MUITAS VIDAS

Por MARIO DAVID DE LIMA | 01/12/2015 | Religião

14.09.11 – 5:00

Acordei e me lembrei da minha Avó Lazinha. Falei, nossa Vó, desculpe, faz tempo que não falo contigo e faz tempo que não rezo para você (e aí rezei). Ela me disse, não se preocupe, nós cuidamos de você, nós acompanhamos você. Nisso eu vi o meu pai e a Teresa sentada no colo dele, olhando-o com um carinho de filha.

Ele me disse: David, você precisa prestar mais atenção no que a Teresa te diz, nas coisas que ela te orienta.

- Pai, para, eu sei que é o meu inconsciente que está falando isso comigo.

- Não, sou eu mesmo.

- Desculpe, mas, como posso ter certeza?

- É só você olhar o que já passou, é só você prestar atenção nas coisas que estão acontecendo e no que vai acontecer. A Teresa faz parte do nosso núcleo familiar. Porque você acha que eu tive uma simpatia com ela já no primeiro momento em que você a  apresentou? Porque você acha que todos em nossa família gostaram imediatamente dela? Nem na família terrena dela isso acontece.

- Desculpe, tudo isso é verdade, mas tudo isso também está no meu inconsciente.

- Preste atenção no presente, preste atenção no futuro. Isso não está no seu inconsciente. Você vai ver que muitas coisas vão fazer sentido.

- Então porque a Teresa nasceu numa outra família?

- Porque ela se propôs a ajudar aquela família, que há muitas gerações vêem se digladiando, não se entendendo e ela quis ajudar. Você sabe que ela era o esteio daquela família, embora criticada, embora alguns não a aceitassem, embora alguns ainda estejam na mesma situação. Ela fez esse sacrifício, ela espera que tenha resultados, mas se não der é porque ainda vai ser necessário muito mais coisas. 

- Mas e eu?

- Ela também tinha a missão de te ajudar e isso ela fez. Você estava perdido, você estava sem perspectivas, você pensava em abandonar tudo e quando chegou a hora ela apareceu para você.

Nisso a Teresa falou comigo:

- David, nós estamos juntos há muito tempo e não se preocupe, vamos continuar juntos. Nós já fizemos muitas coisas erradas. Numa outra vida, nós dois fomos irmãos e acabamos cometendo um incesto. Tivemos um filho com problemas físicos e o abandonamos.

- O que fizemos com ele?

- É muito triste, não vai acrescentar nada dizer o que fizemos com ele.

- Numa outra vida, nós fomos casados, você me batia muito, você me acusava de sair com muitos outros homens, puxe na memória que você vai lembrar disso. Nessa vida provoquei vários abortos. É por isso que não tive filhos, apesar da grande vontade de tê-los. Você sabe que ajudo muito meus sobrinhos há mais de 10 anos, isso foi uma forma de compensar o que fiz. Você se lembra que uma vez no Rio eu fiz regressão e me vi numa pequena cidade da Alemanha, infeliz, pobre, sofrida. Era essa vida.

- Agora é de novo o meu inconsciente, que sabe dessa história.

- David, tenho te mandado muitas mensagens, acredite mais nelas, acredite.

- Vou pensar

- Numa outra vida fomos Judeus no Rio de Janeiro.

- Lembro-me que você conhecia o centro do Rio sem nunca ter ido lá.

- Isso, vá ao cemitério Judaico de lá. Procure, procure.

 Não me lembro de mais nada. Devo ter dormido.