Nascente

Por Gustavo Paixão Neto | 15/07/2011 | Poesias

Era redonda,
pequena,
incolor, transparente,
salgada,
refletia luz,
...saiu da nascente,
da minha alma,
do mais profundo de mim,
do sentimento.

Brincou no meu olho,
deslizou pelo nariz,
beijou a minha boca,
tocou ligeiramente na lingua,
senti o paladar,
continuou,
ficou pendurada,
uns segundos no queixo,
caiu abruptamente,
um salto no nada.

Ouvi o som familiar,
o de sempre,
o reencontro com as irmãs,
as saídas á pouco,
as de ontem,
as da semana passada,
as antigas.......

Após darem as mãos,
agarrarem-se,
criar uma única,
seguiram no leito da minha tristeza,
nas margens da minha saudade,
seguiram no meu rio de lágrimas.
Gustavo Neto.