Metodologias Educacionais :Expositiva e tradicional
Por VILMA ALVES TOLENTINO | 02/01/2017 | EducaçãoOs primeiros anos de Ensino Fundamental são importantíssimos na vida escolar da criança, é na etapa de alfabetização que ela ultrapassa o domínio do código da escrita e passa a revelar o mundo da escrita e da leitura, sendo estas necessárias em toda a sua vida. Diante disto, anseia-se que o professor seja facilitador em sala de aula e não um obstáculo nesta importante fase escolar da criança.
No método tradicional, o professor era o único detentor do saber, só ele tinha razão e o aluno era visto como aquele que não tinha conhecimento, todavia graças aos estudos e pesquisas de vários autores renomados da área educacional, como também de profissionais anônimos, hoje se tem outra concepção de professor, que interage e aprende com seus alunos.
[...] continuar preso a um modelo de transmissão de conhecimento com aulas meramente expositivas, pressupondo um aluno passivo cujo papel na escola é de mero receptor de conhecimento que depois lhe serão cobrados nas avaliações não contribui para construção de sujeito críticos e autônomos. [...] ao promover o diálogo e a reflexão em aulas criativas e dinâmicas, professores e professoras poderão obter maior admiração por parte dos estudantes (AQUINO, 1999, p.45).
O método tradicional de ensino é muito criticado em razão de defender e acreditar que a aprendizagem acontece por meio da repetição e da memorização. Cabe aqui abrir espaço para refletir que, apesar deste método ser inadequado, as gerações anteriores também se alfabetizou e mesmo tendo recebido uma educação tradicional, hoje alguns são pessoas que trabalham eficientemente e participam do meio em que vivem. Porém a questão em estudo é a contribuição das metodologias educacionais para que a aprendizagem não aconteça mais de forma traumática, mas que se efetive com prazer e significado, melhorando a atuação das nossas escolas perante a sociedade. Atualmente é possível encontrar um ensino no qual o professor apenas transmite conhecimento de maneira pronta e repetitiva, cabe aos educadores comprometidos com sua função, realizar uma prática pedagógica diferenciada, superando a educação tradicional. O ensino passivo chegou a ser aceito em determinada época, mas hoje diante dos avanços e transformações do mundo contemporâneo, este ensino não é mais aceito, gerando discursões e análises em sua volta.
Mas, nenhuma nem outra dessas formas de aprendizagem podem hoje dar conta dos tempos mudados, tempos em que não mais se sustentam nem a imutabilidade das estruturas de significados, nem a excessiva fragmentação delas na negação de quaisquer possibilidades de entendimentos entre os homens (MARQUES, p. 144).
O professor tem grande participação no desenvolvimento do aluno, pois as concepções que tem de aprendizagem e de ensino norteiam seu planejamento, suas atitudes e sua posição em sala de aula, refletindo na produção de conhecimentos do aluno. Quando o professor adota a metodologia expositiva, põe-se no dever de transmitir e expor para os alunos todo conhecimento que ele possui, e passa a ver o aluno como depósito de informações. Sente-se ofendido e incomodado quando os alunos o questionam, pois o que lhe interessa é passar o conteúdo programado, sem preocupar-se com as dúvidas e interesses da classe. A metodologia expositiva faz com que o professor não veja o aluno como um ser capaz de criar seus próprios conceitos, sufocando suas potencialidades e com esta posição acredita que o conhecimento acontece apenas em função da ação do professor. Esta metodologia apresenta indícios de que a aprendizagem é dificultada, pois impossibilita a interação entre o sujeito, contando com o material concreto, as relações afetivas e ainda não considera o meio e a bagagem cultural do aluno. Como possível resultado da educação tradicional expositiva, tem-se probabilidade a formação de um homem pouco crítico e pensante em seu meio, sujeitando-se a dominação e aceitação da realidade e dos fatos a sua volta. Quando a metodologia expositiva é utilizada, e surgem dificuldades, estas são ditas como “culpa” do aluno, pois alguns alunos até decoram o conteúdo e serve de modelo para os que não chegam a aprender/decorar. Esta situação traz comodidade ao professor, pois se alguns aprendem, o problema está no aluno que não presta atenção e não copia o conteúdo. Este professor não avalia sua prática, pois aula desenvolve-se na base da "decoreba", exigindo que o aluno repita aquilo que ele transmitiu. Preocupado em cumprir seu planejamento e vencer o conteúdo, o professor não desafia o aluno a refletir para chegar ao conhecimento e acaba dando tudo pronto, sem criar situações que estimulem o pensar da do educando . A metologia Tradicional não oferece ao aluno a oportunidade de produzir seus conhecimentos , inibindo o desejo de aprender, tornando as aulas bitoladas, massacrante e sem sem sentido.