Marketing: influência negativa

Por Marcelo da Silva | 31/01/2014 | Filosofia

1 Introdução

O projeto tem por finalidade fazer uma correlação entre o consumismo e a influência que o Marketing tem sobre as pessoas. Para instituir argumentos embasados em uma pesquisa científica, as fontes serão obtidas diretamente de teorias filosóficas, permitindo assim, uma clarificação do assunto abordado.

1.1 Pergunta sobre o estudo

Por que o Marketing é uma arma que dispara o que há de pior no homem, o consumo desenfreado?

1.2 Hipóteses para solução

Estudar as teorias de pensadores filosóficos e confrontá-las com a realidade atual.

 2 Justificativa

O interesse surgiu pelo fato do assunto fazer parte de uma disciplina muito importante do curso de graduação em Administração, que é o Marketing.

 3 Objetivos

3.1 Geral

Mostrar os efeitos causados pelo consumismo.

3.2 Específico

Apresentar fatos que comprovem que o Marketing causa um mal ao homem.

 4 Método

Referências bibliográficas e pesquisa na internet.

5 Preço do consumismo

Para falar de consumismo, primeiramente devemos ter a consciência de que consumo é o conceito central da atividade econômica. Para um economista as necessidades precisam estar sendo atendidas. Não precisa necessariamente ser uma troca do dinheiro por um bem. Diferente do consumismo, que é uma disfunção do ato econômico.[1]

Na própria atividade econômica se fala de escassez, definida por: As necessidades das pessoas são ilimitadas e por sua vez, os recursos são limitados. Partindo desse pressuposto, o homem está causando um mal a si próprio, pois, quanto mais se consome coisas desnecessárias mais se produz, e quanto mais se produz, agredisse duplamente a natureza. Extraindo recursos e posteriormente se desfazendo de bens que cai no desuso.

 5.1 Marketing: influência negativa

Desde os primórdios dos tempos o homem luta para se adaptar e se incluir de acordo com as condições propostas pelo ambiente. Segundo Darwin apud Gaarder (1998, p. 275) “o mecanismo na base da evolução é a seleção natural na luta pela sobrevivência. Esta seleção faz com que apenas os mais fortes ou os que se adaptam melhor consigam sobreviver.”

O marketing atua justamente no sentido de criar um sentimento nas pessoas quanto a fazer parte de algo, cria propagandas publicitárias que frisa a imponência obtida através do produto ou serviço adquirido. As disputas entre as pessoas para mostrar que estão antenadas é regida por campanhas de marketing, onde a estratégia é colocar na cabeça do consumidor que se ele não possuir a ultima versão daquele produto, estará fora dos conceitos e padrões de status social. Darwin explica que “[...] a luta pela sobrevivência entre as espécies mais semelhantes é freqüentemente mais dura, porque lutam pelo mesmo tipo de alimento.” (DARWIN apud GAARDER, 1998, p. 275).

Profissionais de marketing desenvolvem suas campanhas baseadas no prazer proporcionado pelos produtos e marcas. Fazem uso de teorias filosóficas em moldes atuais, para obter vantagens. Segundo Gaarder (1998) a teoria epicurista, hoje, é usada para definir pessoas que vivem apenas para o prazer.

Se buscarmos na literatura sobre os epicuristas, entenderemos de fato qual era o conceito da teoria. Epicuro apud Gaarder (1998, p. 90) “Esclareceu que o resultado agradável de uma ação tem de ser confrontados com seus eventuais efeitos secundários. [...] pretendia confrontar um resultado agradável, em curto prazo, com um prazer maior, mais duradouro ou intenso em longo prazo.”

Para ilustrar melhor, temos um exemplo: uma mulher programa uma viagem de férias para o exterior e essa começa a juntar dinheiro com muito tempo de antecedência, mais em um belo dia ela se depara com uma propaganda de sapato, e isso é o seu fraco. Ela extasiada com a propaganda, vai e pega uma parte do dinheiro que era destinado para viagem e compra o sapato. Então, o que seria confrontar nesse caso? É pesar o prazer momentâneo, que seria adquirir o sapato, frente à viagem, que seria o prazer maior.

As propagandas pregam o prazer imediatista e tiram a capacidade do homem de pensar a longo prazo, principalmente no que se diz respeito a juntar dinheiro. As técnicas de marketing fazem uso da psicologia para trabalhar a mente do consumidor, segundo Freud apud Gaarder (1998) ID é a parte criança que existe dentro da mente da pessoa, que busca a qualquer custo satisfazer um prazer imediato. Observe a estrutura da figura 1.



[1] Para Neves (2011, p. 3) “Consumo é, em vez disso, usar coisas úteis para satisfazer necessidades, mesmo que esses bens sejam uma paisagem, a amizade ou um abraço. Aliás, as melhores coisas da vida são grátis e não deixam de ser consumidas por isso.”

Quando somos crianças exprimimos nossos desejos imediatos através do choro, porque ainda não sabemos falar. Com o passar do tempo isso vai sendo controlado, e esse controle se da pelo EGO, não vamos entrar aqui na questão do superego, pois o nosso foco é mostrar que o marketing desestabiliza o controle da mente humana e atua diretamente no ID, que seria o prazer a qualquer custo.[1]

  

CONCLUSÃO

O marketing se torna realmente uma arma quando, o consumo que se faz necessário para sobrevivência passa a ser manipulado com a finalidade de inserir na cabeça das pessoas o hábito ou vício de adquirir bens desnecessários, trazendo diversos problemas para a sociedade e para o próprio homem.

Segundo a teoria filosófica abordada pelos Cínicos apud Gaarder (1998) [...] a verdadeira felicidade não está ligada a coisas exteriores, como luxo material [...]. Então, refreemos a concupiscência através do autodomínio, da temperança e da serenidade.

REFERÊNCIAS BIBLÍOGRAFICAS       

COSTA, Luana. O consumismo. Disponível em: <http://trabalhodegeografia7c.blogspot.com.br/> Acesso em: 20 de outubro 2013.

GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia: Uma aventura na filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

NEVES, J. C. Os custos do consumismo. Disponível em: <http://www.iefp.pt/iefp/publicacoes/Dirigir/Documents/2011/DIRIGIR_114.pdf> Acesso em: 20 de outubro 2013.



[1] Freud apud Gaarder (1998)