Meu Primeiro Pet - Gatos

Por Rodrigo Seabra | 10/03/2016 | Saúde

Meu Primeiro Pet (Gatos)

Antes de tudo, é preciso ter em mente a responsabilidade de ter um animal de estimação, seja ele, gato, cachorro, papagaio ou um jabuti. Estes animais são uma VIDA e cada um deles acarreta necessidades características de sua espécie. Precisam de atenção e cuidados especiais que um dono de primeira viagem precisa estar a par para oferecer saúde e bem-estar para seu novo pet.

Neste texto, abordaremos os cuidados básicos de um gato e como lidar com esse animalzinho que é único e tão diferente de nós. Tais necessidades demandam tempo e custos adicionais com vacinação, alimentação, higiene, visitas ao veterinário, exames, brinquedos e outros itens importantes para o bem-estar do gatinho que está por vir.

Ao adotar um gato, você está tirando mais um animalzinho indefeso das ruas e dos perigos que o cercam, fazendo com que ele viva de 15, 20 ou até mais anos felizes, diferentemente de até no máximo 3 anos sofridos se fosse na rua. Você também pode estar dando a chance de ele sair de um lar temporário e abrigos de pessoas que ajudam estes animais e que, normalmente, tem muitos animais no mesmo local. Esses locais fazem com que eles não tenham a atenção que poderiam ter num ambiente onde tenha menos animais, para que os humanos deem mais atenção e carinho. Lares temporários são para serem apenas temporários, por isso, a necessidade de mais pessoas adotando-os.

Os gatos têm ar de mistério, são autoconfiantes e independentes. Eles conseguem combinar perfeitamente o senso de autonomia com a afeição ao dono, não sendo nunca submissos e, sim, amigos, parceiros, que nos tratam de igual para igual. Não quer dizer que não sejam obedientes e educados. Pelo contrário, gatos sempre tentam viver em harmonia com o dono, respeitando os limites e exigências. Tenha em mente de que imediatamente ao adquirir um gato, leve-o ao veterinário para realizar sua avaliação.

A expectativa de vida de um gato que vive dentro de casa, protegido e bem cuidado, pode chegar em média de 15 a 20 anos, mas, há muitos casos de gatos que vieram a morrer ainda mais velhos. Então, pense bem antes de adotar um novo gato pois, nesta decisão, você tem que ter em mente de que ele tem sentimentos e necessidades que vão exigir sua responsabilidade durante uma parte significativa da sua vida.

Além de ajudar estes gatinhos a terem uma vida com dignidade, amor e afeto familiar, você, como dono do felino, se sentirá mais calmo no dia-a-dia. Há diversos estudos que mostram que ter um gato, reduz o estresse e melhora a saúde do dono. O contato diário faz-se notar em pessoas que sofrem com doenças cardiovasculares, depressão e ansiedade. E, por causa disto, vários gatinhos são usados como terapia em diversas instituições de saúde e pacientes demonstram ter um grande avanço com a presença dos bichanos. Há milênios existem correntes de pensamentos que atribuem o gato a uma atração de vibração positiva na casa, onde melhora o astral dos moradores e simbolizam proteção.

Assim que o novo gatinho chegar no novo lar, ele começará a explorar cada centímetro do recinto. Então, muito cuidado ao leva-lo para a casa, para não ter nenhum objeto perfuro cortante ou qualquer outra coisa que possa machuca-los. Ao contrário do que muitos pensam, passeios podem fazer mal ao seu gatinho. Com estes passeios, eles entram em contato com outros gatos de rua e isto pode facilitar contagio de doenças, machucados de brigas. Também podem ocorrer atropelamento, maus-tratos de pessoas que não gostam de animais, sumiço do gato e até mesmo um alto risco de envenenamento por veneno de rato. Então, é necessário colocar telas em portões e janelas para que seu gatinho não esteja susceptível a estes acontecimentos e nunca os deixar sair.

Com a chegada do novo gato, é necessário fazer várias mudanças de costume da casa. Como o habito de usar venenos para matar ratos, baratas e formigas. Essas substâncias podem ser tóxicas ao gato e podem levar até a morte. Alguns tipos de plantas ornamentais também podem se tornar perigosas por serem tóxicas. É necessária uma pesquisa anterior para depois levar o novo gato para casa e assim não o prejudicar de alguma forma, evitando, também, surpresas.

Castração

Castração é assunto a ser falado pela sua alta importância na vida do animalzinho. A castração além da intenção de evitar uma reprodução indesejada, promove a saúde do animal fazendo com que evite uma série de doenças que obrigue a tratamentos e intervenções muitas vezes mais caras e mais invasivas que a própria esterilização. Além do mais, há um fenômeno de superpopulação de gatos domésticos no mundo e não há como cuidar e tratar de todos com o cuidado devido e apropriado. Fazendo isso, diminui a chance de ter novos gatinhos abandonados pelas ruas, precisando de amparo e atenção. Além de todos estes fatores, a castração deixa o gato mais dócil, fazendo com que ele fique mais carinhoso com o dono e com outros gatos. Em gatos machos, a castração evita de que ele fique tentando marcar território com sua urina.

Comportamento

Filhotes, estes acham que tudo ao seu redor é uma peça de entretenimento. Cortinas que balançam com o vento os intrigam e até mesmo paradas, são peças de escalação e estratégia. Fios elétricos e cordões são mastigados e objetos pendurados são brinquedos para assisti-los balançar para lá e para cá. Sofás e camas são alvos de renovação e amolação de unhas desde pequenos, mesmo que, meio desajeitados, se desequilibrando, mas, ainda assim, o fazem. Como dá para perceber, gatos não precisam de muito para se divertir. Uma simples caixa ou uma bolinha de papel no chão são suficientes para horas de diversão. Gatos também se intrigam com objetos que rastejam pelo chão como uma cobra e se movem lentamente, o dono pode pegar uma cordinha e sair arrastando pela casa que pode ter certeza que seu gatinho já estará intrigado correndo atrás da cordinha e renderá boas risadas e diversão com seu pet.

Um alerta: Imagine sempre se seu gatinho está em perigo realizando suas atividades que fazem parte de seu instinto animal, é preciso protege-los de perigos que eles não podem imaginar que existem, como por exemplo: um choque elétrico ao mastigar fios. Arranhadores também são dicas essenciais para que seu gato não amole suas garras em objetos. É aconselhado que o arranhador seja um pouco alto para que o gato consiga se espreguiçar enquanto amolam.

Outra mania muito interessante de gatos é a necessidade de marcar seu território com seu cheiro, apenas se esfregando nos lugares e objetos pertencentes ao ambiente. É normal que quando façam isso, voltem sempre a este lugar, por identificar seu cheiro e se sentir bem com isto. Nós, humanos, não conseguimos notar o cheiro que fica presente nestes objetos, mas, para eles, faz toda a diferença.

Gatos costumam dormir 18 horas por dia e estas horas ocorrem através de longos cochilos divididos durante o dia e a noite. Muitos gatos filhotes apreciam mais dormir dentro de objetos que simulem uma “toca” pois eles se sentem mais seguros lá. Porém, muitos gatos dormem em qualquer canto que couberem e muitas vezes em lugares inusitados como em alguns aparentemente desconfortáveis.

Gatos tem o instinto da caça mais aflorados no entardecer e no amanhecer. Por isto, muitos donos falam que seus gatos logo pela manhã já começam a pular pela casa, brincando com objetos escondidos e com seus brinquedos.

Caixa de Areia

Os gatos gostam de fazer suas necessidades em areias pois, lá eles podem cobrir e evitar que o cheiro saia pelo ar e outros predadores saibam que ele esteve por ali. Por causa deste instinto natural, os gatos precisam de caixas de areia sanitária e o ideal é que elas estejam em caixas de areia que sejam maiores que o gato e que tenha pelo menos 5cm de altura de areia. Os rejeitos devem ser retirados diariamente e a limpeza completa da caixinha de areia a cada 20 dias. Existem no mínimo 8 tipos de areia, fique de olho para ver qual tipo de areia é a mais adequada a você e a seu gato.

Alimentação

É recomendado não colocar comida e água perto da caixa de areia para não haver contaminação. Permaneça com a comida e a água no mesmo local sempre, para que o gato não tenha que procurar sempre que precisar. Ele saberá onde ir quando estiver com fome. Sempre coloque comida de duas a três vezes ao dia, dependendo do que o pacote de ração indicar. Não há necessidade de mais do que as vezes recomendadas. Esta quantidade de ração supre a necessidade diária do animal. Não exceda essa quantidade porque há o risco de eles ficarem obesos e terem problemas mais sérios futuramente.

Transporte

Gatos não gostam de sair de sua casa, não para muito longe de seu lar. Viagens, passeios na praia, não são uma boa pedida para eles. Eles se sentem muito ansiosos e estressados quando sob estas condições. Mas, há dias que é preciso levar para o veterinário para realização de consultas, vacinas ou até mesmo a castração. Neste caso, é preciso leva-los numa caixa de transporte para que eles não pulem, fujam, se machuquem ou machuque seu dono.

Vacinas

Os gatos precisam de vacinas, assim como nós, para adquirir certas imunidades. Então, é de extrema importância que eles sejam vacinados para que tenham bem-estar e saúde. As vacinas devem ser administradas em qualquer fase da vida do gato mas, quando se tratando de filhotes, é ainda mais necessário por seu sistema imunológico não estar completamente desenvolvido.

No geral, antes dos 45 dias de idade, eles não devem ser vacinados por ainda haver a imunidade que vem da amamentação da mãe. Se a mãe deste filhote não tinha sido vacinado, o médico veterinário poderá optar a pela antecipação da vacinação. Se tudo tiver certo, após os 45 dias, é extremamente necessária a vacinação e até que isto não ocorra, é preciso evitar o contato com outros gatos para que ele não adoeça.

A vacinação é aconselhada a ocorrer quando o gato está saudável porque o organismo dele ainda está muito fraco e a vacina não poderá ter o efeito esperado. A imunização ocorre para doenças como: Panleucopenia, Riotraqueíte, Calcivirose e Clamidiose. Na maioria das vezes a V4 (vacina quadrupla) é a usada para proteção dos felinos. Porém, em muitas cidades ainda existe apenas a V3 e a diferença entre elas está apenas na quantidade de antígenos presentes na formulação. São necessárias também a vacina anual da antirrábica. Por vezes, as vacinas podem causar reações. Pergunte ao médico veterinário sobre e fique atento a isso.

Vermifugação

Os filhotes e adultos devem sempre ser vermifugados mas, mais uma vez, vai uma atenção especial aos filhotes. É muito frequente que filhotes tenham vermes e caso não tratados, podem chegar a morte. Com um mês de idade já é possível de o gatinho ser vermifugado mas, é necessário ter um acompanhamento do médico veterinário para melhor julgamento do caso. No geral, a vermifugação deve ocorrer a cada cinco meses da vida do gato.