Máximas e aforismos: outras sentenças
Por José Marcos do Nascimento | 25/02/2019 | FrasesÉ sábio evitar, o máximo possível, o embate ou confronto, pois o melhor dos guerreiros, mesmo vencendo uma batalha ou até uma guerra, pode levar consigo marcas ou ferimentos irremovíveis.
Um povo aguerrido e que, sobretudo, sabe lutar, será sempre temido, ou respeitado, pelo seu governante, seja ele presidente ou príncipe, rei ou primeiro ministro, com ou sem seus exércitos, ou suas hordas.
Todas as igrejas e seus dirigentes prometem, há séculos, que seus fiéis iram para um paraíso de conforto, belezas e felicidades, contudo tem um grande problema: é que todas as religiões só mostram figuras, imagens, fotografias, pinturas...deste mundo material, com todos os seus pesares e pesadelos, mas também com suas maravilhas e manjares.
É interessante como o “Inferno de Dante” – que era apenas uma obra fictícia ou poesia da literatura universal – se transformou ainda na Idade Média, nas leituras e interpretações da igreja, no inferno real dos cristãos, seja qual for a sua rotulação.
Como são iguais ou idênticas as formas e crenças das mitologias mais antigas e as religiões milenares, inclusive nas imagens de seus deuses e de seus tronos ou reinados, de forma que Zeus está para Deus, assim como Arimã está para o “demônio” – o terrível deus do mal no cristianismo.
A beleza e o prazer causado por uma bela mulher são tão poderosos que da mitologia grega às religiões mais antigas seres divinos ou superiores com elas quiseram amar. Quem conhecer a literatura de alguns povos, isto entenderá.
Alguns homens, na sua esperteza, se tornaram sacerdotes e se disseram ministros de um deus, se protegendo nos templos, muito mais para se blindarem das maldades humanas – por se passarem por seres sagrados e intocáveis – do que por amarem, de fato, a um Ser Soberano.
Eis uma das maiores misérias humanas: a falta de instrução e saber. Pois esta condição torna, quiçá, os seres humanos semelhantes ou iguais a qualquer besta, ou fera: vivendo apenas de comer, beber, dormir e gozar – com o coito.
A sociedade moderna, da informática e do consumo, padece de um grande mal que é o fato de esta abarrotada de estudantes em instrução ou orientação, pois sua juventude termina seus cursos médios, e até superiores, formados, ou formatados, apenas para ganhar dinheiro e consumir, sem ter sequer um conceito ou visão apropriada do que vem a ser cidadão, democracia, República, ditadura, autoritarismo etc. etc.; desnorteados seguindo a esta ou aquela falácia ou ilusão.
Em toda ordem jurídica corrompida, ou prostituída, uma das coisas mais fáceis que existem é impor todos os rigores e pesares da lei contra os mais fracos ou famintos, seja de pão, seja de instrução.
Numa República apodrecida – onde a coisa pública é tomada de assalto pelos gestores da administração pública em detrimento das multidões – e numa democracia capenga – aquela onde as massas pensam que cidadania ou cidadão é sinônimo de contribuinte – a política só tem um significado: meio de vida e acumulação de bens.
Existem alguns de acreditam ou dizem que “os advogados são indispensáveis à promoção da justiça”, mesmo que, na verdade, que é indispensável à administração da justiça são os homens justos ou de justo censo, pois o que não falta nos tribunais são advogados com as mais diversas índoles e interesses, independente de serem justos ou não.
Certamente, se os homens não acreditassem que existe – mesmo sem existir – um deus do mal sempre à espreita esperando para fazer malefícios aqui, ali e alhures, trazendo dores e dessabores para si, não alegavam amor ou adoração a um deus do bem, como fazem enganando a eles mesmos.
Até mesmo a sétima arte procurou disseminar e incutir, nos mais pobres ou mais fracos, ou mais ingênuos, falsidades ou doutrinas, usando dos mais diversos longas-metragens que procuram multiplicar ideias com significados distorcidos, como os que dizem que duas lascas de madeira encruzadas é sinônimo de um bem e uma estrela circundada é sinônimo de um mal; ainda que nenhum nem o outro seja a expressão verdade.
Em nenhum estado político, os soberanos, certamente, conseguiriam governar com facilidade as multidões famintas e desesperadas se as ordens religiosas não colocassem suas correntes que aprisionam o espírito (o ânimo) ou debilitasse o intelecto.
Todo aquele que puder gozar e se deliciar com os prazeres e doçuras deste mundo, faça, pois nos outros – caso existam de fato – não temos lá (já que não existem relatos nenhum) os beijos de uma bela mulher; os gozos do sexo; a leveza e suavidade da briza; o perfume das flores; o doce do mel; o deleite das carnes, o sabor das frutas; os sons das músicas (de qualidades); a beleza das musas; a melodia das poesias, os cantos e encantos das aves etc. etc.