Mudanças Educacionais

Por Rosângela da Glória Santos | 10/05/2009 | Educação

Mudanças Educacionais

 

 

No mundo globalizado que vivemos. A escola tem que adequar se a esta nova realidade. A escola não pode continuar da mesma maneira que sempre esteve. Para Vygotsky (1993) Todos os seres humanos são capazes de aprender, mas é necessário que adaptemos a nossa forma de ensinar.

Os professores ensinam todos os dias. Preparam aulas. Explicam o que tem de ser aprendido. Supervisionam os exercícios dos alunos. Checam os resultados. Aprendem a conviver com sua classe. Modelam e influenciam comportamentos, ensinando às crianças e aos jovens a consciência de seus deveres, formas de convívio social, valores e normas.

  Isso não acontece no vácuo. A educação se faz na escola, onde muitas outras coisas acontecem. Há reuniões de professores. Há o Plano Diretor para se levar em conta. Há o contato com pais.

  Para executar a contento todas essa atividades, os professores devem possuir características muito especiais. Num perfil profissional, essas características são definidas numa certa ordem, permitindo que se construa uma imagem coerente da profissão.

  Mas o ensino não pára de mudar e, com ele, muda a imagem do professor. Um perfil profissional é sempre o produto de um lugar e de um tempo determinados. Deveria ser revisto a cada cinco anos, aproximadamente.

Um perfil profissional também se volta, em certa medida, para o futuro. Inclui características que, embora ainda não sejam universais, serão exigidas daqui a alguns anos. Resumindo, o perfil profissional de um professor:

·        Consiste em grupos de características, descritos numa certa ordem;

·        Está ligado a um lugar e a uma época;

·        Olha para o amanhã, mencionando características que podem ser exigidas num futuro próximo.

    Todos deverão saber que características são valorizadas e precisam ser desenvolvidas com o esforço individual e a formação continuada em serviço.

 

 

Desta forma, sabemos que, a escola é o local onde o educando é o foco, as atenções devem ser voltadas para as suas necessidades básicas, afim de que ele no futuro, como cidadão, tenha um bom aproveitamento e cresça profissionalmente e como ser humano. Kramer (2006, p. 16) salienta a necessidade de considerar a diversidade de aspectos sociais, culturais e políticos para que tenhamos uma visão mais aprofundada sobre quem é essa criança e, logo, sobre quem é o nosso aluno.

 

A atitude e a habilidade do professor desempenham um papel importante na criação de uma atmosfera pedagógica onde todos os alunos possam sentir-se seguros e apreciados. A atmosfera favorável da sala de aula reflete atitudes positivas do professor, como mostrar-se aberto às necessidades dos alunos, possuírem curiosidade intelectual, manifestar interesse e respeito pelos alunos.

  O professor deve possuir também a habilidade de construir um bom convívio social entre alunos de diferentes origens socioculturais e monitorar as regras inerentes a essa tarefa.

Espera-se do professor que:

·        seja capaz de levar em conta as necessidades e os desejos dos alunos;

·        saiba criar uma relação de confiança com os alunos;

·        mostre que tem expectativas positivas quanto ao comportamento dos alunos;

·        esteja consciente das causas e conseqüências de preconceitos e estereótipos ligados a determinados papéis sociais;

·        compreenda os processos de dinâmica de grupo;

·        estimule o bom convívio entre os alunos;

·        seja claro ao estabelecer regras e as formule com declarações positivas;

·        saiba lidar com as relações interétnicas no grupo.

 

O mundo esta em constante transformação, a cada dia temos novas descobertas e tudo muda principalmente nossa práxis em sala de aula.

A escola como um todo precisa mudar conceitos e inserir novas técnicas de ensino em prol de uma educação de qualidade tanto para o professor quanto para o educando. A educação caminha, fundamentalmente, em duas direções diferentes, uma mais centrada na transmissão de informações e outra mais focada na aprendizagem e em projetos. Ambas terão muita interferência das tecnologias e formatos diferentes dos que conhecemos.

 

O professor precisa conhecer antes de qualquer coisa, a história de vida de cada educando e o meio onde ele vive, para assim, estar focando suas aulas na realidade dos alunos, para facilitar o aprendizado dos mesmos e procurar sanar as dificuldades de cada um, viabilizando a inserção do educando na sociedade. Kramer (2006, p. 13) enfatiza que a infância "é o período da história de cada um". Reforça que o ser humano "é um ser histórico" e, conseqüentemente, "a infância proporciona a construção da história, a qual se faz individual e coletivamente".

 

Talvez este seja o grande desafio da educação na atualidade: reconhecer este mundo tão diferente, preservar valores e comportamentos indissociáveis na prática educativa de todas as épocas, como a ética, a moral, e tentar atender às necessidades de cada uma das crianças inseridas neste mundo da atualidade, promovendo práticas educativas mais adequadas a tais necessidades, fazendo da escola um espaço de construção e valorização não só do coletivo, mas das significações, dos sonhos e das motivações individuais. Trata-se, como aponta Bonadio (2006, p. 10), de "diluir resistências e viver a novidade, provar o novo e transformá-lo em experiência da aprendizagem."

Diante de todos os aspectos apontados, é preciso entender que ver a criança pelo que ela se apresenta no presente, sem se valer de estereótipos, idéias pré-concebidas ou práticas educativas que visam moldá-las em função de visões ideológicas rígidas de desenvolvimento e aprendizagem, é assegurar que a educação cumpra seu papel social diante da heterogeneidade das populações infantis e das contradições da sociedade.

A educação deve contemplar a originalidade e a criatividade das pessoas, valorizando a diversidade humana em todos os seus aspectos: físicos, psicológicos, culturais, etc. As práticas educativas devem ser coerentes com o fato de que as pessoas aprendem melhor segundo seus interesses e motivações, em diferentes ritmos e de diferentes formas. A noção de educação na diversidade, associada aos conceitos de integralidade e solidariedade, permite o reconhecimento tanto de nossas singularidades quanto das nossas igualdades, resultantes de nossas condições humanas e socioculturais. As diferenças, nesse contexto, devem ser consideradas como algo inerente ao ser humano, rompendo-se a lógica binária que nos fragmenta em “iguais” de um lado e “diferentes” de outro.

A educação deve servir para a melhora objetiva da realidade na qual ela ocorre, contribuindo para o chamado desenvolvimento local. Para tanto, ela deve ser contextualizada, integrada à vida dos educandos e de suas comunidades, aberta para a troca de experiências e conhecimentos. A educação só possibilitará à pessoa atuar efetivamente na transformação da sua realidade se proporcionar condições de autotransformação. Em outras palavras, é somente através da promoção de aprendizagens significativas que a educação contribuirá para a transformação humana e social.

A educação que prepara para a democracia deve se dar através de práticas não-autoritárias, que permitam a ampla participação de educandos, dos educadores, das famílias e da comunidade. Só é possível uma educação para a ação cidadã se a educação for pela e na ação cidadã. As práticas educativas promotoras da liberdade, autonomia, respeito, responsabilidade, equidade e solidariedade devem estar associadas aos princípios anteriores para permitir que atinjamos o objetivo maior da auto-responsabilização social.

Enfim! As mudanças têm que ocorrer o mais rápido possível, professores precisam rever suas práticas em sala de aula priorizando o aprendizado do aluno. Em contra partida precisam de aumento de salário para conseguir sobreviver com um ou dois cargos no Maximo, afim de que ele como professor possa estar se recapacitando para enfrentar essas novas mudanças tão necessárias para os nossos educandos.