O livro de Naum

Por Oscar Paulo Pietsch | 31/10/2017 | Religião

1– Naum

Naum significa “consolado por Javé”. O tempo do profeta Naum é marcado por dificuldades. Pode ser situado entre os anos 668 a.C e 612 a.C, ano da queda de Nínive por intermédio do exército medo-babilônico.

É muito provável que Naum tenha vivido parte de sua vida em Judá, sob o reinado do Rei Manassés. Ele não é somente profeta, mas também poeta. Naum faz profecia através da poesia. Seus versos impressionam pela beleza e pela força de sua linguagem. Pânico, lamentações e agitação estão presentes.

  1. – Parte 1: Deus age na história

Enérgico e violento são palavras que resumem bem o império Assírio. Por trás de seu crescimento estava evidenciada uma obra de servidão, realizada com meios e métodos de brutalidade e selvageria que excedem qualquer qualificação. O rei apresentava-se como figura principal nessa organização, era a própria divindade.

Para Naum, Javé vai fazer justiça. Ele não pode mais permitir que a situação de opressão se eternize. Para o profeta, a Assíria é a concentração de todos os males e todos os horrores. É considerada como inimiga de Deus.

Naum deixa o poder de Deus transparecer na tempestade, na seca, nos terremotos e na destruição causada pela lava. Ele canta a Javé, pois sabe que o império deseja perpetuar sua maldade, e para isso, é capaz de tudo, até mesmo ser maior que o próprio Deus. O profeta resgata a soberania de Deus sobre o mundo e a história diante da presunção imperial assíria.

  1. Parte 2: Paz e festa, a dor já não existe

A mensagem de consolo ao povo de Deus tem sua continuação. O projeto que Naum deixa transparecer parece claro: a restauração dos reinos de Judá e Israel. Naum começa a descrever a destruição do opressor. A descrição é esplêndida, o pânico é geral. Em sua descrição, ele consegue até mesmo visualizar as marcas de medo e de terror dos opressores.

  1. Parte 3: O poder do opressor em queda

Nínive, é podre em seu centro, e por isso, Naum continua a descrever em termos vívidos as condições da cidade no dia de sua queda. Naum apresenta Nínive como uma prostituta, por ela ser sedutora. Nenhum império é indestrutível.

O exército, que parecia indestrutível com seus bravos e valentes soldados, é agora comparado a falta de destreza das mulheres para a guerra. A festa é de Deus e dos povos oprimidos!

Artigo completo: