MINHAS MEMÓRIAS...

Por FRANCISCA NILMA DA SILVA SOUSA | 20/10/2016 | Crescimento

 Fruto de um grande amor...
 Fui concebida em fevereiro de 1972 e nasci no dia 26 de novembro deste mesmo ano. Sou a primogênita de uma família de nove filhos e meus pais se chamam José Nilo da Silva (In Memoriam) e Maria Rodrigues da Silva, ambos agricultores. Mesmo sobrevivendo da agricultura, sempre tivemos uma mesa farta e, como pobres financeiramente, fomos incentivados a prosseguir nos estudos, para que pudéssemos fazer de nosso presente uma preparação para o nosso futuro.
Comecei a estudar no ano de 1978, na E.P.G. José Francisco de Moura no Jardim (não estava matriculada, assistia aulas como "ouvinte"), mas já consegui me destacar, pois apenas em três meses já estava alfabetizada - tinha a ajuda de meu pai em casa; o mesmo aprendera a trabalhar com o Método Paulo Freire através das aulas que ministrou no MOBRAL. Fora essa paixão que meu pai incutiu em mim pela educação, do fazer pedagógico com amor.
Estudei nessa escola até a sétima série e tive que ser transferida para a E.P.G.
Mateus Sobrinho no ano de 1987, para cursar a oitava série, pois a Escola a qual estudava, não podia expedir o Certificado de Conclusão do Ensino Fundamental, pois seu reconhecimento ainda se referia somente à quarta série de primeiro grau.
No ano seguinte, comecei a cursar o Segundo Grau e voltei para a E.P.S.G.
José Francisco de Moura (a escola agora estava habilitada para o ensino de primeiro e segundo graus!). Fiz o curso Normal; no princípio, a contragosto, pois não queria ser professora, pois considerava o ato de formar e educar pessoas, muito difícil. Mas com o meu primeiro estágio, me apaixonei de um jeito que não me via fazendo outra coisa, senão atuar no Magistério. Essa paixão deve-se a uma substituição da professora da sala a qual fazia o estágio: a mesma adoeceu e a diretora da época me chamou para ficar atuando durante 15 dias.
Concluí o segundo grau e, é necessário enfatizar, com louvor, pois sempre me destaquei em todas as salas que freqüentei, do jardim ao ensino médio, sendo considerada uma excelente aluna.
Sempre trabalhei. Inicialmente, com meus pais, ajudando-os nos trabalhos de casa ou quando a agricultura estava difícil, em comércios que os mesmos instalavam para poder sobreviver. Mas todos nós (os filhos) tínhamos hora marcada para resolver as atividades que nossos professores passavam. Acredito, que esse cuidar com olhar severo que meus pais tinham e ainda têm sobre nós, nos motiva a querer ir sempre mais longe.

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