Não veja até onde o motor aguenta

Por Pedro Paulo Galindo Morales | 05/05/2012 | Adm

 A pressão por resultados nas empresas tem feito às pessoas trabalharem cada vez mais.

O motor de um carro sempre é algo complexo e todos sabem que é preciso de cuidados. Uma das coisas que mais dão problemas no motor é o combustível colocado no tanque. Os bons mecânicos aconselham conhecer a origem do combustível colocado no tanque. Além disso, eles dizem que é necessário manter o tanque cheio para que o depósito de sujeira, que se forma no fundo de um tanque quase vazio, seja sugado pelo sistema de alimentação prejudicando o funcionamento. Essa “borra” entope mangueiras, bombas de combustível e bicos injetores, prejudicando o motor. Com o tempo, ele passa a consumir mais e a desenvolver menos ou até mesmo parar pela queima da bomba de combustível.

É mais ou menos assim que acontece quando trabalhamos muito e não paramos para colocar um “combustível de qualidade” no nosso “tanque”. A pressão por resultados nas empresas tem feito as pessoas trabalharem cada vez mais.

O problema não é a entrega de resultados, afinal, este é o motivo pelo qual as pessoas são contratadas e isso não vai mudar. O que se deve observar é como esse processo está acontecendo no departamento que você trabalha ou até mesmo em toda a empresa.

Quando se trabalha sob pressão para entregar resultados, as pessoas geralmente aumentam o ritmo de trabalho para conseguir cumprir os prazos de entregas, ficando mais expostas aos problemas. A tendência é começar, depois de algum tempo, a trabalhar como um “bombeiro” apenas apagando incêndios. Quando percebemos estamos com nosso “tanque” vazio, andando na reserva, correndo a “Cento e dez, cento e vinte, cento e sessenta. só para ver até quando o motor aguenta”, como diz a musica Infinita Highway (rodovia) dos Engenheiros do Hawaii. Entupimos nossas “mangueiras” mentais , produzindo sensações desagradáveis como as sentidas, por exemplo, pelo stress crônico, onde em um processo mais avançado podemos sentir dores, como a de um infarto ou ocorrer uma queda em nosso rendimento profissional. 

Como podemos resolver esse problema?

Em primeiro lugar, você não precisa mudar da cidade para o campo, abandonar seu emprego, ou mudar de profissão. Basta mudar seus hábitos. Planeje seu trabalho! Hoje existem técnicas como GRD- Gestão da Rotina Diária ou Lean Office. Além disso, conversar com seu chefe, seus colegas e sua família pode ajudar você a reorganizar seus hábitos de vida e de trabalho, desse modo, você não precisará andar na “reserva” ou ver até onde o motor aguenta.

Vamos refletir sobre isso!

Pedro Paulo Galindo Morales é Tecnólogo em Gestão, Pós- Graduado em Controladoria, Técnico em Contabilidade e Blogueiro ,   www.falandodegestao.com.br.