Na contramão da crise, a oportunidade!

Por Karina Dantas | 19/10/2015 | Adm

NA CONTRAMÃO DA CRISE, A OPORTUNIDADE!

 Em tempos de crise a palavra de ordem é ponderar, em todos os aspectos o que mais se escuta é que deve - se agir com restrições, pois a economia oscila e não é momento para arriscar. A razão maior para a crise econômica segundo Marx, devia-se a própria irracionalidade do processo produtivo, ou seja, a corrida exagera do capitalismo geraria superproduções e o proletariado, com um baixo salário não conseguiria consumir tudo o que é produzido. 

Logo essa lógica de Marx onde o crescimento acelerado, o acumulo de riquezas e a miséria, seriam o estopim de uma bomba, e prevenindo assim um colapso geral do sistema, com a intensa luta de classes. Mas diante de todas a teorias, sobre crises, proferidas não só por Marx, mas também por outros economistas ilustres, a crise se faz necessária para atingir o progresso, diante de situações conflitantes, de riscos ou até mesmo desesperadoras, que surgem ideias, soluções, que acima de tudo trazem maturidade necessária para a superação. São nesses momentos que as ações mediadoras e resolutivas produzem consequências favoráveis, demonstrando a resiliência desenvolvida, sendo a ferramenta primordial para vencer qualquer desafio. 

Albert Einstein em seu texto a seguir descreve com propriedade a importância de uma crise para o progresso, demonstrando que ao invés de enxergamos a crise como um colapso, deve-se enxergá-la como uma oportunidade.

A crise segundo Einstein:

"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar 'superado'. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
    E diante do atual cenário econômico brasileiro de estagnação que afeta não somente a classe assalariada, mas também os empresários que inibem maiores investimentos, eis os que surgem na contramão do caos, é através de uma crise que algumas organizações podem enxergar oportunidades ocultas, prontas para serem lapidadas. Com uma avaliação rápida e precisa sobre os pontos vulneráveis da organização, é possível mensurar seus impactos, buscando com esta análise minimizar os efeitos negativos, com esta estratégia a empresa terá o suporte necessário para explorar as oportunidades surgidas, adquirindo, portanto, uma vantagem competitiva superior à concorrência.

Já no ramo das ideias surgidas com a atual situação de crise, é considerável relatar que a ideia de economia compartilhada, está gerando empresas que valem bilhões, em 2015. 

As oportunidades surgem mediante ás fraquezas de empresas que não reagem ao atual momento, que julgam irredutivelmente como catastrófico e não possuem competências para superação, reagindo presumidamente como se esperara no atual cenário, estagnadas, sendo assim alvo fácil para os empreendedores com visão e prontos para inserir no mercado ideias inovadoras e resolutivas, pois a grande maioria dos empresários não possuem suporte e estratégias para lidar com crises.

KARINA KELLY ALVES DANTAS

Referencias

MARX, Karl. As Lutas de Classes na França. São Paulo, Global, 1986.

EINSTEIN A. Carta a M. Born de 4 de dez. 1926. In: SCHILPP, P. A. (org.). Albert Einstein: Philosopher-Scientist. Evanstone, Ill: Library of Living Philosophers, 1949.