MOLIBDÊNIO

Por SIMONE GONÇALVES TEIXEIRA | 28/05/2014 | Poesias

MOLIBDÊNIO

 

Inda resta ¼,

Um armário... roupas suas

De algum momento que lembre

O vento bom da vida que se viveu!

 

Inda resta o sabonete

Exalando o ciúme...

Lamentos, alfinetes, feridas,

Espelhos e cabelos,

Soltos sem dormir,

LEMBRANDO OS ATOS DE AMOR!

 

Inda resta a cortina que diz:

- NÃO ÉS MAIS MENINA!

SINA!

MULHER inda resta em mim...

 

Inda resta um saco de lixo à porta

Portando um pouco da torta

Vida havida e ávida a limpar

O AMOR QUE NÃO ME OUVE MAIS!

 

Por que me deixou?

Meus cinco sentidos sumiram

E milongas não adiantam

Não!

 

Inda resta o vazio entre tanta caixa,

Na ordem do que não mais se encaixa...

Uma faixa

Onde haja algum sentimento

Uma marca

Uma parede onde tenha o nosso suor

Uma foto

Mesmo se for 3 por 4

Do ato, agora, sem foco

Em um canto qualquer

Em meio a tanta dor...

 

A DOR... O QUE FAÇO COM ELA?

RESTA UM DEUS!

UM SANTO ME DIZ:

-Vamos embora, MOLIBDÊNIO!

Vamos em outra direção.

AINDA RESTA UM CORAÇÃO!