Maria, Soberania Divina e Onisciência

Por ADEMIR GOULART | 30/09/2014 | Filosofia

Maria e a Eleição

Maria, Mãe de Jesus, com certeza não mãe de Deus! Deus não pode ter mãe, pois se o tivesse teria início de vida, e, portanto, não seria eterno! Eterno é aquilo que sempre existiu e sempre existirá. Imortal é aquilo que um dia passou a existir e sempre existirá, e Mortal é aquilo que um dia passou a existir e terá um fim.

Eleito tem o mesmo significado de Escolhido. Ao eleger um deputado, certamente o fiz após escolhe-lo. Mas, algo interessante, há na história de Maria: Veja, sendo Deus quem a escolheu, porque a escolheria? Para início de conversa, Deus pode escolher? Deus não escolhe, pois para escolher é preciso julgar, entre algumas, a melhor. Deus é Onisciente, logo, tem todo conhecimento, sendo assim, Ele já sabe de antemão quem é a melhor entre todas, portanto, Deus não escolhe, mas aponta, ou indica a melhor.

Isso nos leva a outro questionamento: Deus não elege, pois eleger é o mesmo que escolher (Descartes). Então, pelo mesmo princípio da Onisciência, Deus só aponta, mas dentre suas criaturas Ele não faz acepção de pessoas, e, assim, Sua Soberania está subordinada à Sua Onisciência. Pois, Soberania exige súditos, enquanto Onisciência é algo intrínseco ao Seu Ser. Deus é Onisciente, mas Soberano só o é naqueles que se submetem à Sua Soberania. Soberania é e deve ser sujeita à Onisciência de Deus.

Já, Maria, não é onisciente e nem mesmo soberana, mas uma pessoa apontada por Deus como Cheia de Graça!