MÉTODOS DE ENSINO: experiências profissionais

Por Farai Estevão | 11/06/2011 | Educação

Introdução
Na busca duma boa qualificação profissional, na luta constante pela melhoria de qualidade de ensino, uma das trajectórias que os docentes com vocação seguem, é a investigação das melhores metodologias de ensino.
Nas nossas escolas, enfrentamos problemas da baixa qualidade de ensino. Assim para inverter este problema, cada interveniente da educação deve contribuir com o seu máximo. Eu como professor, contribuo através de boa leccionação das aulas, boa cooperação com os estudantes/alunos e pais e encarregados de educação.
Portanto, este folheto espelha sobre as experiências adquiridas nas metodologias de ensino no decurso da minha carreira de docência.
As informações aqui descritas, baseiam se nas experiências adquiridas enquanto formador na Escola de Professores do Futuro de Bié- Angola, e acompanhamento dos estudantes nas práticas pedagógicas, durante os anos "2007 /8". No outro lado, estas experiências conheceram mais influências no Instituto Superior de Educação e Tecnologia - ISET, enquanto estudante estagiário; observando a prática pedagógica e monitorando alguns programas de ensino na equipa de Formadores 2010, para além de Workshop de "Férias Comuns"- 400 escolas.
Na visão do autor, os métodos descritos neste livrinho, proporcionam aulas mais interactivas, onde o professor não seja o único a falar na sala de aulas, mas um mediador, que privilegia o método participativo durante as suas aulas, para permitir que os estudantes/alunos aprendam também com os seus próprios colegas.
Nota-se que o rácio alunos ronda os cerca de 60 alunos por professor em algumas províncias moçambicanas. Neste caso, torna muito difícil atender as peculiaridades individuais dos alunos, exigindo assim as metodologias activas, onde os alunos podem interagir e aprender cada vez mais entre eles.
Mas para que isso aconteça na sala de aula, o professor deve definir, duma maneira clara as metodologias adequadas.

Métodos de ensino

Método, etimologicamente quer dizer: caminho para chegar a um fim. É a maneira de guiar o pensamento, ou ainda acção para alcançar um objectivo.
Método de ensino é um conjunto de técnicas logicamente coordenados, para dirigir a aprendizagem do educando de que se serve o professor para levar o educando a elaborar conhecimentos (NERICI; 1991.p 192)
Libâneo, (2006; p150), método de ensino é um meio para alcançar objectivos gerais e específicos do ensino, ou seja, as acções a serem realizadas pelo professor e alunos para atingir objectivos dos conteúdos.
Assim, método é o procedimento regular, explícito e possível de repetir para alcançar um fim, seja ele material ou conceptual.
Finalmente, podemos definir método de ensino como conjunto de acções preparadas pelo professor no sentido de organizar as actividades de ensino, a fim de levar os educandos a construir ou adquirir novos conhecimentos dentro dos objectivos predefinidos.
Está claro, quando afirma-se que o método ou técnica de ensino, de modo geral, deve conduzir o educando, fazendo com que este, seja o agente da sua própria aprendizagem e não simples receptor de dados ou conteúdos e normas elaborados pelo professor "transmissor".
O método de ensino, na pedagogia moderna ou construtivista, deve criar oportunidades e condições de auto-educação do educando, isto é, autonomia e auto-confiança. O educando deve andar com as suas próprias pernas, usando a sua própria cabeça, como afirma Nerici.
Quando o professor escolhe um método de ensino, ele precisa levar em conta os objectivos e conteúdos da disciplina que irá ministrar as peculiaridades dos alunos, como também a criatividade. Nesse sentido, "a relação existente entre ensino e aprendizagem, concretizada pelas actividades do professor e alunos", está centrada no "eixo do processo de ensino, a relação cognitiva entre o aluno e a matéria", activando "as forças mentais dos alunos para a assimilação da matéria" (LIBÂNEO, 1994, p. 160).

Na Pedagogia moderna, surgiu uma nova teoria, construtivismo. Vamos aprofundar um pouco esta teoria, porque acho que ganhou um grande espaço na nossa Pedagogia.
Construtivismo, considera o processo da aprendizagem como um processo activo da construção de conhecimentos.
Uma das principais afirmações da teoria do construtivista é que os educandos não podem ser vistos como uma "tabula rasa" para preencher com novos conhecimentos a partir do processo do ensino. Eles chegam à escola já com grande bagagem de conhecimentos sobre o seu ambiente.
Assim, o construtivismo advoga a ideia de que qualquer conhecimento é construído com base no conhecimento já existente que é usado para interpretar os fenómenos e para construir um novo conhecimento. A aprendizagem é um processo activo que ocorre não só como resultado de transmissão do professor, mas pela interpretação activa por parte do educando.
Sendo assim, as estratégias do professor estarão centradas principalmente na iniciativa do educando, valorizando o conhecimento que ele já traz e avançando com ele na descoberta de novas formas de trabalho.
Assim afirma Piaget que, o desenvolvimento ocorre em função da actividade do sujeito em relação ao meio.
Onde queremos chegar com estas teorias? A ideia fundamental é de tirar a velha mentalidade pedagógica, em que o professor é visto como detentor do saber infalível e técnico de ensino. Ele é sim, o orientador, facilitador ou ainda o moderador, que conduz os educandos a busca de novos conhecimentos.
Dentre vários métodos e técnicas de ensino, destacam-se:

A. Método de trabalho em par

Este método consiste, basicamente, em distribuir temas de estudo iguais ou diferentes a pares "2 educandos" fixos ou variáveis, conforme a criactividade do professor. O método reúne múltiplas vantagens, na medida em que o professor conhece bem a classe, possibilitando-lhe a formação de pares, de acordo com as potencialidades ou capacidades dos alunos, podendo assim equilibrar.
Na formação de pares, o professor deve evitar que haja pare mais fortes ou fracos, porque o objectivo principal é permitir que todos opinem e aprendam algo novo.
O método possibilita mais intercâmbio intelectual, porque se um cala, então não há conversa. O método em si, suscita debate.
O professor passa nos pares de trabalho para esclarecer alguns assuntos e avaliar o nível de debate.
No fim do trabalho, verifiquei que todos os educandos estavam em altura de desenvolver o tema e formular exemplos práticos. Este método, incentiva mais os educandos fracos no trabalho.
As dificuldades encontradas, é aquando da formação de pares, porque normalmente os educandos mais aptos gostam de trabalhar entre eles, por isso tive que ser forte e equilibrar os pares, partindo do conhecimento prévio acerca da classe.


B. Método de elaboração conjunta

Este método consiste na interacção activa entre o professor e os educandos; isto é, conversação didáctica, onde o professor através dos conhecimentos e experiências que possui, leva os educandos a se aproximar gradativamente da organização lógica dos conhecimentos.
Achamos que a forma mais adequada na aplicação do método, é a pergunta, tanto do professor quanto dos educandos. Aconselha-se que a pergunta seja bem formulada, para a sua fácil compreensão.
Com este método, a sala torna a verdadeira construtivista, como esquematizada anteriormente.

C. Método de trabalho em grupo
Este método, consiste na dinâmica de grupo, dá ênfase a interacção e cooperação de educandos, levando-os a enfrentar tarefas de estudo em conjunto.
É bom esclarecer que a formação de grupo de estudo, obedeceu a regra geral, isto é por, indicação do professor, sendo de 3 -5 alunos, garantindo que não haja grupos mais fortes e outros fracos. A ideia principal é de misturar os educandos nos grupos de estudo, de acordo com diferentes rendimentos escolares.
Cada grupo teve um responsável, através da livre escolha dos membros do grupo.
Os resultados deste método são muito positivos, uma vez que permite a cooperação dos membros do grupo, isto é, estimulam a circulação de ideias, informações e sugestões, onde cada educando opina livremente e os elementos do grupo analisam e interagem.
A Filosofia deste método baseou-se no seguinte: "O homem é um ser social, que depende em grande parte do próximo para desenvolver na prática, as suas possibilidades".

D. Método recíproco
Este método consiste no professor encaminhar os educandos mais fortes "monitores" a ensinar os colegas. Este método foi aplicado tantas as vezes. Devidas as turmas numerosas, era muito difícil atender as peculiaridades individuais de cada educando durante o curso. Assim, criou-se as possibilidades extraordinárias, para que depois de cada curso ministrado, os monitores, juntavam-se em pequenos grupos de colegas, que não tenha entendido melhor ou participado no curso, dando pequenas explicações, debates e muito mais.
Este método, funcionou bem no 4º período da EPF (10ª+ 2 ½) " Práticas Pedagógicas", onde os estudantes discutiam assuntos pertinentes acerca dos métodos activos durante a planificação de aulas, com vista a melhoria de aprendizagem das crianças. Os educandos tem a possibilidade de ajudar um a outro, e melhorar a qualidade de aprendizagem. No fim do período, observou-se no seio de estudantes, o aumento considerável de estudantes que podiam monitorar os outros.

E. Método de concentração
Este método, podemos chamá-lo também de "Método por Época". Consiste em converter, por um período, uma disciplina em principal, funcionando as outras como auxiliares. Pela escassez de professores na EPF Bié, nos anos 2007 e 2008, o que tornava difícil leccionar duas ou mais disciplinas pelo mesmo formador no mesmo dia ou semana. De um lado dificultava a planificação e do outro a qualidade de ensino, notando também a interferência dos conteúdos nos estudantes. Assim houve uma semana de: O Mundo em que Vivemos, Economia, Inglês, etc. Este método, para além de proporcionar uma maior concentração por parte dos estudantes, também possibilita a melhor planificação de cursos e qualificação de estudos por fases.

F. Método de trabalho independente
Esse método consiste na aplicação de tarefas para serem resolvidas de forma independente pelos alunos, porém dirigidas e orientadas pelo professor.
Devido a sua maior importância na actividade mental, reflexão crítica, estudo individual, etc., usei tantas as vezes com os meus estudantes.
No princípio este método foi um pouco difícil devido a falta de clareza das actividades que orientava aos estudantes. Muitos não faziam perfeitamente as tarefas, alegando-se em muitos motivos.
Mas depois de investigar bem algumas regras acerca da aplicação do método, que são: clareza nas tarefas; assegurar as condições de trabalho; a tarefa deve estar ao nível de conhecimento dos estudantes, etc.
Portanto, este método trás muitos êxitos. As tarefas eram nas dirigidas e orientadas individualmente, para a sua posterior apresentação na turma. Os estudantes ficavam mais activos e confiantes nos conteúdos que pesquisavam. Para além de servir de reflexão crítica, o método cria possibilidades aos estudantes de auto-avaliação, a partir do trabalho que realizam, consequentemente, a tomada de decisão.

G. Método individualizado
É a modalidade que orienta o educando a estudar com base nas suas reais possibilidades, dentro do seu próprio ritmo de trabalho. Este método aplica-se fora do trabalho normal da classe. O método individualizado, visa, também atender as condições pessoais de formação de cada educando.
Este método, apliquei tantas as vezes com os meus estudantes, especialmente aqueles que apresentavam algumas fraquezas na assimilação da matéria. Este tipo de estudante, não tem a capacidade flexível de assimilação da matéria.
Primeiro, dirigia os trabalhos ao longo da semana, e nos fins-de-semana, dava possibilidades extraordinárias para que eles pudessem apresentar as dificuldades encontradas ao longo dos seus estudos


H. Método de exposição pelo professor ou método de ensino colectivo
A modalidade deste método, consiste na apresentação ou demonstração de conhecimentos, habilidades e tarefas pelo professor. A exposição é um dos métodos mais antigos.
Este método tem uma ampla aplicação no ensino de quase todas as disciplinas, mas com maior enfoque no ensino de Ciências Sociais. Consiste na exposição oral por parte do professor, do conteúdo programático referente a uma aula. É o método mais usados em nossas escolas e menos aconselhável porque o seu uso não adequado, representa no entanto grande mal para o ensino. Entre as formas de exposição temos: exposição verbal, a demonstração, a ilustração e exemplificação.
A exposição deve constar das seguintes partes:
a) Apresentação do assunto ou tema;
b) Desenvolvimento em partes lógicas do assunto ou tema;
c) Síntese do exposto;
d) Extracção de conclusões ou formulação de críticas;
Este método, apliquei tantas as vezes, na disciplina de Mundo em que vivemos, na EPF. Nesta disciplina, aborda-se questões de interesse universal. Assim sendo, eu devia aplicar este método para facilitar a aquisição de conhecimentos. Por exemplo, quando abordasse sobre as Grandes guerras mundiais, crise mundial, conflitos no médio oriental, etc. Estes conteúdos, precisam de uma descrição cronológica, que através de estudo dirigido aos estudantes, pode não surtir efeitos positivos.
A exposição não deve ser muito prolongado ou melhor, deve sofrer interrupções constantes, para serem introduzidos outros recursos didácticos. Não deve passar no máximo 10 minutos, sem que haja pequeno interrogatório, apresentação de material didáctico ou consignação de esquemas no quadro.
Ele é um método que adequadamente utilizado, pode apresentar óptimos resultados.

I. Método ocasional
Quando se fala deste método, recordo me do primeiro ano e meses enquanto professor, assumindo a responsabilidade inteira duma turma da 2ª classe na EP1- 1 de Junho, em Sussundenga.
Este método, consiste em aproveitar a motivação do momento, bem como acontecimentos relevantes do meio. São as questões dos alunos e as ocorrências do momento presente que orientam os assuntos da aula. Este método é basicamente recomendável porque os alunos a partir das suas vontades, desejos, seleccionam o que querem aprender.
Salientar que este método é mais usado para as escolas do 1º grau (classes iniciais), onde o professor pode tratar do assunto não programado, mas de grande relevância para as crianças.
Por exemplo, cheguei na sala de aula, enquanto as crianças lutavam, outras a aplaudirem, para além de bater e subir nas carteiras. Neste contexto, depois de acudir as crianças e acalmá-los, contar pequenas histórias sobre dois meninos que lutavam sempre, e as consequências negativas que podem advir.
Gastei mais tempo, a falar deste assunto, também da violência doméstica, que são exemplos práticos dos alunos.
Este método gera boas aprendizagens, quando o professor o aplica com eficiência. O exemplo prático de lixo nas nossas escolas. A direcção da aprendizagem, pode ser através do método ocasional.

J. Método Heurístico (do grego heurisko ou ευρίσκω, literalmente = "eu encontro, descubro" ou "acho").
Este método, consiste em o professor interessar o aluno em "compreender antes de fixar", implicando justificativas lógicas e teóricas que podem ser apresentados pelo professor ou pesquisadas pelo aluno, sendo-lhe permitido discordar ou exigir justificativas para que o assunto seja aceite como verdadeiro.
A heurística é um conjunto de regras e métodos que conduzem à descoberta e à resolução de problemas.
Ele visa favorecer o acesso a novos desenvolvimentos teóricos ou descobertas empíricas. Um método de aproximação das soluções dos problemas, que não segue um percurso claro mas se baseia na intuição e nas circunstâncias a fim de gerar conhecimento novo.

Algumas abordagens sobre o método
 Se não puder compreender um problema, monte um esquema;
 Se não puder encontrar a solução, tente fazer um mecanismo inverso para tentar chegar à solução;
 Se o problema for abstracto, tente propor o mesmo problema num exemplo concreto;
 Tente abordar primeiro um problema mais geral (o paradoxo do inventor: o propósito mais ambicioso é o que tem mais possibilidade de sucesso).
Apliquei este método, no ensino da disciplina de Sociologia, através da distribuição de temas aos pequenos grupos de estudantes. Eles foram as comunidades e investigar junto com os mais velhos e outras pessoas experientes na matéria.
No fim, notava que, os estudantes traziam muitos conhecimentos, embora empíricos, mas serviam de suporte do conhecimento científico.
Este método, é muito bom, porque deixa a inteira responsabilidade de estudos aos estudantes, e ele descobre a essência dos factos através da sua própria investigação.
K. Debate
Consiste na apresentação de um tema por meio de debate. O professor ou orientador, apresenta um tema aos estudantes. Os alunos/estudantes analisam e apresentam os diferentes pontos de vistas sobre o tema. O papel do professor ou orientador é de moderar o debate e dar algumas considerações que acha mais pertinentes sobre o tema.
O professor deve ter muita atenção na altura de debate porque a defesa de ideias contrárias pelos estudantes pode ser polémica, acabando por discutir questões não relevantes sobre o tema e desviando assim do assunto. Ainda pode haver o boicote do debate, se o professor não tiver um bom domínio da classe.
Este método, é muito produtivo quando o professor incentiva a participação de todos, defendendo opiniões diferentes. Os estudantes analisam, reflectem e participam activamente no debate.


L. Seminário
Este método consiste em orientar ou distribuir tema ou capítulos aos estudantes, que individualmente ou em micro grupo preparam-se para a apresentação a classe.
O seminário é uma forma de trabalho em grupo, muito utilizada no ensino médio e nos Institutos Superiores ou Universidades. Como técnica de ensino socializante "se constrói com base no ensino com pesquisa, realizado em subgrupos, e no debate dos aspectos investigados, de maneira integrada ou complementar, sob a coordenação do professor". Um grupo de alunos recebe a incumbência de apresentar para a classe, em data previamente determinada, um tema a ser pesquisado ou uma síntese de um capítulo de livro ou ainda "grupo de estudos em que se discute e se debate um ou mais temas apresentados por um ou vários alunos, sob a orientação do professor responsável pela disciplina ou curso. Os alunos/estudantes fazem uma "exposição", explicando um tema ou assunto pré-determinado, onde poderá ocorrer o debate ou discussão dos principais pontos encontrados pela turma.
Para que ocorra uma boa utilização deste método, se faz necessário que o professor dê informações sobre o tema proposto para o seminário antes da data marcada para sua realização, dando também aos grupos temas mais específicos, fazendo-os assimilar melhor o assunto. Ainda sobre a qualidade do seminário, o professor deve ter voz activa durante o acontecimento do trabalho, pois além de precisar coordenar os grupos, também deve incentivar a participação de toda a turma na discussão do tema proposto.
Ao longo dos meus cursos, notei que, com este método contribui positivamente na construção da autonomia do estudante, pois desenvolve habilidades de pesquisa e selecção do bom material para os seus estudos. Para além de adquirir conhecimentos relacionados com o tema, eles descobrem mais assuntos importantes na altura da selecção da matéria. Na argumentação oral, os estudantes ganham coragem e confiança naquilo que sabe. Eles desenvolvem capacidades de argumentação científica sob ponto de vista de vários autores pesquisados.
Partindo na ideia da Pedagogia Moderna, que exige o envolvimento activo do aluno no processo de ensino e aprendizagem, este método reúne múltiplas vantagens, na medida em que provoca a discussão e o debate em uma turma. Com este método, a aula é mais atractiva e envolvente, buscando assim que os estudantes tenham a reflexão, interesse, comunicação, sociabilidade, cooperação, autonomia, criatividade, envolvimento e senso crítico


M. Método analítico
Este método implica a análise, do grego analysis, que significa decomposição, isto é, separação de um todo em suas partes ou em seus elementos constitutivos. Este método baseia-se na concepção de que, para compreender um fenómeno, é preciso conhecer-lhe as partes que o constituem.
Este método tem maior impacto quando aplicado nas aulas/cursos de Didáctica de Língua Portuguesa, sobre introdução de letras ou ensino de vogais.
Este método se decompõe em:
1. Palavração: diz respeito ao estudo de palavras, sem decompô-las, imediatamente, em sílabas; assim, quando as crianças conhecem determinadas palavras, e proposto que componham pequenos textos;
2. Sentenciação: formam-se as orações de acordo com os interesses dominantes da sala. Depois de exposta uma oração, essa vai ser decomposta em palavras, depois em sílabas;
3. Conto: a ideia fundamental aqui é fazer com que a criança entenda que ler é descobrir o que esta escrito. Da mesma maneira que as modalidades anteriores, pretendia-se decompor pequenas historias em partes cada vez menores: orações, expressões, palavras e sílabas.

Exemplo. Na alfabetização, o método analítico parte da frase para chegar a um conhecimento das letras, passando pelas palavras e sílabas. Quando se chegar ao domínio das letras que formam as palavras, partindo, no entanto, das frases as palavras, uma pessoa estará alfabetizada. É um método que separa as partes do todo, sem destruí-lo, para melhor conhecê-lo. Este método é mais aplicado no ensino da Língua Portuguesa.

N. Método Sintético
Este método, implica a síntese, do grego synthesis, que significa reunião, isto é; união de elementos para formar um todo. Os fenómenos não são estudados a partir de como se apresentam, mas a partir dos seus elementos constitutivos, em marcha progressiva até chegar ao todo, ao fenómeno.
Exemplo. Na alfabetização, parte se das letras. A reunião delas formará sílabas; a reunião de sílabas formará palavras, e a reunião destas, por sua vez formará frases. Este método é mais aplicado no ensino da Língua Portuguesa.


O. Método dedutivo
Consiste na transição do assunto, do mais difícil para o fácil. É quando o assunto estudado procede do geral para o particular. O processo apresenta conceitos ou princípios, definições ou afirmações, dos quais vão sendo extraídas, conclusões ou consequências. A técnica de exposição geralmente segue o caminho da dedução, porque quase sempre é o professor quem apresenta conclusões. Este método é mais aplicado no ensino de Matemática.

P. Método indutivo
Consiste na transição do assunto, do fácil para o difícil. É quando o assunto estudado é apresentado por meio de casos particulares, sugerindo-se que se descubra o princípio geral que rege os mesmos. A técnica de redescoberta inspira-se na indução.
Muitos pedagogos consideram que este método deve ser empregado no ensino das ciências, sem dúvida, ele tem livre-trânsito, e com vantagens indiscutíveis, no ensino de todas as disciplinas. Este método com a participação dos alunos, é um método activo por excelência.





Referências bibliográfica
LIBÂNEO, José Carlos (2006), Didáctica, SP, Brasil
NERICI, Imédeo G. (1991), Introdução a Didáctica Geral, 16ª edição ? SP, Brasil
QUIST, Dawn (2007), Métodos de Ensino Primário ? Manuel do Professor, Maputo, Moçambique.
http://www.grupoempresarial.adm.br 19/1/2006 12:40:36