Análise Crítica das páginas 67 a 110, do Livro Metodologia do Ensino de Geografia Maria Eneida Fantin Neusa Maria Tauscbeck
Por Edineia Pereira Costa | 25/02/2021 | EducaçãoUniversidade Estadual do Maranhão
Programa Ensinar
Polo Governador Nunes Freire
Disciplina: Fundamentos e Metodologia do Ensino de Geografia
Professor: Vilmar Martins da Silva Alunas: Edineia Pereira Costa e Rassielly Rodrigues da Silva
Análise Crítica das páginas 67 a 110, do Livro Metodologia do Ensino de Geografia Maria Eneida Fantin Neusa Maria Tauscbeck
A análise mais detida deste capítulo, segundo as autoras será em geral O ensino da Geografia e da formação de conceitos, para um melhor entendimento da mesma. O texto chama a atenção do leitor para o discurso em torno do objeto da Geografia, posto que na realidade, o corpus de uma disciplina é subordinado ao objeto e não ao contrário. É considerável dizer que o espaço geográfico é o objeto de estudo da Geografia, e fazer a leitura deste espaço requer uma compreensão das mudanças ocorridas historicamente dentro deste contexto. O processo de globalização tem sido apontado como uma das principais características da contemporaneidade tratando se de um processo complexo, diverso, e que envolve, mesmo que de modo diferente uma gama de contextualização, e que passa a implicar em processos de justiça social, maior aproximação entre os desempenhos sociais e econômicos do mundo. O espaço geográfico pode ser analisado em escala micro que passam a auxiliar uma reflexão sobre as possibilidades sobre as possibilidades dos estudos em escala macro, voltar para uma melhor compreensão metodológica adequada para o ensino de crianças, pois este ao contextualizar o espaço que se pede a uma criança a fazer análise de suas salas de aula, do seu entorno, passa a ser exemplo para uma reflexão sobre o espaço distante, e que exige abstração. O lugar deve ser referência constante, levado a diálogo constante com os temas, mediando a interlocução, o aluno como sujeito do processo de aprendizagem. Ao estudar o lugar, pode-se atribuir maior sentido ao que é estudado, permitindo que se se faça relação entre a realidade e os conteúdos escolares. Percebe-se que há então uma importância da clareza sobre a articulação entre os saberes, sobre lugares em que se vive e os princípios teóricos e instrumental conceitual para pensar esses lugares. Por isso, os núcleos conceituais devem estar presentes dentro do processo de ensino. O texto faz ressalva sobre a visão conceitual da Geografia crítica, 10 prendendo os autores está filiação marxista economicista radical, procurando se fazer análises de outros conceitos elaborados por outras correntes da Geografia, para uma melhor reflexão do espaço geográfico atual sem perder a perspectiva largo do argumento crítico para esta. Dezessete núcleos conceituais podem ser visitados se analisados para se promover estratégias, que melhor garantam o interesse e a participação do aluno, deixando de lado um pouco o estilo tradicional, onde o aprendizado se dá pela repetição do conteúdo, para expandir o aprendizado através da observação e participação não no que diz respeito aos conteúdos escolares. Por tanto, para que esse interesse realmente se faça presente é necessário se pensar em uma abordagem interdisciplinar para o enfoque geográfico, sem esquecer que a geografia está presente nos conhecimentos, práticas, e habilidades humanas, mobilizados na vida diária observando que o sentido desta disciplina não se estagnou, está evoluído associado aos progressos das técnicas, às interações de lugares e as mudanças da razão científica. Para se pensar em abordagem interdisciplinar será necessário primeiro superar a abordagem dicotômica de seu objeto, ou seja, olhar e ler o espaço geográfico como objeto de infinitas possibilidades, observar as interfaces deste para um estudo entre diversas disciplinas, possibilitando uma articulação dialética entre escalas locais e global na construção dos raciocínios espaciais complexos, como se requer hoje para o entendimento da realidade. Essa superação implica abordar o lugar de vivência imediata das crianças (casa, bairro, escola e seus elementos afetivos, subjetivo, empíricos) e, ao mesmo tempo, trabalhar, desde o primeiro ano, a ideia de que a configuração dos espaços que ela vivencia tem a ver também com a produção de espaços maiores (da cidade, do Estado ou do País, ou de outros países). Garantindo esta leitura capacitada às crianças, podemos enfim dizer que estás estarão passando pelo processo de alfabetização cartográfica, estas adquirem habilidades de representação do mundo visível, objetivos e subjetivos que não os limitam a um simples mapeamento e localização objetiva e fixa dos objetos. Aqui destacamos, nesse sentido, os mapas mentais, como construção simbólica, imensas em ambientes sociais, especiais e históricas que referenciam elaborações singulares. No processo de alfabetização cartográfica aparece não apenas como técnica ou tópico de conteúdo, mas como linguagem que dá sentindo a comunicação, dos códigos, símbolos e signos, fazendo com que o ensino leve por um lado o aluno a avaliar as limitações das representações espaciais, por outro, leva ló a entender que com base nesse conhecimento, ele pode orientar se melhor nos diferentes deslocamentos diários ocasionais. Na representação dos diferentes espaços, trabalhar a lateralidade com as crianças é de suma importância assim como as noções espaciais, desenvolvendo o raciocínio cartográfico das mesmas. Na escola, só é curioso nos interessarmos pelos mapas se tivermos noção e interpretação do que está ali representado. Mapas são representações gráficas em escala reduzida, da superfície total ou parcial da terra, de uma região, da esfera celeste, enfim, o mapa é a representação real do que é espaço. É preciso orientar a percepção das formas e tamanhos do que se observa, além do conhecimento dos variados códigos que são simbolizados e distribuídos por legendas. É possível uma compreensão do espaço ao longo das noções topológicas, euclidianas e projetivas. Sendo assim, o profissional da educação deve trabalhar com a noção de espaço geográfico por meio de diversos instrumentos, tais como; o globo, mapas e incluindo seu espaço de convívio, que é a própria sala de aula da criança, ou até mesmo no trajeto de sua casa até a escola e sua sala de aula. O texto, na página 92, desenvolve quatro objetivos; o que mais nos chamou a atenção foi o terceiro objetivo, que diz: “desenhar, por meio da observação atenta da maquete, a planta baixa da sala de aula, realizando a passagem da tridimensionalidade para a bidimensionalidade, da visão lateral para a vertical”. Pois lateralidade é uma questão que não se é trabalhada frequentemente, hoje em dia é possível observar em algumas pessoas a dificuldade de identificar o que é esquerda, direita, enfim, o professor deve praticar com seus alunos desde a infância até a fase adulta, na própria universidade mesmo. Trabalhar as noções de formas e espaços também não há tempo nem idade, as janelas, as portas, os quadros cartazes, o tamanho da sala de aula, essa pratica pode ser desenvolvida e realizada em maquetes, o professor deve e pode explorar a criatividade de seus alunos, as noções espaciais topológicas elementares que são: dentro, fora, ao lado, na frente, atrás, perto, longe etc. Podendo também ser trabalhada as noções de direita e esquerda que é o caso da lateralidade, orientando através do próprio corpo, com os braços. Para que a criança represente o entorno da escola é preciso que o professor faça todo um trabalho prévio, que seja uma teoria pratica na qual em sala de aula ele explicará a importância da observação. O professor deve despertar o interesse, a curiosidade e a atenção de seus alunos sobre o que está sendo observado, direcionando também para a leitura dos códigos criado pelo homem como forma de orientação do espaço para facilitar o deslocamento. Em relação a abordagem do ensino da Geografia, o texto conta com o apoio do autor Vasconcelos, que diz que o encaminhamento metodológico para gerar um bom conteúdo ou unidade de estudo deve contemplar três momentos, a mobilização para o conhecimento, a construção do conhecimento e a expressão da síntese do conhecimento. Nessa construção do conhecimento o aluno deve ter oportunidades de pensar, refletir, questionar, problematizar o objeto de estudo com uma postura pedagógica através de sua expressão oral. Para o ensino da Geografia é de conhecimento metodológico que os alunos sejam capazes de elaborar perguntas para então poder buscar possíveis respostas e intervenções de nossa realidade com indicações e sugestões sobre recursos metodológicos para o ensino da Geografia, onde existem muitos materiais de apoio, como livros, artigos e periódicos relacionados a educação. Contudo, o professor faz todo um planejamento, pensa em recursos para enriquecer suas aulas e torná-las mais interessantes, para a noção de espaço e alfabetização cartográfica o recurso mais utilizado são as maquetes, outros possíveis métodos que podem também ser utilizados são as aulas de campo, que são bastante interessantes e chamadas de ensino do meio, visitas urbanas e rurais para uma melhor observação da paisagem. Assim os alunos saem do ambiente escolar para a organização espacial.