MATEMÁTICA EM CORDEL
Por FRANCISCO SILVA JÚNIOR | 13/03/2019 | LiteraturaMATEMÁTICA EM CORDEL
Autor: Francisco Silva Júnior
I
No dia a dia a matemática
Está sempre a se apresentar.
Seja para uma conta simples
Ou para o capital aumentar.
A matemática é uma ciência
Que está em todo lugar.
II
Quando se está no mercado
Para comprar açúcar ou pão
Rapidinho a matemática
Entra logo em ação
Facilitando o trabalho
E mostrando a solução.
III
Se em dez quilos de açúcar
Foi cobrado, vinte reais
Usaremos a matemática
Para chegar aos totais.
De quebra conheceremos
Os custos individuais.
IV
Para comprar o pãozinho
É mais que essencial.
Recorrendo a matemática
Descobrimos na moral!
O quanto estamos pagando
No alimento matinal.
V
Se o quilo é dez reais
E seis pães vamos levar,
Usaremos uma equação
Pra saber o que pagar!
Cada pão pesa cem gramas,
Agora é só calcular!
VI
Na vendinha da esquina
Com cuidado dá pra ver
Como a multiplicação
Aos poucos vai aparecer,
No cafezinho vendido
Nos valores a receber.
VII
Numa garrafa de café
Que um litro venha caber
Quantas xicaras eu consigo
Desta delicia vender?
Vinte ml é a medida
Pra cada uma encher.
VIII
Tem também a tapioca
Pro café acompanhar
E na mesma proporção
No combo vai acompanhar.
Um e cinquenta é o valor
Quanto é que vai lucrar?
IX
Diariamente do bruto
Vinte por centro é devido
Para as despesas pagar
E não ser comprometido.
Garantindo a sobrevivência
Com o lucro obtido!
X
Mas se também por ventura
Um empréstimo necessitar
Pode recorrer aos bancos
Para o negócio salvar.
Nesse quesito é preciso
Ver os juros que vai pagar!
XI
Pois um pequeno valor
A juros simples por mês
Num ano pode trazer
Dor de cabeça a vocês!
Um empréstimo de mil reais
No final vai pagar três.
XII
É necessário cautela
Bom senso e assessoria!
Pra que o socorro pedido
Nos traga benfeitoria.
Sem usar a matemática
Fica só na teoria.
XIII
O sistema financeiro
É esperto e sem pudor!
Vai tentar a todo custo
Lhe vender, seja o que for.
Só entendendo dos números
Pra salvar-se do predador!
XIV
Todo dia a propaganda
Busca um cliente fisgar
Seja no cartão de crédito
Ou dinheiro pra emprestar!
São armadilhas singelas
Visando lhes conquistar.
XV
No cartão, anuncia um banco
Que os juros é uma moleza!
Você só paga o que usa,
Na oferta é uma lindeza,
Mas quando chega a fatura
Vai da euforia a tristeza.
XVI
Aquele sapato lindo
Que estava na promoção
Não pensou nem duas vezes
E parcelou no cartão!
No momento de pagar
Bateu a decepção.
XVII
Os juros antes mostrado
No bolso, parecia caber!
Como não pagou no dia
Que a fatura ia vencer,
Três sapatos no final
Pagamos sem perceber!
XVIII
E o empréstimo pessoal
Tá lá na conta sorrindo!
Se oferecendo ao cliente
Parecendo que é bem vindo.
Nem todo mundo percebe
Que ele está te iludindo.
XIX
Prestação a perder de vista
É um atrativo fatal!
Parece que cabe no bolso
Não olhamos no final,
Duzentos por cento ao ano!
É uma armadilha mortal.
XX
Por isso nobre leitor
Vale a pena investigar
Somar, também dividir
Diminuir e multiplicar.
Matemática não é vilã!
Está ai para ajudar..