Mono reflexão do grafador
Por Cleverton Rodrigues Fernandes | 09/01/2012 | EducaçãoAos meus ex-alunos da cidade de Bananeiras-PB (Campus III -UFPB), e a todos os que enveredam nas trilhas dos escritos científicos, dedico este pensamento, esta reflexão:
"Isso já não me pertence mais!
São flores da caminhada de um simples mortal limitado.
São frutos das experiências vividas com os pares.
Ideias tão rapidamente surgem e logo se vão.
É como o vento.
Não sabemos ao certo de onde vem.
Nem sabemos para onde vai.
Para não perdê-las, o 'Iniciando' corre para anotá-las.
Captura-as como o colecionador de borboletas.
No início as páginas eram sem forma e vazia.
Havia trevas sobre a mente do 'Iniciando'.
Mas eis que com a ajuda Celestial ele diz:
- Haja luz.
E houve luz.
Viu que a luz era boa.
E, com a ajuda de sua Mentora, fez separação entre a luz e as trevas.
E à luz chamou Monografia.
As trevas? Bem, destinou-as ao poço do esquecimento.
Colocando uma 'lente de aumento' é possível ver melhor essa ação.
O 'Iniciado', na verdade, faz um 'feitiço mágico'.
- Livros, artigos, documentos e discussão;
- Relacionamentos, bolsas de pesquisa e todo tipo de pressão;
- Com a teoria, os métodos e as justificativas que me fazem os dados analisar;
- Uma linda Monografia tudo isso irá se transformar.
TARAM!
- Eis que aí está.
Escrita. Padronizada. Catalogada.
'Pura'.
O objeto agora ganha forma e vida.
No entanto, esquecemos do sujeito impuro.
O autor da obra.
Amanhã mesmo ele começará a esquecer o que foi posto nela.
O agora 'Iniciado' precisará relê-la. Revivê-la. Ampliá-la.
Alimentar o que foi proposto.
Caso contrário seu esforço será em vão.
Ou então, estará à mercê do desejo de outrem para continuar a empreitada".
Cleverton R. Fernandes