Meu último texto, no ano que se finda.

Por Francisco Antônio Saraiva de Farias | 31/12/2012 | Crônicas

Meu último texto, no ano que se finda

 

31 de Dezembro de 2012.

6 horas.

Daqui mais 12 horas a luz do sol desaparecerá para sempre dos meus olhos, em 2012.

Então já posso afirmar que tudo está consumado?

Óbvio, que não!

Esse é um dos muitos mistérios, que o homem, mesmo na sua versão mais moderna... Não conseguiu desvendar. Parar o tempo!

O dia de hoje amanhã já era!...

Dele só restarão lembranças...

O homem mais poderoso do mundo não tem poder nenhum sobre o seu futuro...

A única certeza que tem é a de que toda vida caminha pra morte.

Mas disso a toda a humanidade foi dado conhecer!

Alguns até tentam, e conseguem vaidosamente, senão prolongar a vida, prolongar pelo menos o aspecto jovial, camuflando as rugas trazidas impiedosamente pelo tempo...

Postergando a morte, senão do todo, pelo menos de algumas células!...

Uns se dão por satisfeitos!

Outros violentam completamente a aparência original... Passando a viver como verdadeiros alienígenas!

Alguns poucos, pelo poder do dinheiro, conseguem garantir, na verdade comprar, a inclusão do seu corpo em uma cápsula gelada de laboratório, antes do último suspiro... Na esperança de que no futuro alguém consiga descobrir a cura para a sua doença, o controle definitivo sobre a morte.

Verdadeiros zumbis...  Esperançosos de atingirem a era dos cyborgs!

Não! 

Dessa água não beberei!

Fui tomado por cabeça e não por cauda!

Eterno aprendiz!

É isso que desejo continuar sendo e crendo que a fonte original, a fonte maior, tem nome, sempre teve: DEUS!

É dela que desejo continuar me abeberando em todos os anos da minha existência!

Eu e todos os meus irmãos! Assim clamo!

Na certeza de que não somos Rei, mas somos filhos!

QUE VENHA ENTÃO 2013!