Marrocos: línguas Árabe e  Amazigh descartadas para as matérias científicas e técnicas

Por Lahcen EL MOUTAQI | 23/09/2018 | Educação

O Ministro da Educação Nacional, da Formação Profissional, do Ensino Superior e Pesquisa Científica, Saeed Amazazi antecipou a “ Visão  Estratégica da Reforma Educacional 2015-2030,  para uma Escola de Equidade, de Qualidade e Desenvolvimento”, revelando os procedimentos linguísticos que o governo pretende adotar a favor da escola pública.

 Durante a cerimônia pela qual o rei Mohammed VI de Marrocos assistiu ao resultado do programa de apoio à educação e a execução da reforma do ensino e formação, o Ministro apresentou uma série de medidas que seu ministério adotará no início desta temporada.

 De acordo com a apresentação do Ministro, as línguas amazigh e Árabe serão excluídas do ensino para as disciplinas científicas e técnicas, ressaltando a necessidade de "adotar línguas estrangeiras para o ensino de algumas matérias, especialmente, científicas e técnicas".

 Na mesma direção, o Ministério da Educação prometeu para o setor educacional nacional aprimorar as habilidades linguísticas junto aos professores e aos formados nas línguas francês e inglês, abrindo novos centros de língua estrangeira nas instituições universitárias e de formação profissional, tornando-a a obrigatoriedade de aprendizagem destas línguas durante seis meses.

Por outro lado o Ministro da Educação Nacional, da Formação profissional, do Ensino Superior  e da Pesquisa Científica visa com este programa estabelecer uma justificação de reconhecimento linguístico  em benefício de estudantes e formandos em Francês e Inglês, pretendendo criar no Marrocos mais de 80 escolas no horizonte de 2021.

Vale ressaltar ainda que o Ministro referiu aos desafios e obstáculos para a execução do programa mediante  á implementação de programas sociais na escola marroquina, a melhoria do nível de desempenho acadêmico e dos estudantes, bem como  reduzir a proporção de abandono da escola nas zonas rurais de 5,7 % para 1%  no horizonte 2024-2025, e no ensino secundário nas zonas rurais e urbanos de 12% para 3% no horizonte 2024-2025.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor –pesquisador- Rabat, Marrocos