Não são as madrastas

Por Cristiano Alves | 17/04/2014 | Sociedade

"Negligência afetiva": Quando há indícios não dá para por panos quentes.

O que há em comum entre os casos da menina Isabella Nardoni e dos meninos Joaquim Pontes Marques e agora Bernardo Uglione Boldrini, isso sem contar aqueles que a mídia consideram "não venderem"?

Muitos irão dizer: Têm um padrasto ou uma madrasta envolvidos. Eu digo. ERRADOS. É muito mais grave que isso.

Tem um UM PAI, UMA MÃE, sangue do mesmo sangue, envolvidos...

Quando se tem notícia de que alguém sem nenhum laço genético (o tal padrasto ou madrasta) cometendo o crime, é um fato concebível, nunca aceitável, mas até tolerável, mas como esperar isso daquele que, teoricamente, deveria ser hospedeiro do único, exclusivo, incondicional (e quantas vezes redundante preciso for, para ser compreendido o tamanho do amor de um pai, e de uma mãe, por sua prole) amor verdadeiro?

Uns poderão culpar a separação do casal, mas cá entre nós, garanto que as pistas da maldita "negligência afetiva" são dadas antes mesmo da criança nascer, ainda no ventre. Seja por ser concebida na hora errada, por inconsequência, irresponsabilidade ou até por covardia de ambos ou de um dos dois.

É preciso ficar atento a tal "negligência afetiva", nunca se sabe no que ela pode resultar. Na maioria das vezes gera apenas decepção, mas em alguns casos termina em Isabellas, Joaquins e Bernardos. Então, entre um e o outro, fiquemos com a decepção, para ela existem ótimos analistas.