Á medida que nos tornamos tolerantes com atos nefastos dos nossos governantes, sempre vem o questionamento do porque de determinadas atitudes dos próprios em relação ao povo que governa e dirige. No caso aqui quero ressaltar as mentirinhas cotidianas que os mesmos usam e sempre usaram desde os primórdios dos tempos para justificar erros ou similares. Lendo citações de Platão (428-348 a.C.) a respeito, onde o mesmo diz que a mentira praticada pelos governantes é um ato de caridade para com o povo, até entendo que alguns fatos devem ser mantidos em segredo de estado por questão de segurança, mas apesar de ser uma admiradora de todos os filósofos e mais ainda de Platão, ouso discordar em parte de seu pensamento, até porque a mentira sempre dividiu os filósofos, enquanto era esse o pensamento de Platão, para o alemão Imamanuel Kant, (1724-1804) até a lorota mais inocente é um ato abominável. A mentira como remédio útil, segundo Platão, no momento atual já se encontra obsoleto, tendo em vista o estagio evolutivo da humanidade, nosso grau de informação e conhecimento e consequentemente a capacidade de discernimento em relação ao que se passa nos corredores e gabinetes de nossos políticos. Quantos atos espúrios e vergonhosos são cometidos sem que deles tenhamos conhecimento, ou que só teremos quando tem “briga de comadres” como agora está acontecendo com as vilanias da família Sarney. Quantas mentiras caridosas, ditas pra “poupar o povo”, foram publicadas no intuito de proteger apaniguados, protegidos e afins? Longe estou de criticar tão nobre filosofo por quem tenho respeito, mas quando fez suas citações, havia tiranos e governos corruptos, mas o povo tinha uma visão errônea do governo que os conduzia, morriam e matavam por eles em sangrentas batalhas, hoje ao contrario somos aviltados em nossos conceitos e valores, quando cada mentira deslavada é trazida a lume, com a exposição da verdadeira personalidade dos canalhas que as dizem. O papel da mídia tem sido fundamental no esclarecimento desses fatos, mecanismos modernos como aparelhos de escuta, vídeos etc... Tem sido uma poderosa arma contra os pinoquios da republica, a eles cabem serem execrados ou caírem na desgraça do descrédito. Hoje prefiro ficar com as palavras sábias de Santo Agostinho (354-430) “mentir é um pecado grave, ao incorrer nele, o homem mancha sua alma e fica mais distante da vida eterna”, que seja bem vinda toda verdade, Lula não se iluda achando que acreditamos em tudo que diz, sabemos muitas vezes que usa do artifício da mentira e suas variantes como recurso de manter limpa a mesa onde atos secretos são assinados a revelia da Lei.
Elsy Myrian Pantoja