Modelo Principal Agente

Por Juliana Lóss | 26/07/2015 | Educação

JULIANA DA CONCEIÇÃO SAMPAIO LÓSS Modelo Principal Agente VITÓRIA 2015. Este estudo tem como proposta desenvolver uma dissertação e responder as seguintes questões: O que é o modelo de agente-principal? Por que a relação entre burocratas e cidadãos é uma relação típica de agente-principal? Que medidas são apontadas pelos autores pesquisados para minimizar os problemas de agente-principal? Nos cabe aqui elucidar essas questões que são tão importantes para nosso conhecimento de economia e suas relações sociais, que certamente influenciam nossa sociedade e todas as relações que a permeiam. Através dos textos na disciplina ora ministrada podemos perceber que o modelo agente principal trata de dois atores, os quais são chamado de agente e principal, ou seja, o principal depende do retorno do agente ou de uma informação que só ele pode dar. Essa é uma relação econômica importante em nossa sociedade e é determinante quanto aos padrões de emprego, relações de trabalho que podemos vivenciar em nosso cotidiano. O problema que vemos nessa relação principal e agente é a mesma do empregador e empregado, todavia existem coisas que podem ser utilizadas para minimizar os conflitos que nessa relação possa existir, tais como: pagamentos, comissões, participação nos lucros, medição de desempenho. Essa relação é marcada por um saber maior que parte do principal em relação ao agente, e através de exemplos fica mais evidente essa relação, por exemplo: O vendedor sabe mais sobre o produto que vende do que o cliente que está comprando, o funcionário sabe mais sobre seu empenho do que o empregador, o médico sabe mais sobre as patologias do que o doente. Como podemos perceber não faltam modelos reais desta relação agente-principal. Este modelo tem sido difundido em teorias adaptado as organizações. Observe o exemplo a seguir: pequena fábrica de relógios que usa mão-de-obra e maquinário onde o proprietário (principal) quer maximizar lucro Depende de um reparador de relógios (agente) O esforço do agente afeta a probabilidade de que os relógios quebrem E afeta os lucros do principal. Assim fica claro por que a relação entre burocratas e cidadãos se assemelha a relação agente- principal. O esforço do agente afeta diretamente os lucros, pois é difícil medir o esforço de um agente, uma alternativa seriam as comissões ou participações nos lucros a fim de fazer o objetivo ser alcançado. Quando temos um proprietário de uma empresa de pequeno porte e este tem que contratar os serviços de um empreiteiro ou um especialista de fora, então ele entra em uma relação agente-principal. A confiança é o elemento principal desta relação. Especificamente, você confia que você e um empreiteiro tem o mesmo conjunto de incentivos. Um dos problemas da economia está diretamente ligado a ineficiência dos empregados, muitas empresas e até mesmo o setor público reclama a mão de obra sua baixa produtividade e morosidade. Uma solução ótima é um sistema de remuneração que puna o baixo empenho e incentive o alto. Os burocratas são vistos como detentores de alguns recursos importantes que possibilitam o aumento da eficácia das políticas públicas. Segundo Downs (1967), os burocratas podem ser classificados em cinco categorias, que variam de acordo com os tipos de interesse que defendem Alpinistas: carreiristas, Conservadores: resistentes a mudanças, Devotos: a um valor, a uma política pública, Defensores (advocates): de um órgão, Homens de Estado: leais à sociedade. Cabe aqui dizer que o ideal é analisar as relações internas e externas à empresa, bem como servir como modelo na tomada de decisões que envolva mais de um indivíduo, pois, sempre vai existir incongruência entre o comportamento desejado pelo principal e o comportamento apresentado pelo agente. Para evitar os problemas, o principal deve estabelecer mecanismos controle sobre a ação do agente, e estruturas de incentivo e punições para estimulá-lo a cumprir as expectativas do principal. Estruturas de incentivo seriam salários adequados, participação em lucros, recompensas, premiações. Segundo Carvalhal e Rêgo, de forma a minimizar estes conflitos, a teoria principal-agente vem sendo desenvolvida na tentativa de explorar a questão dos incentivos nas organizações e nos contratos. Considerações finais Percebemos neste estudo que a economia mundial atravessa uma situação de transformação que tem expandido setores e agitado o setor financeiro. Onde o modelo agente principal, aparece na maioria das relações econômicas, empresariais ou mesmo no setor público. Em decorrência da complexidade envolvida nessas relações, a obtenção de informações acerca do comportamento dos agentes no ambiente empresarial é uma fonte importante para o estabelecimento dos incentivos que aperfeiçoem o desempenho desses para a obtenção das metas propostas pelo principal. A presença de comportamentos inadequados por parte dos agentes, ocasionada por dados imperfeitos, pode resultar em problemas na relação agente-principal, principalmente o risco moral e a seleção adversa. O problema do risco moral ou perigo moral é resultante da incapacidade do principal em induzir os agentes a realizar suas tarefas com esforço ótimo para que o principal alcance seu objetivo. Em meu trabalho tenho dificuldades em relacionar a relação agente e principal, pois trabalho sozinha como psicóloga. Mas penso que posso relacionar minha posição como sendo eu a principal, onde sei mais sobre os problemas psicológicos de meus pacientes do que eles mesmos, e eles seriam agente. Assim sendo dependo do retorno deles para prosseguir na empreitada de clinicar em psicologia, meu esforço para fazer um bom trabalho depende essencialmente de mim, mas conto também com as indicações, logo se não sou boa suficiente não serei indicada por ninguém. Bibliografia: ALMEIDA, J.C., SCALZER, R.S., COSTA, F.M. Níveis Diferenciados de Governança Corporativa da Bovespa e Grau de Conservadorismo: Estudo Empírico em Companhias Abertas Listadas na Bovespa. Fundação Instituto Capixaba em Contabilidade, Economia e Finanças, 2006. FRANK, H. Robert. Microeconomia e Comportamento. São Paulo: McGraw-Hill, 1997.
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