Marrocos e Arabia Saudita face ao terrorismo religioso
Por Lahcen EL MOUTAQI | 26/02/2016 | CrescimentoO Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) propôs para Marrocos e a Jordânia formar uma aliança militar, em qualidades de aliados estratégicos dos países compostos de Arábia Saudita, do Bahrein, do Emirados Árabes Unidos , do Kuwait, de Omã e do Qatar.
De acordo com o governo jordaniano citado pelo site de informação especializada "Defense News", a proposta tem sida feita para Marrocos e Jordânia em março passado.
Esta aliança militar seria formada de 300.000 homens.
O diário marroquino Al Massae informou que esta aliança poderia incluir além dos seis países do CCG, Marrocos, Jordânia e talvez também o Egito. Mas o Cairo não foi oficialmente convidado a se juntar ao grupo, de acordo com este jornal.
Segundo o analista militar especializado em assuntos do Oriente Médio, Matthew Hedgesm Marrocos e Jordânia não vão recusar esta aliança, por causa dos benefícios financeiros que podem tirar. O afastamento geográfico de Marrocos não deve ser também um problema.
Em 2011, a informação transmitida pelos jornais é que um acordo tem sido assinado entre Marrocos e Jordânia, segundo o qual um comando militar especializado em intervenções rápidas deve ser criado. A unidade, composta por 20.000 soldados marroquinos e Jordanianos, tem por objetivo os acampamentos militares permanentes no sul da Jordânia,
A missão deste grupo foi para intervir a favor dos Estados membros do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), e para defendê-los contra todos os perigos, no caso do conflito no Golfo.
Porque a escolha do exército marroquino para proteger os Estados do Golfo?
A participação de soldados marroquinos em exercícios militares, ao lado dos Estados do Golfo é uma questão de tempo. O pedido já foi feito pela Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. O uso das tropas do FAR – exercíto marroquino- é parte da política da segurança da região não contra ameaças externas, mas sim das ameaças internas.
O Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) está actualmente a examinar um aumento de suas forças militares. Marrocos poderia juntar-se oficialmente a aliança de seis estados da região.
Em 2011, o GCC convidou o Reino para integrar as estruturas do Conselho, cuja Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos foram por trás deste projeto.
Foi em Abu Dhabi primeira acção das manobras militares denominadas "Zayed1" realizadas para Riade aproveitar a experiência marroquina, as mesmas manobras foram com a Jordan.
O objetivo principal: a segurança dos Estados do CGG contra a ameaça interna
A integração de Marrocos se faz através da participação do FAR nos exercícios anuais dos Estados do Golfo. Uma etapa que poderia se concluir ao aderir ao comando conjunto das forças do CCG compostas de 100 mil soldados, o que foi decidido na cimeira realizada em Dezembro pasado entre as seis monarquias.
Chamando Rabat, Amã e depois Cairo, Arábia Saudita deseja uma implicação directa destes trés países em garantir aos Estados do Golfo não somente contra ameaças externas, mas sim contra eventuais ameaças internas. O caso dos distúrbios em Bahrein em 2011, a "Primavera Árabe" foram suficientes para que estes países do Golf decidir esta aliança.
A intervenção de forças sauditas, dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia a favor da família de Al Khalifa (sunita), que reina em Manama, foram para manter o trono contra a revolta da oposição xiita apoiada pelo Irã.
Finalmente, oficializar tal cooperação em forma de aliança militar remonta há muitos anos
A iniciativa saudita não fez que oficilaizar uma cooperação com Marrocos, já existente. Há Muitos especialistas marroquinos presentes na região desde anos para a formação de tropas de alguns estados do CCG. Dos Emirados e do Arabia que utilizar a experiéncia dos membros da corporação FAR que asseguram a protecção deste país. Isto é para dizer que o convite feita não é uma novidade.
O GCC fez o convite para Marrocos para se juntar ao clube. Esta decisão encontrou no início a oposição do Qatar mas os acontecimentos levaram Doha a aceitar finalmente, depois da abdicação do ex-emir Hamad em favor de seu filho Tamim, hoje nada faz obstáculo a participação do militar marroquino nas manobras e estratégias dos países do golfo persico.
Lahcen EL MOUTAQI