Nacionalismo e Protecionismo: Um grande equívoco de política econômica

Por Fabiano Silva | 05/05/2017 | Economia

O protecionismo certamente não é uma política econômica de sucesso. Ele é derivado de idéias nacionalistas, principalmente na América Latina. O protecionismo premia a ineficiência. Podemos observar países que não são protecionistas e tem sucesso econômico. Esse é o caso de Cingapura, Hong Kong e Macau, por exemplo. Hong Kong e Macau são zonas francas e tiveram grande crescimento econômico no século XX. Vários países asiáticos adotaram o livre comércio e obtiveram alto crescimento econômico. No outro extremo, estão países como o Irã e a Coréia do Norte, uma das nações mais fechadas do mundo e que parece ter parado no tempo.

Veja o caso da Zona Franca de Manaus. O município tem uma renda per capita 22% acima da média brasileira. A isenção do imposto de importação atraiu multinacionais dos setores de eletroeletrônica e motocicletas, gerou milhares de empregos e fez crescer uma cidade no meio da floresta amazônica. Foi gerada uma "ilha" de prosperidade. Essas empresas perceberam que podem comprar seus componentes de fornecedores com preços mais baixos, devido ao imposto de importação igual a zero e, assim, tornam-se mais competitivas no mercado interno e para exportar.

Muitos empresários não percebem esse tipo de oportunidade. Caso o imposto de importação fosse menor, eles teriam acesso a fornecedores com preços mais baixos e com mais qualidade de produtos. Dessa forma, seriam mais competitivos no mercado interno e na exportação, pois seus custos seriam menores com componentes mais baratos. Eles teriam acesso aos melhores fornecedores e seus produtos seriam melhores e mais atraentes para os consumidores.

No Brasil, existe também um certo complexo de inferioridade com relação ao comércio internacional. Muitas pessoas acreditam que quem produz aqui não é capaz e competente para competir no mercado internacional. Isso não é verdade. No exterior, também se pagam altos impostos e, muitas vezes, a mão de obra é mais cara.

Outra ideia equivocada é que o Brasil, por ser um país grande, tem que produzir de tudo, sendo eficiente ou não. Acreditam também que o importante é se ter balança comercial positiva e, para isso, usa-se o protecionismo. Essa é uma ideia Mercantilista do século XVI. A balança comercial positiva ou negativa reflete a força da estrutura produtiva de um país.

Outro aspecto é a inflação. A abertura comercial gera maior oferta de produtos, reduzindo, assim, a inflação.

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