Migrações
Por Leticia Santos de Lima | 06/10/2015 | DireitoPor ter sido colonizado, o Brasil foi um país que desde o começo recebeu muitos imigrantes. As questões de migração no nosso país foram tanto benéficas quanto maléficas, no início, estas serviram para a formação do nosso país, para ajudar a construí-lo, porém, hoje, alguns estudos afirmam que a imigração constante para o Brasil tem prejudicado os brasileiros.
A respeito destes prejuízos, o mais afirmado é a questão da falta de trabalho, porque com a suposta crise, não há suficiente trabalho para os imigrantes e para dos brasileiros, fazendo com que assim aumente o número de desemprego no país, de pessoas que estão passando fome e de trabalhadores ilegais, contribuindo até com o trabalho abusivo análogo ao trabalho escravo.
No entanto, este mês nos deparamos com o caso do menino Aylan, que estava fugindo junto com a sua família da guerra civil da Síria, que começou em 2011 e dura até os dias de hoje. Aylan e sua família buscavam por asilo, primeiramente tentaram entrar de forma legal no Canadá, onde possuem familiares, porém, o seu pedido foi negado pelo Governo.
Sendo assim, para tentar salvar a família da guerra que está instaurada na Síria e já matou mais de 130 mil pessoas, o pai de Aylan se viu obrigado a tentar entrar na Europa de forma clandestina, assim como ele, fizeram outras inúmeras famílias ao longo desta guerra que já dura mais de 4 anos.Mas como mostra os noticiários e várias fontes na internet, somente o pai do menino sobreviveu, sua mãe e seu irmão mais velho faleceram, assim, como ele.
Portanto, para estas pessoas estarem fugindo do seu país, deixando a sua casa, o resto de seus familiares e tudo aquilo que construíram para tentar a vida em um lugar desconhecido, só pela esperança de ter uma vida melhor, sem guerra e sem tantas mortes, acredito que os países precisam abrir as suas portas para estes refugiados. A questão é não devemos procurar alguém para culpar, no caso do menino sírio, a culpa não é da Europa que negou asilo, mas caso tivesse aceitado essa família, tudo poderia ser diferente.
Então, apesar do desemprego, apesar da aglomeração de pessoas, da superlotação das cidades, devemos pensar primeiramente na vida do ser humano, daqueles que fogem da guerra como o Aylan, e passam por momentos de desespero e morrem sem ao menos saber o que estava acontecendo, e o que tinha feito para merecer aquilo, ficar perdido no mar com três anos de idade, sem encontrar o seu pai, a sua mãe ou o seu irmão.
Depois da grande repercussão que teve a morte de 12 sírios na costa da Turquia, marcada pela imagem de Aylan, a ONU convoca os países a assinarem tratado para receberem refugiados de guerra, países como a Alemanha, a Espanha e a França prometem receber vários refugiados em documento assinado.
Depois da grande repercussão que teve a morte de 12 sírios na costa da Turquia, marcada pela imagem de Aylan, a ONU convoca os países a assinarem tratado para receberem refugiados de guerra, países como a Alemanha, a Espanha e a França prometem receber vários refugiados em documento assinado.