MERCADOS MUNDIAIS
Por Welinton Santos | 28/01/2009 | EconomiaMERCADOS MUNDIAIS
Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo
Os empresários no mundo todo estão com receio de investir em ampliação e atualização do parque produtivo, isto provoca uma desaceleração no nível de investimento com conseqüências no nível de emprego.
Enquanto os governos estiverem liberando recursos para recuperar a economia, os empresários não investirão além do necessário em cada célula de negócio. As intervenções governamentais provocam desconfiança no mercado e oscilações diárias frente a cada notícia neste mundo on-line.
O baixo volume de estoque do mercado global necessita ser reposto, o que deverá reverter parte da recessão tão anunciada, mas, em alguns países que estavam eufóricos com o crescimento, um alerta: “Parte das soluções anunciadas pelos governos inflam a bolha de crédito e protegem o mercado de ações, muitas medidas são apenas paliativas de outros reflexos que tendem a incerteza”.
O preço do barril de petróleo no longo prazo aumentará consideravelmente, visto o volume de queda de investimento no setor que refletirá sobre 2009, as oscilações deste mercado em que o Barril no ano passado foi negociado a US$ 157 e caindo para US$ 33 o barril, mostram de um lado o exagero da especulação e na outra ponta, valor abaixo do custo total de produção. Esta volatilidade tenderá a diminuir neste ano, com tendência leve alta que podem refletir no mercado interno de alguns países.
O desemprego no setor financeiro mundial no último trimestre ultrapassou a casa dos 246.000 postos de trabalhos fechados. O desemprego no seguimento de finanças será alto na Europa, em virtude da desconfiança do sistema financeiro pelos europeus. Outro mercado com grande recessão financeira é o do Japão, com volume enorme de saída de capitais de investidores internacionais nas bolsas de valores daquele país.
As incorporadoras imobiliárias inglesas necessitam de aporte de US$ 20 bilhões para pagar os compromissos assumidos em 2008. O governo inglês irá investir US$ 30 bilhões em empresas de médio porte para aumento de crédito e produção, sendo que metade dos recursos será para os bancos e a outra metade como garantias de crédito para impulsionar a economia britânica e estudam novas propostas para amenizar os efeitos da crise.
O governo alemão anunciou uma série de medidas esta semana para diminuir o impacto nos setores produtivos de sua economia, o aumento de 1,3% do PIB em 2008, mostra uma retração do mercado alemão, com vários problemas estruturais e sendo esta a maior economia da Europa afeta toda a região.
A China já é a 3ª maior economia mundial ultrapassando a Alemanha.
Queda nas bolsas da Europa nesta primeira semana, com inverso nos mercados emergentes.
A futura Secretária de Estado dos EUA - Hillary Clinton, falou ao senado americano que a recuperação da economia americana dependerá dos países emergentes como o Brasil, Índia, China e Indonésia.
O aumento no valor das commodities nesta semana, mostra de forma clara a necessidade de consumo destes produtos no mercado internacional e força o aumento do preço das ações deste seguimento, independente de qualquer projeção pessimista do mercado mundial em qualquer parte do mundo.
O Deutsche Bank da Alemanha fecha o 4º trimestre com prejuízo de US$ 6,3 bilhões, isto pode provocar uma queda ainda maior do valor das ações daquele banco.
O Brasil mostra mais solidez que muitos países, conforme comentários internacionais, o país já é o 2º em preferência de investimentos imobiliários, um dos primeiros no interesse de futuras rotas de investimentos internacionais, cabe ao governo brasileiro fazer a sua parte e ficar atento aos contratempos do mercado nacional, incentivando principalmente o emprego, o crédito e a gestão responsável de suas finanças. Estabelecer novas linhas de créditos a tecnologia e desenvolvimento, infra-estrutura, agricultura, construção civil e a cadeia produtiva automotiva, provocará efeito positivo na economia brasileira.