Marketing de Conteúdo. Uma Nova Era?
Por Prof. J Matos | 07/04/2010 | AdmA moderna tecnologia já é capaz de oferecer interatividade através da internet, da TV digital e do Smart Phone. Em breve, qualquer meio comunicação entre a empresa e o seu mercado terá de ser, obrigatoriamente, interativo. O consumidor se cansou e está saindo da posição submissa de receber mensagens e mais mensagens inconvenientes e indesejáveis, senão na forma, no momento, pois quase sempre interromperem o filme ou a novela em instantes onde não queremos ver propaganda.
O rádio e a televisão, desde suas invenções, sempre praticaram um modelo de negócio onde a emissora proporciona entretenimento e informação gratuita a ouvintes e telespectadores que, em troca, aceitavam receber mensagens publicitárias de patrocinadores que sustentam financeiramente a emissora.
Sim, aceitavam! Pois, com o desenvolvimento de outras tecnologias que permitem a transmissão bidirecional de dados em alta velocidade, essa forma de marketing está com os dias contados.
O novo consumidor está mais seletivo, exigente e ciente do "valor da sua atenção" na cadeia de comunicação entre a empresa e o seu mercado.
Sem despertar o interesse e prender a atenção do público à mensagem que o anunciante quer fazer chegar a quem de fato pode adquirir aquele bem ou serviço, não há comunicação, não se constrói nenhuma imagem da marca na mente daquele consumidor, muito menos se desperta nele o desejo de consumo.
Tentar sequestrar a sua atenção, impondo uma mensagem publicitária através do Marketing de Interrupção, tem se mostrado cada vez mais ineficiente e, em muitas ocasiões, com efeito contrário ao desejado, provocando a ira do consumidor que gradativamente vai destruindo qualquer imagem positiva que tinha daquela marca.
Em resumo, muitos anunciantes podem estar gastando fortunas para irritar o consumidor que continua interessado nas novidades e quer consumir, apenas não está mais aberto a dispor do seu tempo e da sua atenção sem receber nada em troca.
É essa troca que abre a oportunidade de se desenvolver estratégias aplicando-se o conceito de Marketing de Conteúdo, aquele onde quem quer a atenção do público consumidor proporciona algo em troca, algum conteúdo que desperte o interesse, alguma experiência com a marca que produza um residual de memória favorável à imagem dessa marca.
Degustar, testar e até experimentar durante um tempo são estratégias que oferecem uma experiência interativa antes da compra e podem ser decisivas. É difícil, porém, usar essas ações em larga escala pelo custo e pela logística.
Proporcionar diretamente ou patrocinar experiências em massa com tratamento individual usando recursos da Tecnologia da Informação, mais precisamente da Internet, oferecendo conteúdo de cultura ou entretenimento a baixo custo tem se mostrado um caminho eficiente para ações de Marketing de Conteúdo, que nesses casos mistura-se ao conceito de Marketing de Permissão.
Ambos partem do princípio de respeito ao direito do consumidor de receber uma mensagem publicitária após o seu consentimento explícito ou implícito ao decidir assinar um boletim, assistir a uma apresentação on line, participar de um torneio virtual, etc.
A exposição do consumidor à marca e às ações específicas de marketing nessas condições tem a vantagem de contar com a pré-disposição e a boa vontade, o que por si só já garante boa receptividade.
Quanto melhor for a experiência maior será o reconhecimento.
O grande desafio é ser criativo em proporcionar conteúdo inovador e interessante a baixo custo.
Iniciativa como o Campeonato de Executivos Virtuais (http://www.bizgame.com.br/cultural/patrocinio.php) proporciona ao patrocinador interessado no público segmentado de executivos e estudantes universitários de graduação e de pós-graduação uma oportunidade de expor a sua marca e mensagens por meses a um custo muito inferior ao da mídia tradicional.