MODOS DE TRANSPORTE URBANO: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ELIANA LUCIA MONTEIRO DA SILVA

Por Paulo Ricardo de Souza Rodrigues | 25/06/2019 | Educação

O presente artigo trata da análise dos meios de locomoção dos alunos da Escola Municipal Professora Eliana Lúcia Monteiro da Silva na cidade de Manaus. Sob o olhar das atribuições sobre os modais de transporte urbano e noções de estatística da matemática, a finalidade de tal análise é a proposta de projeto de obra necessária sobre a percepção dos alunos da escola sobre o tema trânsito; para propor um projeto de intervenção de obra de trânsito (seja ela maior área para estacionamento para o carro, para bicicleta, motocicleta ou, mais espaço para a circulação para o pedestre) no local, houve a investigação dos alunos sobre os meios de transporte urbano conhecidos através do levantamento de dois questionários aplicados na própria escola. Logo, diante dos resultados obtidos, os resultados apontaram que 45% dos alunos são do sexo masculino, 48% tem idade entre 12 e 13 anos, no qual, entre 43% e 60% não souberam informar a instrução dos pais; 37% das famílias não têm veículo próprio e mais da metade dos alunos vão e voltam a pé para a escola. Portanto, os resultados ratificam porcentagens para o modal a pé como principal meio de locomoção dos alunos para a escola, embora os mesmos se sentem mais seguros e confortáveis utilizando o transporte motorizado.

1 INTRODUÇÃO

Para onde e a forma que as pessoas se deslocam pela cidade tem papel fundamental no entendimento da organização dos sistemas de transportes públicos e privados. Andar, pedalar, dirigir ou pegar ônibus são os modos de transporte mais comuns envolvidos. Nesse contexto, a complexidade do sistema de mobilidade urbana está condicionada ao tamanho e às características sociais, econômicas, geográficas e topográficas em cada bairro ou região de uma cidade. Portanto, as viagens nas pequenas ou grandes cidades tem grande variação de formas de deslocamento. Duarte et al (2012) argumentam que a natureza dos deslocamentos dentro de uma cidade depende diretamente da forma como as funções urbanas se distribuem no território. Uma escola construída em determinado bairro, por exemplo, é responsável por atrair para sua área de influência um número significativo de viagens. O efeito disso pode causar transtorno de trânsito para condutores de veículos e principalmente acidentes aos atores mais frágeis: pedestres e ciclistas. Procurar entender quais os meios de transporte urbano e infraestrutura para pedestres, ciclistas, transporte privado e público em uma área escolar norteiam as questões de trânsito e projetos necessários para minimizar os transtornos de alunos, pais e comunidade geral. Faixa de pedestre, semáforos, zonas com limites de velocidades são exemplos de intervenções que gestões municipais e estaduais adotam para os alunos e comunidade local. Nesse contexto, considerando as premissas sobre o tema na área de transporte e trânsito, este estudo tem como objetivo analisar as percepções sobre o trânsito e os meios de transporte de mobilidade dos alunos da Escola Municipal Professora Eliana Lucia Monteiro da Silva como proposta de projeto de intervenção de obras de engenharia de trânsito. Este projeto foi aprovado e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) no edital Nº 001/2018 do Programa Ciência na Escola (PCE) de julho a dezembro de 2018. A elaboração contou com a participação do professor especialista autor e mais três alunos bolsistas do 8º ano do ensino fundamental II da própria escola. Para ratificar o entendimento deste estudo, além da revisão bibliográfica sobre transportes urbanos e trânsito, a justificativa deste trabalho tem a finalidade de estimular a alfabetização científica dos alunos bolsistas, na busca da interdisciplinaridade do conhecimento da matemática básica com a engenharia civil, com ênfase em noções de estatística e ferramentas computacionais como Excel e Word. [...]

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