Business to Employee) – empresas realizando transações e/ou disponibilizando informações aos seus empregados;
- E2E (Employee to Employee) – empregados de uma empresa realizando negócios entre si.
- G2G (Governement to Governement) - operações internas e relações intergovernamentais;
Destaca-se como único modelo de negócio eletrônico não aplicável no Brasil o C2G (Consumer to Governement), onde o cidadão (ou consumidor) disponibilizaria informações ou negócios ao governo.
O C2G só se efetivará quando o grau de informatização da sociedade alcançar níveis extremamente abrangentes e, enquanto este fato não ocorre, o cidadão/consumidor somente receberá atenção do governo para as suas demandas pelos meios convencionais não-digitais.
Percebe-se que o Brasil é vanguarda entre os países em desenvolvimento em relação ao alto nível de disponibilidade e efetiva usabilidade de negócios eletrônicos.
Conclui-se que a razão de tal fenômeno está baseada não somente na capacidade de construção de soluções tecnológicas satisfatórias mas, fundamentalmente, na capacidade que temos de nos relacionar sem receios com o mundo virtual – fato que nos difere no restante da humanidade.
Artigo Escrito por Adriano Almeida Regis da Silva