MORFOGÊNESE, EROSÃO À DEPOSIÇÃO NA ZONA PORTUÁRIA DE TABATINGA-AM

Por Fabiam chota Gomes | 25/03/2019 | Geografia

RESUMO
 
Este trabalho teve o objetivo de mostrar a evolução condicionada pela morfogênese na portuária de tabatinga, focando-se principalmente na orla da cidade que através dos anos devido a intensa dinâmica do rio Solimões com seus trabalhos, sendo eles a erosão, transporte e deposição, tem afetado diretamente a área do porto de Tabatinga, assim sendo perceptível que o canal secundário que banha a orla da cidade, está passando por processo de deposição de sedimentos em seu leito, essa afirmação é possível por observações de imagens antigas e atuais proporcionadas por satélites, e como complemento da pesquisa, trabalhos campais direcionados por referencial teóricos de autores, que desenvolvem trabalhos no contexto da geomorfologia fluvial. Como é conhecido historicamente, a zona portuária de Tabatinga era constantemente erodida devido a fatores naturais e antrópicos, que ao decorrer do desenvolvimento do presente trabalho serão esclarecidos com mais ênfase, e devido a essas erosões foi desenvolvido e aplicado pela secretaria de obras, um projeto de construção da orla junto a métodos de contenção dos processos erosivos, sendo alcançado um progresso na problemática ocorrida na área, com tudo  sabemos que o rio Solimões possui um poder muito grande de transformação da paisagem, seguindo essa linha de pensamento é percebido que a erosão ocorrente na área delimitada para o estudo foi retardada com o projeto de construção da orla, entre tanto como foi citado o rio Solimões é mutável, e seguindo essa lógica é entendido através de análise empírica da área da pesquisa que houve uma mudança fisiografia da área, passando de processo de erosão para processo de deposição de sedimentos no canal que banha a cidade de Tabatinga, atingindo principalmente a sua orla.
 
Palavras-chave: morfogênese portuária, trabalhos dos rios, fisiografia.  

1-INTRODUÇÃO

A Geomorfologia é uma ciência destinada ao estudo das formas da Terra, tais como sua gênese (sua origem e transformação), pois sabe-se que o relevo, o rio e o próprio solo em si são mutáveis, assim cabe às investigações geomorfológicas buscar quais os agentes condicionantes que levam a essas transformações da paisagem. (GUERRA & MARÇAL 2012). A Geomorfologia fluvial (ramo da geomorfologia), no qual o presente artigo está voltado, demonstra a sua complexidade no estudo dos rios, visto que através dela podemos entender o poder que um rio possui no tocante de sua dinâmica, levando a processos erosivos, como abatimentos de solo, terras caídas e entre outros e processos de deposição, como diques marginais, bancos de areia e entre outros tipos de deposição, modificando ao longo dos anos o seu perfil longitudinal do canal, despertando inquietações perante problemáticas que afligem cidades, que estão localizadas as margens de rios, como por exemplo, o Solimões. O presente artigo tem como propósito apresentar os possíveis fatores controladores naturais que desencadeiam o processo de deposição, destacando a gênese que ocasionou a mudança de canal fluvial de aspectos erosivos para canal com ocorrência de deposição de sedimentos na zona portuária de Tabatinga. Para tanto foram realizados trabalhos de campo, revisão bibliográfica e busca de informações em fontes diversas, com intuito de reunir os resultados coerentes sobre o estudo da área em questão e com isso somar aos demais conhecimentos sobre a temática de trabalhos dos rios.

1.1-LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE PESQUISA

A área de estudo localiza-se, no bairro Dom Pedro I (figura 01), em Tabatinga no Estado do Amazonas, no qual a cidade é pertencente à Mesorregião do Sudoeste Amazonense e Microrregião do Alto Solimões, situado a 73 metros de altitude em relação ao nível do mar, na tríplice fronteira entre Brasil-Colômbia-Peru, obtendo as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 4° 15' 12'' Sul, Longitude: 69° 56' 19'' Oeste. A cidade de Tabatinga está presente na margem esquerda do leito do canal secundário do rio Solimões, distante 1109 km de Manaus, a capital do Estado, possuindo área total de 3224,88 km², e sua população estimada em 63.635 habitantes. (PREFEITURA DE TABATINGA, 2018). [...]

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