MEDICAÇÃO INTRACANAL

Por TCC PUBLICAÇÃO SEGURANÇA | 25/06/2013 | Saúde

UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAIBA

 

 

 

 

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM

ENDODONTIA

 

 

 

 

 

 

 

MEDICAÇÃO INTRACANAL

 

 

 

 

ANDRESSA DOS SANTOS MESSIANO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SÃO PAULO - SP

2013

 

 

RESUMO

 

 

O tratamento endodontico têm como um de seus objetivos primordiais a eliminação das bactérias, as quais, geralmente vem associadas com o surgimento de lesões periapicais. Desse modo, o emprego de medicação intracanal visa minimizar os microrganismos, ali sobreviventes, buscando ceder elementos que possibilitem uma restauração plena dos tecidos bucais. O presente estudo tem por objetivo ceder revisão bibliográfica, concisa, sobre os diferentes tipos de medicação intracanal disponíveis, especificando os mais usuais em clínica odontológica. Como metodologia foi utilizada revisão bibliográfica aprofundada, a qual incluindo análise crítica, interpretação literária e compreensão de textos selecionados referentes ao tema “Medicação intracanal”. Com o presente estudo se conclui que a medicação intracanal é extremamente importante para o total sucesso do tratamento endodôntico, visto que essa impede a colonização, bem como a proliferação de microrganismos, no sistema de canais radiculares entre uma sessão e outra, sendo que os medicamentos, intracanais, mais amplamente utilizados na endodontia são: o Hidróxido de cálcio, o Tricresol formalina, o Hidrocortizona, o Paramonoclorofenol canforado, a Pasta Callen, o metronidazol, o Ciprofloxaciono e a Clorexidina. Lembrando que alguns microorganismos e/ou infecções são resistentes a certos fármacos, onde para se deter de melhores resultados é recomendada uma melhor investigação do patógeno e/ou do quadro infeccioso, buscando assim ceder de uma melhor escolha ao tratamento, tendo sempre em mente que cada caso é um caso e cada paciente é único em sua base mucosa bucal.

Palavras-chave: Endodontia. Medicação. Intracanal. Tratamento.

ABSTRACT

The endodontic treatment have as one of its primary objectives the elimination of bacteria, which usually comes associated with the emergence of periapical lesions. Thus, the use of intracanal medication aims to minimize the microorganisms, there survivors seeking assign elements that enable a full restoration of the oral tissues. This study aims to give a literature review, concisely about the different types of intracanal medication available, specifying the most common in clinical dentistry. Methodology was used as in-depth literature review, which including critical analysis, literary interpretation and understanding of selected texts on the subject "intracanal medication." The present study concludes that the intracanal medication is extremely important to the overall success of endodontic treatment, since this prevents the colonization and proliferation of microorganisms in the root canal system between one session and another, and medications , intracanal more widely used in endodontics are: calcium hydroxide, the Tricresol formalin, the hydrocortisone, the paramonochlorophenol camphor, Folder Callen, metronidazole, and the Ciprofloxaciono Chlorhexidine. Recalling that some microorganisms and / or infections are resistant to certain drugs, where to hold the best results is recommended further investigation of the pathogen and / or the infectious, thus seeking to give better treatment choice, always bearing in mind that each case is different and each patient is unique in its base buccal mucosa.

 

Keywords: Endodontics. Medication. Intracanal. Treatment.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Otosporin.. 24

Figura 2 - Rifocort 33

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.. 12

1.1 Problema de pesquisa. 14

1.2 Justificativa. 14

1.3 Objetivos. 14

1.3.1 Objetivo Geral 14

1.4 Metodologia. 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.. 16

2.1 Medicação intracanal 16

2.2 Hidróxido de cálcio. 19

2.3 Tricresol Formalina. 21

2.4 Otosporin (Hidrocortisona) 23

2.5 Paramonoclorofenol canforado. 24

2.6 Pasta Callen (Hidróxido de cálcio + Paramonoclorofenol canforado) 25

2.7 Metronidazol 26

2.8 CFC - Ciprofloxacina + Metronidazol 28

2.9 Clorexidina. 29

2.9.1 Ação antimicrobiana da clorexidina. 30

2.9.2 Substantividade. 31

2.10 Prednisolona (Rifocort) 32

CONCLUSÃO.. 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.. 35

1 INTRODUÇÃO

Um dos objetivos estabelecidos pelo tratamento endodôntico esta relacionado com a eliminação das bactérias, pois, estas geralmente estão diretamente associadas com o surgimento das lesões periapicais. Assim, a utilização de medicação intracanal visa reduzir os microrganismos ali sobreviventes, a fim de fornecer elementos de restauração dos tecidos da boca (ENDO-E, 2013).

A decomposição do tecido pulpar facilita o acesso de microrganismos durante o tratamento do canal, e tal fato contribui para sua proliferação e multiplicação, haja vista que no tratamento as condições temporais são facilitadoras para seu surgimento (RUBIK, 2009, p. 22).

Por isso, recomenda-se escolher bem o medicamento que será utilizado nesse processo, pois, nesta ação será possível perceber o seguinte: ação microrganismos, surgimento de lesões nos tecidos, manchas nos dentes, dentro outros (DOTTO et al., 2006).

Em alguns casos é possível observar a ocorrência de biopulpectomia, e nesses casos é necessário fazer a associação de corticoides com antimicrobianos, pois, conjuntamente eles podem amenizar os sintomas encontrados nos pacientes relacionados a traumas e a inflamação. Com a utilização de antibióticos há possibilidade de evitar totalmente a contaminação por parte dos microrganismos nas regiões mais sensíveis e afetadas. A associação de tais medicamentos é utilizada dentro do canal, sob diversas formas, e para isso é necessário (MASIEIRO et al., 2010. p. 22):

O uso de corticóide-antibiótico de forma associada e aplicada no intracanal visa atenuar a ação inflamatória, cuja ação foi provocada pelo procedimento cirúrgico, e de reações causadas pelas substâncias utilizadas no procedimento da terapia endodontica, isso será considerado um ato preventivo e de reparado dos tecidos lesados.

Nos casos em que há necrose pulpar, os microrganismos mais prejudiciais ao ser humano acabam se desenvolvendo dentro do interior do dente, esse fato ocorre mesmo quando são tomadas todas as ações preventivas de desinfecção, por isso, recomenda-se a utilização de medicamentos intracanal, como forma de tornar o procedimentos mais confiável, assim, tem-se a diminuição dos microbiotas endodônticos, para isso utiliza-se o Paramonoclorofenol Canforado, além do Tricresol Formalina (ENDOLINE, 2013).

Em outros casos, utiliza-se também o hidróxido de cálcio, substância considerada agente antimicrobiano, e que induz ainda, a formação de tecidos que visam acelerar a cicatrização do tecido lesado (ESTRELA, 2005).

Embora ainda não exista um medicamento que preencha, por completo, a todos os requisitos de excelência para a aplicação intra canal, é vital se deter de conhecimento sobre quais os mais usuais a clinica endodontica, seja em polpa morta ou viva.

1.1 Problema de pesquisa

Diante, do até o momento exposto, surge à questão: “Quais os medicamentos intra canal mais usuais à clínica odontológica em meio a processos de endodontia?“.

1.2 Justificativa

O presente estudo se justifica pela necessidade eminente de que esclarecer quais os medicamentos mais indicados a atos intra canais em clínica odontológica em meio a tratamentos de endodontia, esclarecendo o tema à estudantes, pesquisadores, profissionais e interessados ao tema.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

O presente estudo tem por objetivo ceder revisão bibliográfica, concisa, sobre os diferentes tipos de medicação intra canal disponíveis, especificando os mais usuais em clínica odontológica.

1.4 Metodologia

No presente estudo foi empregado como método indutivo de procedimento a pesquisa bibliográfica mais aprofundada, incluindo a esse análise crítica, interpretação literária e compreensão de textos relacionados ao tema do estudo.

Todo material abordado foi selecionado de forma a haver separação criteriosa, a fim de se obter qualidade de informações e dados, de forma que esses pudessem ser estabelecidos como base literária para o estudo em desenvolvimento.

Foram utilizados materiais relevantes ao tema “Medicação intracanal”, os quais foram retirados de livros e publicações de órgãos internacionais e nacionais, revistas e artigos de ordem científica.

Os artigos de denominação científica foram adquiridos, de modo conciso, através de bancos de dados de sites como Scielo, tendo esses sido publicados nos últimos 10 anos. Como fontes de busca foram utilizadas as seguintes palavras-chaves: Endodontia. Medicação. Intracanal. Vantagens. Desvantagens.

Em posterior, com base no avaliado no decorrer da revisão bibliográfica, foi confeccionado o item “conclusão” onde se explanou resposta a questão norteadora bem como ao objetivo geral do estudo, finalizando o mesmo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Medicação intracanal

Com relação à utilização de medicação intracanal é possível perceber que sua utilização visa promover no paciente a eliminação dos microrganismos resultantes do tratamento e surgidos no preparo químico do tratamento, pois, este tipo de tratamento possui ação de criação antimicróbio (FACHIN et al., 2006).

A presença de micro-organismos no interior do canal radicular é um dos fatores determinantes do fracasso do tratamento endodôntico. Aliado a isso, a complexidade presente muitas vezes no interior do sistema de canais, com a presença de istmos, ramificações, reentrâncias e túbulos dentinários, também é um obstáculo para a correta limpeza e sanificação (OLIVEIRA et al., 2010).

Por isso, a medicação intracanal visa impedir o surgimento de microrganismos sobreviventes daquele preparo, além de atuar como fonte de barreira química que pode levar o paciente a contrair uma infecção no tratamento dental. Assim, qualquer medicamento utilizado na extensão do canal pode representar uma barreira as toxinas, além de impedir o surgimento de substratos formadores de microrganismos sobreviventes do preparo do tratamento (PROKOPOWITSCH ET AL., 2008).

A função da medicação intracanal em endodontia é basicamente combater microrganismos que resistiram à sanificação do sistema de canais radiculares proporcionada pelo preparo químico-cirúrgico, modular a reação inflamatória que ocorre após o preparo do canal radicular, ocupando fisicamente o espaço do canal, pois sabemos que o conduto vazio funciona como um tubo de ensaio para a recontaminação microbiana do mesmo (ENDO-E, 2013, p.1).

No tratamento do canal, os instrumentos utilizados podem ser contaminados, e para evitar a infecção é recomendável (RUIZ et al., 2002):

  • Microinfiltração utilizando selador temporário;
  • Evitar perda do material utilizado nesse procedimento.

Dessa forma, todos os medicamentos intracanais utilizado podem de alguma forma ajudar a prevenir que os microrganismos encontrados na saliva causem danos ao paciente, para isso é necessário (AZEVEDO et al., 2009):

  • Barreira química: pode ser formada através da utilização de medicamentos cuja ação seja antimicrobiana, isso evitará microinfiltração, e eliminará qualquer possibilidade de infecção no canal do paciente;
  • Barreira física: pode ser formada através de medicamentos cuja ação seja a de revestir toda extensão do canal do paciente, e assim, evitar que os microrganismos que estejam localizados na salivo provoquem irritações no paciente.

Durante a realização da terapia endodôntica nos dentes que apresentam necrose pulpar, é possível surgirem algumas complicações, e conforme o caso o dentista deve analisar se existe a ocorrência exsudado seroso localizado no canal do paciente, isso pode surgir em virtude de processo inflamatório, ocasionado pela ação de micróbios (VALERA et al., 2003).

Caso a ação exsudada persista agindo nos tecidos da boca e ocorra irritação dos tecidos será necessário ministrar medicamento intracanal, entretanto, é necessário observar o seguinte (RUIZ et al., 2002):

  • Ação antimicrobiana causada por microrganismos persistentes aos medicamentos utilizados;
  • Inibir a resposta inflamatória ocasionada pelos microrganismos;
  • Concluir a ação de preenchimento do canal, a fim de evitar a ação de microrganismos;
  • Esperar que ação higroscópica possa absorver todos os microrganismos do exsudato.

A utilização da medicação intracanal visa controlar que o paciente reabsorva os microrganismos formadores da infecção que são decorrentes de luxações ou lesões causadas nos implantes por parte do tecido humano (SOUZA et al., 2002)

Com a utilização do processo de endodontia ocorre o selamento coronário da cavidade dental, assim, o material selador será responsável por controlar a ação bacteriana. Assim, quando o preenchimento do dente é realizado pelo selador temporário ocorre que a cavidade dental ficará por um breve período sem alcançar a ação mecânica produzida pelo procedimento que será realizado de forma definitiva, por isso, será necessária a utilização de um material mecânico para tal (SEMENOFFT et al., 2010)

Com relação à avaliação do selamento é necessário observar que há diferentes materiais utilizados para tal ação, e a escolha poderá se dar com a utilização de corantes, filtração dos fluídos, radioisótopos, entre outros, os quais seguem descritos no decorrer do presente estudo (REGINATO et al., 2004).

2.2 Hidróxido de cálcio

Dentro do tratamento ortodôntico é possível realizar curativo intracanal com pasta de hidróxido de cálculo, em virtude de poder alcalino que ele possui, além de propriedades bactericidas que impede a ocorrência de reabsorção dentária por parte do paciente (PIRES et al. 2011).

Caso ocorra, efeito antimicrobiano isso se dá pela sua associação com íons hidroxila e pelo pH do ambiente, isso promove a ruptura das membranas bacterianas citoplasmáticas, tal fato inibe as atividades enzimáticas que são essenciais para a produção do metabolismo e da atividade celular, ainda, é possível observar que o hidróxido de cálculo representa o único meio eficaz no tratamento de lipopolissacáriades. Tal fato é importante, pois, as endotoxinas são as principais responsáveis pela ocorrência de lesões periapicais, assim, através da sua utilização (alcalino) é possível cuidar dos micro-organismos que podem surgir nesse tratamento (MASSARA et al. 2012).

O hidróxido de sódio possui rápida liberação de íons de hidroxila, e isso facilita a contaminação dos micro-organismos, tal ação age de modo preventivo, e pode ser usado como curativo nos paciente pelo período de até 7 dias. Assim, através de sua utilização é possível perceber que o hidróxido de sódio evita a ocorrência de exudatos no canal dentário, é antiflamatório por inibir a produção de foslolipase, tem pH alcalino e isso evita a fosfotase, além de possuir ação neutralizadora de íons que reagem com as substâncias provoadoras de endotoxinas (PINHEIRO 2007).

Pasta de hidróxido de cálcio tem sido largamente usado como um canal de raiz vestir no tratamento da periodontite apical. A razão para a sua aplicação é baseada em suas propriedades antimicrobianas e mineralização.

Hidróxido de cálcio (CH) é uma base forte obtido a partir da calcinação do carbonato de cálcio até que a sua transformação em óxido de cálcio. CH é então obtido por hidratação de óxido de cálcio e a reacção química entre CH e formas de dióxido de carbono de carbonato de cálcio. É um pó branco com um pH alto (12.5) e é apenas ligeiramente solúvel em água (solubilidade de1,2 g/ l, a uma temperatura de 25 º C) 6 .

A eficácia do hidróxido de cálcio sobre microrganismos e tecidos está diretamente relacionada com a sua dissociação iônica em íons cálcio e hidroxila. Estrela, et al. 8 (1995) discutiu essa ação explicando que seu alto pH inibe a atividade de enzimas que são essenciais para a vida bacteriana, ou seja, metabolismo, crescimento e divisão celular. O efeito do pH sobre o transporte de nutrientes e componentes orgânicos através da membrana citoplasmática determina a sua acção tóxica sobre as bactérias. Isto também activa a enzima fosfatase alcalina hidrolítica, que está estreitamente relacionada com o processo de mineralização do tecido. Assim, o medicamento apresenta duas propriedades das enzimas fundamentais: a inibição das enzimas bacterianas que conduzem a um efeito anti-microbiano e a activação de enzimas de tecidos, tais como a fosfatase alcalina que conduz a um efeito de mineralização (ESTRELA et al., 2005. p. 2).

Assim, como ele possui ação neutralizadora dentro da dentina é possível verificar que o hidróxido de cálcio evita o surgimento de alguns microrganismos considerados resistentes a tratamento, tais como, enterococcus faecalis, além disso, existem outros antissépticos que possuem ação semelhante, cite-se, por exemplo, o o paramonoclorofenol (SOARES et al. 2003).

Portanto, o hidróxido de cálcio possui ação biocompatível, e sua utilização pode se dar nos casos de tratamento intracanal, isso se dá pela sua aplicação possui excelente absorção pelos tecidos do canal, e os resultados do curativo representam maior prolongação do curativo do paciente. Entretanto, os agentes antimicrobianos podem criar toxinas que podem ser prejudiciais ao paciente, e por isso, mas, os efeitos são amenizados pela ação alcalina daquela substância (MASSARA et al. 2012).

Assim, a utilização do hidróxido de cálcio é importante para o tratamento dos pacientes, pois, a calcinação produzida por esta substância resultará na formação de outra substância que é o hidróxido de cálcio, essa substância também é alcalina e pode ser utilizada no tratamento dos pacientes (ROZATTO 2010).

Segundo Oliveira e colaboradores (2010, p. 2), quanto à aplicação de hidróxido de cálcio intracanal, é vital salientar que:

O hidróxido de cálcio há muito tempo vem sendo a medicação de primeira escolha na terapia endodôntica. No entanto, a literatura enfatiza a resistência de alguns micro-organismos à ação deste fármaco, sendo assim vital a analise caso-acaso para se obter um melhor resultado.

2.3 Tricresol Formalina

Através do formaldeído será possível realizar tratamento terapêutico odontológico. A literatura relata sua utilização desde meados do século XVIII, sua utilização é uma das mais comuns no meio odontológico. Porém, apesar de seu sucesso tal substância é responsável pelo surgimento de substâncias consideradas tóxicas (SILVA et al., 2004).

A ação do tricresol formalina é curativa de longo período na câmara pulpar da dentição humana, assim, através de sua utilização é possível eliminar as lesões de cunho periapicais. Tal substância é composta de formaldeído e cresol; o primeiro é um gás formado no processo de combustão do metanol com solução de água potável, cuja solução é aquosa e formada por aproximadamente 40% de formalina. O tricresol é responsável pela diminuição dos micróbios que irritam o formaldeído. Tal material por sua vez, é basicamente tóxico, entretanto, ele pode ser usado como antisséptico (THOMAS et al. 2006).

Dos produtos utilizados como medicação intracanal, compoder germicida comprovado, destaca-se o tricresol formalina,o qual, segundo a literatura, tem uma atuação à distância, través de vapores ou por contato, cuja porção formaldeídica é  responsável pela principal ação antimicrobiana, que se dá pela ação alquilante sobre proteínas e ácidos nucléicos dos microorganismos, sendo também responsável pela ação altamente irritante aos tecidos vivos (SILVA et al., 2006, p.4).

O tricresol formalina tem utilização na câmara pulpar do dente, e sua ação visa neutralizar os nocróticos ali encontrados em face das lesões periapicais, além disso, ele é utilizado como bactericida (VALERA et al 2003).

A composição do Tricresol Formalina é de parte formaldeídica cuja principal ação é antimicrobiana, isso ocorre porque a concentração de alquilante agindo nas proteínas dos microrganismos, além disso, é possível observar ainda, que tal agente é responsável pela geração de irritação dos tecidos vivos, isso se dá pela alta concentração de formaldeído (90%), e sua utilização se dá como antisséptico. Alguns estudos já indicaram que sua utilização não pode ser superior a 48 horas no organismo humano, pois, após, esse período haverá surgimento de inflamação do tecido humano (THOMAS et al. 2006).

É aqui vital salientar que Valera e colaboradores (2009) indica que tal agente microbiano deve ser empregado por período máximo de sete dias.

Sua utilização se dá para tratamento de canais necrosados cuja instrumentação não foi realizada ou que foi realizada parcialmente (RUIZ et al. 2002).

Portanto, otricresol formalina é indicado em vários tipos de tratamento, e sua utilização se dá com o uso de algodão e aplicação no local infectado (MORAIS et al, 2001).

Cabe lembrar que não há uma indicação específica da quantidade utilizada no processo de tratamento, recomenda-se a utilização de quantidade que não causa nenhum tipo de reação adversa, cujos efeitos sejam sistêmicos (RUBIK 2007).

Segundo Silva e colaboradores (2004, p. 6), referente à utilização de tricresol formalina, é vital salientar que:

O potencial antimicrobiano obtido do tricresol formalina ainda carece de maiores resultados clínicos, principalmente frente à mimetização de uma real circunstância clínica que é sua evaporação via forame apical a fim de ser utilizado como medida única de eliminação microbiana intracanal.

2.4 Otosporin (Hidrocortisona)

Em alguns tipos de tratamento em que há a ocorrência de polpa viva os profissionais de odontologia utilizam-se de corticosteroides, e sua ação é mais resistente que essa substância forma uma parede de lisossomo capaz de resistir aos sintomas de destruição das células pela formação das proteínas lipo-cortina, tal fato por si só é capaz de evitar a ocorrência da fosfolipase, e com isso, evita-se o surgimento do ácido aracdônio, sua ação é de até 48 horas no organismo humano, com concentração maior a 2,5% para que o processo inflamatório possa ser inibido. Os corticoides utilizados são ricofort (misturado com rinosoro). Tais substâncias, por sua vez, tem ação antibiótica, isso devido a utilização de corticosteroide que evita a contaminação do paciente (PINHEIRO 2007).

Figura 1 - Otosporin

 

Fonte: Google imagens, 2013

O Otosporin nada mais é do que a junção de corticoide com sulfato de neomicina e antibiótico. Tal associação é capaz de diminuir a ação inflamatória ocasionada pela ação cirúrgica ou da utilização de substâncias químicas, entretanto, ela também está relacionada como curativo, pois, em alguns casos podem ocorrer traumas que podem levar o paciente a infecção (RUIZ et al. 2002).

Este é uma associação de hidrocortisona (corticóide), sulfato de neomicina e sulfato de polimixina B (antibióticos). O corticóide é um efetivo antiinflamatório, entretanto reduz as defesas teciduais. Por isso, a presença dos antibióticos é justificada, para auxiliarem no combate de eventual contaminação bacteriana durante o preparo ou por infiltração através da restauração provisória (ENDOLINE, 2013, p. 1).

Assim, o otosporin é utilizado na redução da vasodilatação, e consequentemente na redução da exsudação de líquidos, cuja ação seja de vasoconstritora nos vasos sanguíneos dos pacientes (SILVA et al. 2004).

2.5 Paramonoclorofenol canforado

A atividade realizada pela ação antimicrobiana da substância paramonoclorofenol canforado é relacionada como ação antibactericida, pois, essa substância pode romper a membrana das bactérias e torná-las sem efeitos nocivos aos pacientes, isso porque as enzimas das bactérias são oxidadas, cabe ainda lembrar, que o paramonoclorofenol libera cloro que tem ação antimicrobiana e anula os efeitos nocivos das bactérias (FILHO et al., 2007).

O paramonoclorofenol (PMC) é um potente agente antimicrobiano que apresenta-se sob a forma de cristais e possui odor fenólico característico. Possui dupla ação devido às propriedades anti-sépticas do fenol e do íon cloro, o qual é liberado lentamente. No intuito de potencializar sua atividade antimicrobiana e reduzir sua citotoxicidade, diversos autores têm sugerido a associação do PMC com outras substâncias, como a cânfora e o furacin. Além de aumento da atividade antimicrobiana e diminuição do seu potencial de irritação, a associação do PMC com a cânfora ou com o furacin propicia maior poder de penetração do medicamento na dentina e ramificações do canal radicular, fornecendo maior halo de inibição do crescimento bacteriano. É indicado em casos de dentes despolpados quando é tecnicamente difícil o uso do hidróxido de cálcio, especialmente em canais muito estreitos, ou quando o tempo de permanência do curativo for curto (ENDOLINE, 2013, p 1).

Dessa forma, o paramonoclorofenol tem sido utilizado como agente antimicrobiano, cuja ação apesar de não ser específica apresenta bons resultados no controle das bactérias (RUIZ et al 2002).

Entretanto, o cloro que é liberado por essa substância age somente por contato, e por isso sua ação em alguns casos é amenizada, porém, tal fato manter sua função antisséptica (PINHEIRO 2007).

No caso de endodontia o paramonoclorofenol canforado é o que apresenta melhores resultados no combate de microrganismos nocivos encontrados no canal, entretanto, tal produto possui alta concentração de atividade citotóxica, isso visa reduzir o impacto da irritação no organismo humano e permite ao paciente controlar melhor os microrganismos que causam irritação (FILHO et al. 2007).

2.6 Pasta Callen (Hidróxido de cálcio + Paramonoclorofenol canforado)

O hidróxido de cálcio na sua forma pastosa é uma das mais utilizadas em pesquisas odontológicas, as pesquisas realizadas no Brasil utilizam os modelos Holland e Calen, tais modelos apresentam como única diferença o veículo utilizado, a primeira utiliza propileno glicol, enquanto que a segunda utiliza glicol 400 (OLIVEIRA 2005).

Com relação a utilização da pasta callen ela nada mais é do que a combinação de paramonoclorofenol mais hidróxido de cálcio, essa substância possui maior ação antibactericida, e sua utilização se dá através da aplicação no canal com o uso de injeção, sua ação é de aproximadamente 7 dias no organismo (no mínimo), e quando há lesão no canal ele permanece até 14 dias. O efeito alcalino aparece apenas após, 30 dias, e sua duração é de 120 dias com pH 10 (PINHEIRO 2007).

Com a utilização de veículo acrescido para formação da pasta de hidróxido de cálcio é possível verificação maior velocidade na dissociação iônica, isso é reflexo da ação físico-químicas deste processo e da ação antimicrobiana resultante do organismo.

Já a velocidade de dissociação realizada ela pode apresentar diferentes resultados, isso dependerá da ação de viscosidade empregada nos veículos, e da quantidade de substância absorvida pelo organismo. Cabe lembrar ainda, que a relação do veículo com a solubilidade da composição da pasta é responsável pela quantidade de material absorvido pelo organismo, e do grau de combate as substâncias ali presentes (OLIVEIRA 2005).

A utilização do paramonoclorofenol canforado a outras substâncias está relacionada nos tratamentos endodôntico, pois, tal substância é capaz de reduzir a ação nociva dos microrganismos, além de atuarem como desinfetantes dos canais radiculares irritativos, isso de dá em virtude da contaminação dos tecidos pulpo-periapicais do pacientes, entretanto, cabe lembrar que o paramonoclorofenol tem ação citotóxica e tal ação dependerá da quantidade da concentração do paramonoclorofenol. Os estudos relacionados a sua utilização no controle dos microrganismos é associada a sua mistura com hidróxido de cálcio, está é uma substância utilizada para desinfecção do organismo contaminados pelos microrganismos. (FILHO et al. 2007).

2.7 Metronidazol

A utilização do metronidazol nos procedimentos odontológicos está relacionada com sua utilização de modo isolado ou não a outras substâncias, nos casos de tratamentos mecânico, pois, já foi comprovado que esta substância reduz a flora anaeróbia, e assim, elimina todas as bactérias ali encontradas, além disso, o metronidazol rompe o DNA das bactérias e inibe a criação de ácidos nucleicos, assim, pode-se dizer que sua ação é antibacteriana e esta relacionada aos bacilos anaeróbios de Gram negativos (SOUZA et al. 2005; CARNEIRO et al., 2007)).

Na periodontia, o metronidazol, já vem sendo utilizado há alguns anos, topicamente, associado ou não a outras drogas como complemento da terapia mecânica convencional, já tendo sido comprovada, microbiologicamente, a redução da flora anaeróbica com o seu emprego. O metronidazol promove rompimento do DNA bacteriano e inibe a síntese dos ácidos nucléicos, agindo como substância bactericida, atuando em quase todos os bacilos Gram negativos anaeróbios (CARNEIRO et al., 2005, p. 79).

Por atuar diretamente nas bactérias anaeróbias o metronidazol é sempre encontrado nas regiões mais profundas da área infectada (FERREIRA et al. 2006).

O metronidazol é pouco utilizado através de aplicação intracanal, contudo, sua ação e resultado são muito eficientes, além de não apresentar qualquer tipo de efeito colateral, e há vários relatos que o associam com o ciprofloxacin na formação do ciprofloxacina metronidazol, pois, este é utilizado com conjunto com hidróxido de cálcio no combate dos microrganismo (MACHADO et al. 2009).

Siqueira Junior (1997) apud Carneiro e colaboradores (2005, p. 79) dita que:

Em pesquisas de laboratório se verificou que o Metronidazol foi mais eficiente do que o próprio hidróxido de cálcio associado com o PMCC em duas culturas utilizadas (Porphiromonas endodontalis e o Fusobacterium nucleatum) e que o mesmo apresentou os melhores resultados quando comparados ao hidróxido de cálcio com água destilada e resultados superior em relação a clorexidina. Esses autores concluíram que o metronidazol é eficaz em bactérias anaeróbias gram-positivas e gram-negativas, atuando também, nas principais bactérias anaeróbias estritas existentes no interior do canal radicular, tais como: Prevotella, Porphyromonas, Fusobacterium, Clostridium, Bacteróides e Eubacterium.

2.8 CFC - Ciprofloxacina + Metronidazol

O hidróxido de cálcio pode ser utilizado para aumentar a propriedade antibacteriana, para isso basta associá-lo com as substâncias ciprofloxacin (e/ou metronidazol), a fim de formar o ciprofloxacina metronidazol. Tal substância é considerada uma droga, e sua ação pode ser não adequada no tratamento de bactérias anaeróbias, mas, por outro lado, ela pode ser utilizada no combate de substâncias aeróbios que pertençam ao grupo das estafilococos, enterobactérias ou pseudomonas (MACHADO et al. 2009)

O ciprofloxacina metronidazol tem se apresentado como a medicação que melhores resultados apresentam no combinado dos Enterococcus faecalis, isso porque no tratamento endodôntico há vários grupos de substâncias que podem ocasionar infecção, e de modo geral o ciprofloxinacina é a que apresentou melhores resultados no combate, entretanto, tal substância quando utilizada de forma isolada não apresenta o mesmo resultado positivo (MASIERO, 2010).

Em avaliação do potencial de esterilização da dentina infectada do canal radicular de dentes extraídos, empregando topicamente uma mistura de Ciprofloxacin, Metronidazol e Minicicline. Os resultados mostraram que após 24 horas da aplicação dessa combinação, não havia sido identificada bactéria na dentina infectada do canal radicular, exceto em um caso. Esses autores afirmaram que as drogas antimicrobianas testadas são potentes, capazes de penetrar profundamente na dentina, promovendo efeito a distância do forame apical. Concluíram relatando que esse medicamento poderia ser uma alternativa valiosa a mais no tratamento de infecções endodônticas (SATO et al., 1996 apud CARNEIRO, 2005, p. 79)

As infecções de cunho endodônticas podem se apresentar de diferentes formas, e as chances de ter uma eliminação satisfatória deve relacionar a utilização do ciprofloxacin com outras substâncias combinadas (MASIERO et al. 2010).

2.9 Clorexidina

Através da utilização de clorexidina líquida, seja ela nas concentrações de 0,12% até 5% é possível fazer controle dos microrganismos encontrados no tratamento intracanal (MICHELOTTO et al 2008).

Segundo rosa e colaboradores (2011), a clorexidina apresenta excelentes resultados em atos intracais no combate dos microrganismos.

A ação antimicrobiana produzida pela clorexidina se dá pela natureza catiônica desta substância que age com o composto aniônico do micróbio localizado na superfície da boca, e seu contato é capaz de fazer com que a interação realizada com a membrana plasmática a modifique e faça com que as proteínas citoplasmáticas sejam levadas ao balanço osmótico, e modifiquem a estrutura e crescimento das células microbianas (BEVILACQUA et al., 2004).

Tal aderência, por sua vez, permite a geração de ácidos teicóicos que são encontrados nas bactérias Gram-positivas, isso leva tais substâncias ao encontro de lipopolissacarídio encontradosem bactérias Gram-negativas. Porisso, a propriedades catiônicas desta substância leva a ocorrência do surgimento de microrganismos encontrados no biofilme dental, isso faz com que a sua concentração seja diminuída em razão do contato com a saliva, entretanto, em virtude da substantividade é possível observar o efeito mais duradouro do tratamento, a concentração da substância deve estar entre 0,2% a 2% (VALERA et al. 2009).

Com relação ao nível de toxicidade quando ela se apresentar num nível baixo haverá alta concentração de limpeza devido a utilização do hipoclorito de sódio, contudo a difusão realizada do sistema dentário torna o agente indicados especificamente para tratamento endodôntica (SILVEIRA et al. 2007).

2.9.1 Ação antimicrobiana da clorexidina

Através da ação antimicrobiana da substância clorexidina é possível relaciona-la no controle das bactérias aeróbias (e/oi anaeróbias) encontradas nos Gram-positivos (e/ou negativas), isso faz com que a ação bacteriana aumente sua concentração, pois tal fato leva a ruptura das membranas do citoplasma dos microrganismos. Entretanto, em virtude da sua concentração ela pode apresentar diminuição ou aumento da síntese ATP encontrada nas bactérias (SEMENOFF et al., 2010).

A atividade antimicrobiana da clorexidina se deve a sua natureza catiônica que promove aderência ao composto aniônico da superfície microbiana, capaz de alterar a integridade de sua membrana plasmática, modificando sua permeabilidade, promovendo a precipitação das proteínas citoplasmáticas e alterando o balanço osmótico, além de modificar o metabolismo, crescimento e divisão da célula. Essa aderência ocorre através dos grupos fosfato dos ácidos teicóicos presente nas bactérias Gram-positivas, e por meio dos grupos fosfato do lipopolissacarídio das bactérias Gram-negativas (GOMES et al., 2003, p. 28).

Segundo Valera e colaboradores (2009, p. 39), é vital salienta\r a ação da clorexidina somada ao hidróxido de cálcio visto que:

O hidróxido de cálcio tem sido amplamente utilizado como medicação intracanal e tem demonstrado efetiva ação sobre LPS, pois promove hidrólise da porção lipídica da endotoxina, neutralizando seus efeitos biológicos. A associação hidróxido de cálcio e clorexidina a 2% promove aumento da ação antimicrobiana do hidróxido de cálcio e mantém a atividade indutora de reparação, além da efetividade sobre endotoxinas presentes no canal radicular.

2.9.2 Substantividade

Algumas substâncias possuem ação prolongada quando comparadas a outras, cite-se, como exemplo, a clorexidina, essa substância apresenta uma substantividade, ou seja, tal substância é capaz de agir na superfície dental, além de atuar na glicoproteínas salivares, e sua ação dependerá da sua concentração, assim como o período de permanência no organismo humano (MICHELOTTO et al, 2008).

Assim, o tratamento endodôntico terá sucesso ou não em face do preparo mecânico realizado previamente, pois, tal preparo será determinando para o controle microbiano e da irritação causada na boca do paciente, de modo que tal possa permitir a impermeabilização do canal do paciente, a desinfecção será feita com substância química através de medicação intracanal, de modo que essa ação microbiana possa ser totalmente eliminada (PEREIRA et al., 2009).

A utilização da clorexidina no tratamento intracanal já mostrou que tem resultado eficiente, pois, ela age no organismo por até 168 horas, para se chegar a esse valor é necessário que ela seja utilizada por um período de 7 dias, além dos resultados obtidos no controle antimicrobiano (SILVEIRA et al., 2007).

Por isso, qualquer tipo de dificuldade encontrado na remoção da clorexidina do canal pode comprometer a ação de restauração da obturação (MICHELOTTO et al, 2008).

2.10 Prednisolona (Rifocort)

Alguns corticosteróides apresentam ação anti-inflamatória moderada, cite-se como exemplo, a prednisolona (e/ou a hidrocortisona). Ambas as substâncias podem ser utilizadas sem nenhuma restrição, pois, não produtos qualquer efeito sistêmico prejudical ao ser humano (SOUZA et al., 2002).

Figura 2 - Rifocort

 

Fonte: Google imagens, 2013.

Há mais de 50 anos tais substâncias já são relacionadas no combate de agentes infecciosos e relacionados a endodontia, isso por que, no tratamento odontológico alguns pacientes apresentam reações alérgicas aos antibióticos utilizados no tratamento, isso se dá pelo fato de não haver um controle rigoroso em relação ao controle bacteriológicos, e da chance de alguns antibióticos possibilitarem que formação de bactérias; isso faz com que a ação antibacteriana não seja totalmente eficaz e necessite da complementação de outras substâncias que visem acabar com os microrganismos ali encontrados

Nos tratamentos endodônticos é possível, então, utilizar-se de substâncias intracanais que visem eliminar a contaminação dos canais radiculares do pacientes, entre as sessões de tratamento, de modo que o paciente possa permanecer sua saúde em perfeitas condições (SILVEIRA et al, 2007).

CONCLUSÃO

O tratamento endodontico detém como uma das principais preocupações, o de ceder assepsia completa ao sistema de canais radiculares. Nessa busca se faz viável integrar aos cuidados uma medicação intracanal, a qual expande o padrão de antissepsia no preparo biomecânico.

No entanto é vital salientar que diversos estudos, in vitro, salientam que a total eliminação da infecção no sistema de canais radiculares é um desafio ainda muito presente a endodontia dita “moderna”.

Contudo se conclui que a medicação intracanal é extremamente importante para o total sucesso do tratamento endodôntico, visto que essa impede a colonização, bem como a proliferação de microrganismos, no sistema de canais radiculares entre uma sessão e outra, sendo que os medicamentos, intracanais, mais amplamente utilizados na endodontia são: o Hidróxido de cálcio, o Tricresol formalina, o Hidrocortizona, o Paramonoclorofenol canforado, a Pasta Callen, o metronidazol, o Ciprofloxaciono e a Clorexidina. Lembrando que alguns microorganismos e/ou infecções são resistentes a certos fármacos, onde para se deter de melhores resultados é recomendada uma melhor investigação do patógeno e/ou do quadro infeccioso, buscando assim ceder de uma melhor escolha ao tratamento, tendo sempre em mente que cada caso é um caso e cada paciente é único em sua base mucosa bucal.

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