Multa para a segurança

Por Mário Paternostro | 28/05/2011 | Crônicas

Multa para a segurança




Hoje em dia precisamos andar com as mãos sempre no alto, pois podemos ser assaltados a qualquer momento. Quando não são os assaltantes, são os policiais, em suas famosas BLITZ (que não levam a nada muitas vezes). Até hoje eu não consigo entender o sinônimo de segurança. Em casa corro o risco de ser assaltado. Nas ruas, de ser abordado e terminar na cadeia. Motivo: Ser cidadão de bem!
Pergunto se ainda há resquícios da ditadura, pois o autoritarismo continua e os porões podem ser construídos a toda hora. Vivemos com medo até de viver, pois o que nos garante a segurança é uma reza. Às vezes feita às pressas ou, um vá com Deus, meu filho. Ao invés de nos ofertar segurança, esses fardados nos apavoram. A empáfia de quem tem o poder nas mãos faz com que homens não tão retos, abusem da autoridade querendo nos educar a qualquer custo. Somos vítima do Estado que apóia os desmandos e o desrespeito contra o cidadão.
Onde não há ordem, o que se vê é uma sociedade a mercê de bandidos com roupas de mocinho, brincando de super-heróis onde o vilão da historia é a moralidade. É preciso ensinar aos nossos guarda-costas como se deve guardar a ética. Respeitar o cidadão faz parte também da função. Mas o soldo que eles querem é o abuso de poder, usado muitas vezes para mostrar a soberania. Escondidos atrás das suas capas de herói, organizados por um poder corrupto, eles saem às ruas em busca de salvar os seus bolsos.
Com eles a poesia ficou concreta (me perdoem os irmãos Campos) e, Caetano Veloso que ponha logo em sua carteira os seus documentos, pois caminhando sem lenço e sem documento é bordoada na certa.