Não somos robôs

Por Álida Santos | 03/07/2009 | Sociedade

Paiva Netto

 

 

Na noite de 30 de janeiro de 1989, conversava com uma plateia de moços sobre o valor da vida e das lições com que nos presenteia, reflexão que ofereço aos que me honram com sua leitura:

 

Jovens, ouvi o ensinamento da Natureza, o recado das plantas e dos animais, por inexpressivos que vos pareçam. Não é à toa que temos cercado de flores, arbustos, árvores, atrativos perenes suscitados pelo Pai Celestial, as nossas obras. Encantai-vos com o voo dos pássaros e o som da cigarra, com o vento a abrir caminho entre as folhas e a melodia exótica do grilo ao entardecer. Não passeis distraídos diante de tanta beleza. Não sois robôs! Isto dará reforço à vossa humanidade. A Natureza incessantemente canta aos vossos corações. De onde vem a força da Alma? Também da genuflexa observação de tudo isso... que é vida, Deus, Jesus, o Espírito Santo e a Natureza em si.

 

Degelo no Ártico

Mais do que nunca, hoje, amar a existência é saber valorizar e defender a Mãe Natureza, da qual somos parte intrínseca. O contrário disso desencadeia consequências como a registrada por Andrew C. Revkin, do The New York Times, em 21 de setembro de 2007:

 

“As calotas polares do Oceano Ártico, que se retraem com o calor do verão, este ano recuaram mais de 1 milhão de milhas quadradas (cerca de 2,5 milhões de quilômetros quadrados) — ou seis Califórnias — abaixo da área média mínima das últimas décadas, relataram cientistas na quinta-feira (20/9).

 

“(...) Os números foram apresentados pelo Centro Nacional de Dados sobre Gelo e Neve em Boulder, Colorado/EUA, e publicados no site nsidc.org.

 

“(...) Mark Serreze, um pesquisador sênior do Centro de Gelo e Neve, disse que era cada vez mais claro que as mudanças climáticas causadas pelo acúmulo de gases do efeito estufa estavam desempenhando um papel no aquecimento ártico, que não é visto somente na flutuação de gelo, mas também no derretimento de geleiras terrestres, da tundra e no aquecimento da água do mar (...)”.

 

O que mais precisa ocorrer ainda para que o mundo, por completo, acorde ante o iminente perigo que nos espreita? E depois negam a realidade do Apocalipse e o valor da Grande Tribulação, anunciados por Jesus. E, isto é: quando os leem...

 

Mas, graças à natural teimosia de sobreviver da espécie humana, iniciativas para a melhora do Planeta surgem em escala apreciável.

 

É o que todos desejamos.

 

 

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@uol.com.brwww.boavontade.com