Mas... e a Democracia?

Por Joacir Soares d'Abadia | 10/06/2009 | Filosofia

Mas... e a Democracia?

Com a Democracia se tem a abertura das Eleições. Isso foi um marco em 1946. Hoje, porém, em 2009 a democracia é ainda exercida por muitos brasileiros que não sabem o que é Democracia nem mesmo Eleições. A democracia passa, hodierno, a ser um termo vazio chegando a ter um significado incerto. Ela que previa um melhoramento na escolha dos representantes públicos, torna-se cada vez mais um “bem privado”, incapaz de imprimir na consciência de cada cidadão quais são seus direitos.

Foi com a abertura democrática que surgiu as Eleições. Era um passo que previa o exercício do direito do cidadão frente ao Estado. Todavia, ao que se vê na atualidade é que a Democracia está sendo uma maneira fácil de elegerem candidatos, sem propostas que visem o bem comum, a cargos públicos. O direito do indivíduo é, no entanto, sucumbido pelos interesses particulares dos candidatos. Para o Filósofo brasileiro Alceu Amoroso Lima, o direito, portanto, “é uma obra exclusivamente popular”. Assim, com efeito, jamais o direito do cidadão pode ser privatizado.

Por outro lado, a Democracia tende a maioria, que nem sempre está adequada. Dessa forma, a maioria nunca deve ser critério de votação, ou, caso prefere critério de Eleição. A maioria é massa. Assim sendo, a massa é sempre irracional, ela não pode deliberar algo universal sem antes particularizar-se. Mark dizia que “De um povo pouco racional não se pode esperar uma organização política racional”.

O Estado necessita proporcionar uma organização política voltada para os interesses de todos os cidadãos. Porém, Mark diz que “O Estado é uma abstração. Só o povo é conceito”. Dessa forma, o povo não terá seus direitos atendidos pelo Estado, sem antes passar pelos seus representantes, os políticos.

Assim, pouco se consegue um cidadão frente ao Estado! Ele pode até indagar: “mas... e a democracia?” A democracia possibilita alguns conceitos ao indivíduo como direito de voto, direito trabalhista (de greve) e direito do cidadão.  No entanto, só o primeiro direito tem validade para o Estado porque caso um cidadão deixa de exercitar sua cidadania com o voto por algumas vezes ele deve pagar multa ao Estado. Ou seja, nada mais é do que conceitos transcendentais que não atingem o cidadão na sua busca por cidadania, mas ele continua indo às urnas eleger seus candidatos, ao invés de elegerem as propostas que o cidadão apresenta. Para tudo isso não continuar nos próximos anos, meu caro leitor, vá às Cessões na Câmara... Comece participar!

 

Joacir Soares d’Abadia

Filosofia e cursando Teologia no SMAB

Autor da obra: “Riqueza da humanidade...” (Internet)

E-mail:joacirsoares@hotmail.com