MOTIVO
Por Suely Bischoff Machado de Oliveira | 16/07/2009 | PsicologiaA palavra MOTIVO vem do latim MOTIVU, de MOTU, significando que pode fazer mover,
1)que determina ou causa alguma coisa (por exemplo: zangar-se sem motivo, sem uma causa, sem uma razão),
2)fim com que se faz alguma coisa (por exemplo: o motivo da viagem de Ana foi a negócios?),
3)no sentido musical, como sendo uma frase musical que se reproduz com modificações num trecho, e lhe imprime o seu caráter.
A palavra motivo é usada no dia-a-dia num sentido de causa, isto é, qual a causa, qual é o motivo que levou fulano a praticar tal e tal ato.
A Psicologia se fundamenta:
Em primeiro desvendar as nossas ações, que podem ser fisiológicas ou sociais e as suas respostas.
William Thomas, sociólogo americano apresentou uma lista que segundo ele, diz bem sobre os quatro desejos, ou seja, os motivos que movem um ser humano:-
1)Desejo de segurança, como um motivo que nos atende em nossas necessidades físicas e sociais, ”É preciso estar seguro para adquirir um imóvel”, ”É preciso que eu tenha boa saúde para ser aceita na Faculdade de Educação física”..
2)Desejo de correspondência ou de resposta, como um motivo em que o ser humano busca agir e interagir com pessoas que tenham o mesmo modo de pensar, ”Eu tenho muita afinidade com minha irmã”, ”Eu não concordo com o modo de pensar de fulano”.
3)Desejo de reconhecimento, ou seja, de prestígio e de aprovação social, como um motivo que desencadeie novos projetos. ”Eu fui bem à prova de matemática, pois me esforcei depois que minha professora disse que eu estava ótimo na matéria”. ”Eu estou me saindo bem no novo emprego, uma vez que simpatizei com minha supervisora e ela disse ter simpatizado também comigo”.
4)Desejo de novas experiências, este motivo desencadeia uma força geradora de avançar mais, de conquistar novas perspectivas na minha vida, ”Eu já sei bordar lindas toalhas, mas quero me empenhar em aprender outras técnicas de bordado”.
Todos nós possuímos estes quatro desejos, estes quatro motivos, mas cada um em uma determinada intensidade, ou seja, os motivos dependem igualmente da idade, do sexo e da cultura da pessoa.
Na adolescência é primordial o desejo, o motivo de aprovação, de reconhecimento, de aceitação por parte do grupo, do clã, da galera, da turma, em ambos os sexos.
Já o desejo de correspondência ou de resposta se acha mais intenso na mulher do que no homem
Assim também podemos sofrer frustrações de alguns motivos, de alguns desejos não concretizados, que podem inevitavelmente em determinadas pessoas, gerar comportamentos agressivos. “Eu odeio meu pai, pois ele não permitiu que eu fosse acampar com a galera”. E o agente frustrador nem sempre é o alvo da agressão, “Luisinho não pôde comer o doce de abóbora, pois está de dieta médica, e assim que chega à Escola mostra-se agressivo com a professora”.
Incentivos, isso mesmo, nós devemos ter incentivos para gerarmos bons desejos, bons motivos, “Vou estudar bastante e melhorar em conhecimentos gerais, pois o meu professor disse ser eu um bom aluno”, ”Eu não consegui a vaga de emprego na loja, pois não estava bem vestida, estava com uma saia muito curta e percebi que a gerente não gostou da minha vestimenta”.
Para S.Freud, pai da psicanálise, motivo vem de pulsão, emoção pulsional, uma noção de movimento, dinâmica, instinto propulsor, o que por vezes se acha no modelo de um sonho, assim como o desejo se encontra frente a um compromisso.
Portanto motivar é apresentar incentivos que vão despertar respostas positivas e concretas quer seja no adolescente, quer seja em um adulto, pois o incentivo é como se fosse um dardo propulsor que levará a uma resposta, a um prêmio, a um elogio.
A psicoterapia é, portanto uma eficiente técnica de ajuda ao adolescente, ao ser humano em geral, no que concerne aos seus desejos latentes, às suas motivações e como se direcionar para se obter e se localizar frente aos incentivos.
“Há tantas auroras que não brilharam ainda”!(Rig-Veda)
Psicologia por Suely Bischoff Machado de Oliveira
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